sexta-feira, 22 de julho de 2011

Os iluminados da Baviera de Adam Weishaupt (II)

É preciso escolher os futuros chefes de Estado entre aqueles que serão servis e submissos incondicionalmente aos Iluminados e também aqueles cujo passado tenha manchas escondidas. Eles serão os executores fiéis das instruções dadas pelos Iluminados. Assim, será possível a estes últimos contornar as leis e modificar as constituições.
Os Iluminados terão em mãos todas as forças armadas se o direito de ordenar o estado de guerra for conferido ao presidente.
Pelo contrário, os dirigentes “não iniciados” deverão ser afastados dos negócios de Estado. Será suficiente fazê-los assumir o cerimonial e a etiqueta em uso em cada país.
A venalidade dos altos funcionários do Estado deverá impulsionar os governantes a aceitarem os empréstimos externos que os endividarão e os tornarão escravos dos Iluminados; a conseqüência: as dívidas de Estado aumentarão sensivelmente, suscitando crises econômicas e retirando repentinamente de circulação todo o dinheiro disponível; isso provocará o desmoronamento da economia monetária dos “não iluminados”.
O poder monetário deverá alcançar com muita luta a supremacia no comércio e na indústria a fim de que os industriais aumentem seu poder político por meio de seus capitais. Além dos Iluminados - de quem dependerão os milionários, a polícia e os soldados - todos os outros nada deverão possuir.
A introdução do sufrágio universal (direito de voto a todos os cidadãos) deverá permitir que somente prevaleça a maioria.
Habituar as pessoas à idéia de auto-determinar-se contribuirá para destruir o sentido de família e dos valores educativos. Uma educação baseada numa doutrina enganadora e em ensinamentos errôneos embrutecerá os jovens, pervertendo-os e tornando-os depravados.
Ligando-se às lojas franco-maçônicas já existentes e criando aqui e acolá novas lojas, os Illuminati atingirão a finalidade desejada.
Ninguém conhece sua existência nem suas finalidades, e muito menos esses embrutecidos que são os não-iluminados, que são levados a tomar parte das lojas franco-maçônicas abertas, onde nada se faz senão jogar-lhes poeira nos olhos.
Todos esses meios levarão os povos a pedir aos Iluminados para tomarem as rédeas do mundo. O novo governo mundial deve aparecer como protetor e benfeitor de todos aqueles que se submeterem livremente a ele
(à ONU). Se um estado rebelar-se, é preciso instigar seus vizinhos a guerrear contra ele. Se eles desejarem aliar-se, é preciso desencadear uma guerra mundial.
(Coralf: Maitreya, der kommende Weltlehrer. Maitreya, o Futuro Mestre do Mundo. Konny-Verlag, 1991, p.115 e s.)
É muito fácil reconhecer que o conteúdo do “Novo Testamento de Satã” é quase o mesmo dos “Protocolos dos Sábios de Sião”, com a única diferença de que os judeus foram trocados pelos Iluminados. Nós já vimos por ordem de quem Adam Weishaupt fundou a ordem dos Iluminados da Baviera, e é fácil concluir de onde vem o Novo Testamento de Satã.
Os conspiradores tinham reconhecido a força e a influência das lojas franco-maçônicas já existentes e começaram a infiltrar-se nelas segundo um plano preciso para obter o seu controle (§11 dos protocolos).
As lojas que foram infiltradas foram designadas pelo nome de “Lojas do Grande Oriente” (Lodges of the Grand Orient).
Um célebre orador francês, o marquês de Mirabeau, endividou-se seriamente, levando uma vida dispendiosa, e foi então contactado por Weishaupt por ordem dos emprestadores judeus. Nisso, Moses Mendelssohn fez Mirabeau conhecer a esposa do judeu Herz. Em seguida, percebeu-se que ela estava mais freqüentemente em companhia de Mirabeau do que de seu marido. Com isso Mirabeau sofreu uma chantagem e acumulou dívidas; logo encontrou-se sob o controle absoluto dos Iluminados da Baviera. Pouco depois, foi obrigado a familiarizar-se com o iluminismo.
Ele recebeu a missão de persuadir o duque de Orléans, que era então o grão-mestre dos franco-maçons na França, a transformar as “Lojas Azuis” em “Lojas do Grande Oriente”.
Mirabeau organizou um encontro em 1773 entre o duque de Orléans, Talleyrand e Weishaupt, que iniciou os dois na franco-maçonaria do “Grande Oriente”.
Quando a declaração da independência americana foi assinada em 1.º de maio de 1776, Adam Weishaupt levou ao fim seu plano bem pensado e introduziu oficialmente a ordem dos Iluminados da Baviera. Esta data é dada erroneamente como sendo a data da fundação da ordem. Mas os mais importantes anos da ordem foram os seis anos que precederam sua instauração oficial.
Entre outros membros da ordem, constam Johann Wolfgang von Goethe, o duque Carlos Augusto de Weimar, o duque Fernando de Brunswick, o barão de Dahlberg (vagomestre geral de Thurn und Taxis), o barão de Knigge e muitos outros...
Em 1777, Weishaupt foi iniciado na loja franco-maçônica de “Theodoro do Bom Conselho” (“Theodore of Good Council”) em Munique, onde logo infiltrou toda a loja.
Em 16 de abril de 1782, a aliança entre franco-maçons e os Iluminados da Baviera foi selada em Wilhelmsbad. Esse pacto estabeleceu uma ligação entre mais ou menos três milhões de membros das sociedades secretas dirigentes. Um acordo do congresso em Wilhelmsbad tornou possível a admissão dos judeus nas lojas, enquanto que estes últimos tinham, nessa época, poucos direitos.
Controlando os Iluminados da Baviera, os Rothschild exerciam agora uma influência direta sobre outras lojas secretas importantes.
Todas as pessoas presentes juraram como bons conspiradores guardar segredo absoluto: de fato, quase nada transpareceu desse encontro. Perguntaram ao conde de Virieu, um dos franco-maçons participantes do congresso, se ele poderia dizer algo das decisões tomadas. Ele respondeu:
Não posso revelar-te, posso somente dizer-te que é bem mais sério que possas imaginar. A conspiração que se desenvolveu aqui foi tão perfeitamente imaginada que não há possibilidade para a monarquia e a Igreja escaparem disso.
Outra pessoa presente, o conde de Saint Germain, advertiu mais tarde sua amiga Maria Antonieta do complô de morte que deveria derrubar a monarquia francesa. Não levaram em conta, infelizmente, seu conselho.
Alguns segredos subversivos começaram a manifestar-se apesar de tudo, o que teve como conseqüência que, em 11 de outubro de 1785, o Eleitor da Baviera ordenou uma invasão da casa do Sr. Zwack, principal assistente de Weishaupt. Pilharam muitos documentos que descreviam o plano dos Iluminados da Baviera, a “Nova Ordem Mundial” (Novus Ordo Seclorum).
O Eleitor da Baviera decidiu então publicar esses papéis com o nome de “Escritos originais da ordem e seita dos Iluminados”.
Esses escritos foram, em seguida, divulgados tão largamente quanto possível para advertir os monarcas europeus. O título de professor foi retirado de Weishaupt, que desapareceu com o duque de Saxe-Gotha, outro membro dos Iluminados da Baviera. Como eles não se opuseram ao rumor que a ordem dos Iluminados estava aniquilada, isso permitiu-lhes continuar trabalhando em segredo para ressurgir, mais tarde, com outro nome. No espaço de um ano, vimos aparecer publicamente a Deutsche Einheit (Unidade Alemã), que expandiu a propaganda dos Iluminados entre os círculos de leitores existentes.
Foi aí que nasceu o grito de guerra: “Liberdade, igualdade, fraternidade”.
Os monarcas europeus não estavam nada conscientes do perigo, o que teve como conseqüência o nascimento da Revolução Francesa e o aparecimento do regime do terror.”
(Jan van Helsing, Geheimgesellschaften und ihre Macht im 20. Jahrhundert)