terça-feira, 19 de julho de 2011

Os iluminados da Baviera de Adam Weishaupt (I)

“Adam Weishaupt foi educado em um colégio de jesuítas e acabou obtendo o título de professor dos cônegos. No decorrer dos anos os conceitos do catolicismo acabaram não lhe agradando mais. Isso o levou a tornar-se aluno particular do filósofo judeu Mendelssohn, que o converteu ao gnosticismo.
Em 1770, Weishaupt provavelmente foi procurado pelos sócios-capitalistas da casa Rothschild, que se haviam reunido antes, para que ele fundasse em Ingolstadt a “Ordem Secreta dos Iluminados da Baviera”.
(...) Os Iluminados da Baviera estavam organizados em círculos imbricados uns nos outros (como as bonecas russas). Desde que um iniciado provasse sua faculdade de guardar um segredo, ele era admitido num círculo mais restrito e ligado aos segredos ainda mais profundos. Somente aqueles que se encontravam nos círculos menores conheciam a verdadeira finalidade dos “Iluminados da Baviera”. Diziam aos membros dos graus inferiores que não existiam graus superiores e se lhes ocultava ao mesmo tempo a identidade do grão-mestre, como aconteceu na “Estrita Observância”. Os Iluminados da Baviera eram divididos em 13 graus, simbolizados pelos 13 degraus da pirâmide dos Iluminados, representada na cédula de um dólar.
Eles copiaram dos jesuítas seu sistema de espionagem para testar as fraquezas dos membros que alcançavam o título de “patriarcas”. Essa política da ordem permitia-lhes colocar os patriarcas nas posições onde seu talento era explorado ao máximo. Lançar o descrédito tornou-se também uma das táticas para assegurar-se de que nenhum dos patriarcas se desviasse da ordem.
Weishaupt sabia como atrair à sua ordem as melhores e mais esclarecidas mentes, as quais escolhia na alta finança, na indústria, na educação e na literatura. Ele utilizava a corrupção pelo dinheiro e pelo sexo para controlar as pessoas de posição elevada.
Isso feito, ele sabia chantagear as pessoas que o procuravam, dando-lhes postos de direção para ficar seguro de poder tê-las sob seu controle. Os Iluminados da Baviera puseram-se a aconselhar pessoas do governo, servindo-se dos adeptos (dos graus superiores). Isto, bem entendido, secretamente. Esses “especialistas” sabiam como dar conselhos aos políticos em exercício, para que adotassem certas formas de política que correspondesse ao que eles visavam.
Isso era feito, no entanto, com tanta sutileza que aqueles que recebiam os conselhos acreditavam serem eles os próprios autores das idéias que colocavam em prática.
Alegava-se como pretexto para explicar a existência dos Iluminados da Baviera que eles eliminariam o que a sociedade tinha de ruim e levariam o ser humano ao seu estado natural e feliz. Isso significava que eles iriam sujeitar a monarquia e a Igreja, o que lhes valeu perigosos adversários. Isso demonstra mais uma vez que manter o segredo era a diretriz mais importante da ordem.
Nós reconhecemos que ela era verdadeiramente a ideologia de Weishaupt, devido a um documento que era conhecido pela designação de Novo Testamento de Satã, severamente guardado pelos Iluminados da Baviera. É intencionalmente que apresento aqui esse documento, pois existem sempre aqueles que duvidam da veracidade dos Protocolos dos Sábios de Sião. Talvez seja mais fácil para essas pessoas aceitarem meu plano e a continuidade do livro se não empregar a palavra judeu. Esse documento só se tornou acessível ao público em 1875: um mensageiro dos Iluminados da Baviera, durante sua cavalgada de Frankfurt a Paris, foi atingido por um raio; esse incidente permitiu que se tomasse conhecimento de uma parte das informações relativas a uma conspiração mundial.
Eis o conteúdo desse documento:
O primeiro segredo para dirigir os seres humanos e ser senhor da opinião pública é semear a discórdia, a dúvida e criar pontos de vista opostos, o tempo necessário para que os seres humanos, perdidos nessa confusão, não se entendam mais e se persuadam de que é preferível não ter opinião pessoal quando se tratar de assuntos de Estado. É preciso atiçar as paixões do povo e criar uma literatura insípida, obscena e repugnante. O dever da imprensa é de mostrar a incapacidade dos não-iluminados em todos os domínios da vida religiosa e governamental.
O segundo segredo consiste em exacerbar as fraquezas humanas, todos os maus hábitos, as paixões e os defeitos, até o ponto em que reine total incompreensão entre os seres humanos.
É preciso principalmente combater as personalidades fortes, que são os maiores perigos. Se demonstrarem um espírito criativo, elas produzem um impacto mais forte do que milhões de pessoas deixadas na ignorância.
Invejas, ódios, disputas e guerras, privações, fome e propagação de epidemias
(Por exemplo a AIDS) devem esgotar os povos a tal ponto que os seres humanos não possam ver outra solução que a de submeter-se plenamente à dominação dos Iluminados.
Um estado esgotado por lutas interinas ou que caia no poder de inimigos estrangeiros depois de uma guerra civil, em todos os casos, está fadado ao aniquilamento e acabará ficando no poder destes.
É preciso habituar os povos a tomar a aparência do dinheiro como verdade, a satisfazer-se com o superficial, a desejar somente tomar seu próprio prazer, esgotando-se em sua busca sem fim de novidades, e, no fim das contas, seguir os Iluminados.
Estes conseguiram sua finalidade, remunerando bem as massas por sua obediência e sua atenção. Uma vez que a sociedade esteja depravada, os seres humanos perderão toda fé em Deus.
Objetivando seu trabalho pela palavra e por escrito e dando prova de adaptação, eles dirigirão o povo segundo sua vontade.
É preciso desabituar os seres humanos a pensar por si mesmos: dar-se-á a eles um ensinamento baseado no que é concreto e ocuparemos sua mente em disputas oratórias que não passam de simulações. Os oradores entre os Iluminados aviltarão as idéias liberais dos partidos até o momento no qual os seres humanos se sentirão tão cansados que se aborrecerão de todos os oradores, seja qual for o seu partido. Por outro lado, é preciso repetir incessantemente aos cidadãos a doutrina de Estado dos Iluminados para que eles permaneçam em sua profunda inconsciência.
A massa, estando cega, insensível e incapaz de julgar por si mesma, não terá o direito de opinar nos negócios de Estado, mas deverá ser regida com mão forte, com justiça, mas também com impiedosa severidade.
Para dominar o mundo, é preciso empregar vias indiretas, procurar desmantelar os pilares sobre os quais repousa toda a verdadeira liberdade - a da jurisprudência, das eleições, da imprensa, da liberdade da pessoa e, principalmente, da educação e da formação do povo - e manter o mais estrito segredo sobre todo o empreendimento.
Minando intencionalmente as pedras angulares do poder do Estado, os Iluminados farão dos governos seus burros de carga até que, de cansaço, eles renunciem a todo o seu poder.
É preciso exacerbar na Europa as diferenças entre as pessoas e os povos, atiçar o ódio racial e o desprezo pela fé, a fim de que se abra um fosso intransponível, para que nenhum Estado cristão encontre sustento: todos os outros Estados deverão evitar ligar-se a ele contra os Iluminados, por medo que essa tomada de posição os prejudique.
É preciso semear a discórdia, as perturbações e as inimizades por toda a parte da Terra, para que os povos aprendam a conhecer o medo e que não sejam capazes de opor a menor resistência.
Toda a instituição nacional deverá preencher uma tarefa importante na vida do país para que a máquina do Estado fique paralisada quando uma instituição se retire.

(Jan van Helsing, Geheimgesellschaften und ihre Macht im 20. Jahrhundert)