Mostrando postagens com marcador Pio XII. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Pio XII. Mostrar todas as postagens

domingo, 16 de julho de 2017

O inimigo


“Esse inimigo se encontra em todo lugar e no meio de todos; sabe ser violento e astuto. Nestes últimos séculos tentou realizar a desagregação intelectual, moral, social da unidade no corpo misterioso de Cristo. Quis a natureza sem a graça; a razão sem a fé; a liberdade sem a autoridade; às vezes a autoridade sem a liberdade. É um 'inimigo' que se tornou cada vez mais concreto, com uma ausência de escrúpulos que ainda surpreende: Cristo sim, a Igreja não. Depois: Deus sim, Cristo não. Finalmente o grito ímpio: Deus está morto; e até: Deus jamais existiu. E eis, agora, a tentativa de edificar a estrutura do mundo sobre bases que não hesitamos em indicar como as principais responsáveis pela ameaça que pesa sobre a humanidade: uma economia sem Deus, um direito sem Deus, uma política sem Deus. O 'inimigo' tem trabalhado e trabalha para que Cristo seja um estranho na universidade, na escola, na família, na administração da justiça, na atividade legislativa, na assembléia das nações, lá onde se determina a paz ou a guerra."
(Pio XII, Discorso agli Uomini di Azione Cattolica, 12 de outubro de 1952)

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Duas doutrinas opostas sobre a família

“Mas vós não representais quaisquer famílias; vós sois e representais famílias numerosas, aquelas que foram grandemente abençoadas por Deus e que são especialmente amadas e apreciadas pela Igreja como seu tesouro mais precioso. Pois estas famílias oferecem um testemunho particularmente claro de três coisas que servem para assegurar ao mundo da verdade e da doutrina eclesiástica e a sensatez de sua prática, e que redundam, pelo bom exemplo, em grande benefício de todas as outras famílias e da sociedade civil mesma.
Onde quer que se encontrem famílias numerosas, estas são sinal da saúde física e moral de um povo cristão; de uma fé viva em Deus e de confiança em sua Providência; da feliz e proveitosa santidade do matrimônio católico.”
(S.S. Pio XII, no Discurso à Associação de Famílias Numerosas, 20 de janeiro de 1958)

“Eu creio que o número de três filhos por família, segundo o que dizem os técnicos, é o número importante para manter a população. A palavra-chave para responder é a paternidade responsável, e cada pessoa, no diálogo com seu pastor, procura como levar a cabo essa paternidade... Perdoem, mas há alguns que crêem que para sermos bons católicos devemos ser como coelhos, não? Paternidade responsável: por isso na Igreja há grupos matrimoniais; os especialistas nestas questões, e há pastores. Eu conheço muitas vias lícitas, que ajudaram nisso. E outra coisa: para as pessoas mais pobres, o filho é um tesouro; é certo que há que ser prudentes, mas o filho é um tesouro. Paternidade responsável, mas também considerar a generosidade desse papai ou dessa mamãe que vê no filho ou na filha um tesouro.”
(S.S. Francisco, na Coletiva de imprensa durante o vôo de regresso de Manila, Vatican Insider, 19 de janeiro de 2015)

http://statveritasblog.blogspot.com.ar

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Os progressistas tentaram impedir a canonização de São Pio X


“Enquanto Pio XI, que pouco apreciava seu antecessor, havia deixado a causa de beatificação engavetada desde 1931, Pio XII, poucas semanas após eleito, tomou as necessárias medidas para pô-la em marcha novamente e, em 19 de agosto de 1939, fez público seu desejo de conceder a Pio X a honra de ser elevado aos altares o quanto antes. (...) Quando os processos apostólicos concluíram-se de modo favorável, Pio XII interveio pessoalmente mais uma vez: o cânone 2101 proibia a discussão do heroísmo das virtudes do servo de Deus até cinqüenta anos após sua morte. Era necessário esperar até 1964 para proclamar Pio X venerável? Em 2 de maio de 1949, Pio XII concedeu a permissão necessária para o processo prosseguir sem demoras.
Adversários do santo Papa começaram então a luta para evitar o sucesso da causa. Em 29 de novembro de 1949, em meio aos trabalhos da Congregação ante-preparatória para o reconhecimento das virtudes heróicas do servo de Deus, objeções inéditas foram levantadas dentro da Congregação. Alguns membros diziam que Pio X talvez tivesse faltado com a prudência e a caridade. Pode-se imaginar em que ocasiões! Teria sucesso essa oposição em paralisar o progresso da causa? Contudo, não levaram em conta a firme resolução de Pio XII. Com sabedoria, ao invés de silenciar as oposições, determinou à comissão histórica da Sagrada Congregação que realizasse um inquérito adicional, que logo dissipou todas as sombras lançadas sobre as virtudes do santo Papa. E a causa pôde então seguir seu caminho: em 3 de setembro de 1950, decreto do heroísmo das virtudes; em 11 de fevereiro de 1951, breve apostólico proclamando Pio X beato, enquanto se esperava a canonização de 1954.”
(Irmão Michel de la Sainte Trinité, The Whole Truth About Fatima – The Third Secret)

terça-feira, 9 de março de 2010

O plano de paz do Céu em microcosmo


“Como para demonstrar a eficácia da Consagração que a Santíssima Virgem pedira, Deus houve por bem permitir a realização em Portugal do que se pode dizer que era um projeto esclarecedor. No aniversário da primeira aparição em Fátima, em 13 de Maio de 1931, e na presença de 300.000 fiéis que se deslocaram propositadamente a Fátima, os Bispos portugueses consagraram solenemente a sua nação ao Imaculado Coração de Maria. Estes bons Prelados colocaram Portugal sob a proteção de Nossa Senhora, para que Ela protegesse esta nação do contágio das idéias comunistas que estavam a espalhar-se por toda a Europa, e especialmente na vizinha Espanha. De fato, a profecia da Santíssima Virgem de que a Rússia espalharia os seus erros pelo Mundo já estava a cumprir-se com inexorável exatidão. E quem, em Julho de 1917, poderia ter previsto o aparecimento do comunismo mundial a partir da Rússia - meses antes da revolução bolchevista e da subida ao poder de Lênin? Só o Céu podia tê-lo previsto; só a Mãe de Deus, informada pelo Seu Divino Filho.
Em resultado desta Consagração de 1931, Portugal experimentou um tríplice milagre, de que aqui daremos apenas os pormenores essenciais.
Em primeiro lugar, houve uma magnífica Renascença Católica, uma grande renovação da vida católica, tão espantosa que todos os que a viveram atribuíram-na sem hesitar à intervenção de Deus. Durante este período, Portugal gozou de um aumento drástico de vocações sacerdotais. O número de Religiosos quase quadruplicou em 10 anos. As comunidades religiosas prosperaram também. Houve uma vasta renovação da vida cristã que se fez notar em diversas áreas, incluindo o desenvolvimento de uma imprensa católica, rádio católica, peregrinações, retiros espirituais, e um robusto movimento da Ação Católica que foi integrado nas estruturas da vida diocesana e paroquial.
Esta Renascença Católica foi de tal amplitude que, em 1942, os Bispos portugueses declararam numa Carta Pastoral Coletiva: “Se alguém tivesse fechado os olhos há vinte e cinco anos e os abrisse agora, já não reconheceria Portugal, tão vasta foi a transformação feita pelo fator modesto e invisível da aparição da Santíssima Virgem em Fátima. Nossa Senhora quer realmente salvar Portugal” [Carta Pastoral Coletiva para o Jubileu das Aparições em 1942, Merv. XX's, p. 338; cit. por Frère Michel de la Sainte Trinité, Ibid., Vol. II, p. 410].
Houve também um milagre de reforma política e social, segundo os princípios sociais católicos. A seguir à Consagração de 1931, subiu à Presidência do Conselho em Portugal um líder católico, Antônio de Oliveira Salazar, que pôs em ação um programa católico e contra-revolucionário. Esforçou-se por criar, tanto quanto possível, uma ordem social católica em que as leis da governação e as instituições sociais se harmonizassem com a lei de Cristo, do Seu Evangelho e da Sua Igreja [A influência de Salazar no Governo português tinha aumentado desde 1928. Ascendeu a Presidente do Conselho em 1933. Mais tarde, Salazar recebeu, em homenagem à sua atuação, um louvor e a bênção do Papa Pio XII, que disse: “Abençôo-o de todo o meu coração, e acalento o desejo ardentíssimo de que possa completar com sucesso o seu trabalho de restauração nacional, tanto espiritual como material” (cit. por Frère Michel de la Sainte Trinité, Ibid., Vol. II, p. 412).]. Adversário convicto do socialismo e do liberalismo, Salazar opunha-se a “tudo quanto diminui ou dissolve a família” [Ibid., p. 415 (as próprias palavras de Salazar)].
Salazar, o Presidente do Conselho, não se limitava a falar bem; legislou no sentido de proteger a família, incluindo leis que desaprovavam o divórcio. Citamos o Artigo 24 de uma delas: “De harmonia com as propriedades essenciais do matrimônio católico, subentende-se que, pelo próprio fato de se celebrar um matrimônio canônico, os cônjuges renunciam ao direito legal de requerer divórcio” [Ibid., p. 421]. O efeito desta lei foi que os casamentos católicos não diminuíram em número; antes pelo contrário. Assim, em 1960 - um ano muito crítico, como veremos - quase 91% dos casamentos realizados no país eram canônicos.
Além destas espantosas mudanças religiosas e políticas, deu-se um duplo milagre de Paz: Portugal foi poupado ao terror comunista, especialmente durante a Guerra Civil que crucificava a Espanha. Portugal foi também poupado às devastações da 2ª Guerra Mundial.
A respeito da Guerra Civil de Espanha, os Bispos portugueses fizeram voto, em 1936, de exprimirem a sua gratidão a Nossa Senhora, se esta protegesse Portugal, renovando a Consagração Nacional ao Imaculado Coração de Maria. Cumprindo o seu voto, renovaram a Consagração em 13 de Maio de 1938, em ação de graças pela proteção de Nossa Senhora. Como o Cardeal Cerejeira reconheceu publicamente: “Desde que Nossa Senhora de Fátima apareceu em 1917 (…) desceu sobre a terra de Portugal uma bênção especial de Deus. (…) Se nos recordarmos dos dois anos que passaram desde a nossa promessa, não podemos deixar de reconhecer que a mão invisível de Deus protegeu Portugal, poupando-o ao flagelo da guerra e à lepra do comunismo ateu”.
Até o Papa Pio XII exprimiu o seu espanto por Portugal ter sido poupado aos horrores da Guerra Civil Espanhola e à ameaça comunista. Numa alocução ao povo português, o Papa falou do “perigo vermelho, tão ameaçador e tão próximo de vós, e apesar disso evitado de maneira tão inesperada” [Ibid., p. 422].
Os portugueses passaram incólumes este primeiro perigo, mas logo a seguir viram-se de caras com outro: a Segunda Guerra Mundial estava a começar. Em cumprimento de mais outra profecia da Santíssima Virgem a 13 de Julho de 1917, a guerra começaria “no reinado de Pio XI”, anunciada por “uma noite alumiada por uma luz desconhecida (…)”
Em 6 de Fevereiro de 1939, sete meses antes da declaração de guerra, a Irmã Lúcia escreveu ao seu Bispo, D. José Correia da Silva, avisando-o de que a guerra estava iminente - mas acrescentando em seguida uma promessa maravilhosa. Escreveu ela que “nesta guerra horrível, Portugal seria poupado devido à consagração nacional ao Imaculado Coração de Maria feita pelos Bispos” [Ibid., p. 428] .
E Portugal foi, de fato, poupado aos horrores da guerra, cujos pormenores são demasiado numerosos para aqui serem relembrados [Cf. Frère Michel de la Sainte Trinité, Ibid., Vol. II, pp. 369-439]. E - o que ainda é mais notável - a Irmã Lúcia escreveu ao Papa Pio XII em 2 de Dezembro de 1940, para lhe dizer que Portugal estava a receber uma proteção especial durante a guerra - e que outros países a teriam igualmente recebido, se os seus Bispos os tivessem consagrado ao Imaculado Coração de Maria. Escreveu ela: “Santíssimo Padre, (...) Nosso Senhor promete, em atenção à consagração que os Exmos. Prelados portugueses fizeram da nação ao Imaculado Coração de Maria, uma proteção especial à nossa Pátria, durante esta guerra; e que esta proteção será a prova das graças que concederia às outras nações, se como ela Lhe tivessem sido consagradas” [Ibid., p. 428. Cf. Novos Documentos de Fátima (editado pelo Padre Antônio Maria Martins, S.J., Livraria A.I., Porto 1984), p. 248].
Do mesmo modo, o Cardeal D. Manuel Gonçalves Cerejeira não teve a menor dúvida em atribuir a Nossa Senhora de Fátima as grandes graças que Ela obtivera para Portugal durante esses tempos. E declarou, em 13 de Maio de 1942: “Para exprimir o que se tem passado aqui nos últimos vinte e cinco anos, o vocabulário português só tem uma palavra: milagre. Sim, estamos convencidos de que devemos a maravilhosa transformação de Portugal à proteção da Santíssima Virgem” [Ibid., p. 405. O Cardeal Cerejeira disse estas palavras durante a celebração do jubileu das aparições de Fátima, ocorrida em 1942].
O Cardeal Cerejeira afirmava aquilo que nós afirmamos nesta obra: que as bênçãos miraculosas que Nossa Senhora obteve para Portugal como recompensa do Céu pela Consagração do País, em 1931, eram apenas uma amostra do que Ela fará por todo o Mundo, logo que a Rússia seja também devidamente Consagrada ao Seu Imaculado Coração [Acreditamos na palavra de um crente em Fátima, como o Cardeal Cerejeira, de preferência a um cético como o Cardeal Ratzinger (cf. mais adiante)]. Nas palavras do Cardeal Cerejeira:
“O que se tem passado em Portugal proclama o milagre. E prefigura o que o Imaculado Coração de Maria preparou para o Mundo” [Cardeal Cerejeira, prefácio a Jacinta (1942), Obras pastorais, Vol. II, p. 333. Cf. também a sua homilia de 13 de Maio de 1942, Merv. XX's, p. 339. Citado a partir de Frère Michel de la Sainte Trinité, Ibid., Vol. II, p. 437].
Não é difícil compreender a razão para Portugal ser chamado nesta altura a “Demonstração de Nossa Senhora”. E o triplo milagre de Portugal é só uma amostra de como ficarão a Rússia e o Mundo depois da Consagração Colegial daquele país. O exemplo miraculoso de Portugal também nos ajuda a compreender o presente. Se contrastarmos o tríplice milagre de Portugal com a situação atual da Rússia e do Mundo, torna-se evidente que a Consagração da Rússia ainda está por fazer.”
(Pe. Paul Kramer, The Devil’s Final Battle)

domingo, 7 de fevereiro de 2010

A demolição da alma da Igreja


“O futuro Papa Pio XII não falava à toa quando, à luz da Mensagem de Fátima, predisse uma tentativa, que se aproximava, de alterar não só a liturgia e a teologia da Igreja, mas a Sua própria Alma - o que Ela é. Claro está que este desígnio nunca pode triunfar completamente, porque Nosso Senhor prometeu que as portas do inferno não prevaleceriam contra a Sua Igreja. Mas esta promessa divina não exclui que o elemento humano da Igreja sofra as feridas mais graves causadas pelos Seus inimigos - excetuando uma morte final. Foi essa perspectiva de tão graves injúrias à Igreja que tanto alarmou o Papa Pio XII, especialmente tendo em conta as profecias de Fátima.
E, realmente, aquilo que o Papa Pio XII mais receava concretizou-se no período pós-conciliar, quando se presenciou um esforço para transformar a Igreja, de única arca da salvação - fora da qual ninguém se pode salvar - num mero colaborador com outras “igrejas e comunidades eclesiásticas”, com religiões não-Cristãs e até mesmo com ateus, na construção de uma utópica “civilização do amor”. Nesta “civilização do amor”, a salvação das almas do inferno - o qual já não é mencionado - é substituída por uma nova forma de “salvação”: a salvação através da “fraternidade” mundial e da “paz” no mundo. Esta é exatamente a mesma noção que a Maçonaria tem promovido nos últimos três séculos.
De acordo com esta noção maçônica de “salvação” pela “fraternidade do homem” (compreendida num sentido secular, não-Cristão), muitos Clérigos católicos vêm agora dizer-nos que nós temos que respeitar as várias seitas protestantes e cismáticas, como parceiros num “diálogo ecumênico” e na “procura de uma unidade cristã”. Seguindo esta nova noção, realizam-se “liturgias” ecumênicas entre Católicos, Protestantes e as Igrejas Ortodoxas cismáticas, para demonstrar a suposta “comunhão parcial” entre “todos os cristãos”. É claro que os executores da nova orientação da Igreja Católica ainda admitem que Ela é a mais perfeita de todas as igrejas; mas a afirmação de que a Igreja Católica é a única verdadeira Igreja, com a exclusão completa de todas as outras, foi abandonada na prática por todos - menos por um resto de Católicos fiéis, que são considerados “sectários rígidos” e “pré-conciliares”, simplesmente por acreditarem naquilo em que os Católicos sempre acreditaram antes de 1965.
Mas a “unidade cristã” é só um passo para a unidade pan-religiosa na fraternidade mundial. Ao mesmo tempo que a “unidade cristã” está a ser promovida por atividades pan-cristãs que os grandes Papas pré-conciliares teriam considerado sacrilégios, o “diálogo inter-religioso” fez a Igreja mais “aberta” ao “valor” de religiões não-cristãs - cujos seguidores deixariam de ser considerados como faltando-lhes a Fé e o Batismo para salvarem as suas almas. A “Cristandade anônima” de Karl Rahner - que sustenta que os seguidores sinceros de qualquer religião podem ser, e provavelmente são, “Cristãos” sem mesmo o saberem -, tornou-se a teologia de fato da Igreja. De acordo com isto, organizam-se reuniões de oração pan-religiosa, nas quais os membros de todas as religiões se reúnem para rezar pela paz e para demonstrar a sua “unidade” como membros da família humana, sem que ninguém lhes diga que estão em perigo de condenação por falta do Batismo, por falta da Fé em Cristo e por lhes faltar ainda o serem membros da Sua Igreja. Na liturgia “reformada” da Sexta-Feira Santa, os Católicos (pela primeira vez na história litúrgica da Igreja) já não rezam pública e inequivocamente pela conversão dos não-Católicos e sua integração na Santa Igreja Católica, como medida necessária para a salvação das suas almas.
Como qualquer pessoa pode ver, a substituição da Realeza Social de Cristo pela “civilização do amor” neutralizou totalmente a Igreja Católica, que já não é o centro da autoridade moral e espiritual do mundo, como era a intenção do Seu Divino Fundador.
Os teólogos progressistas que avançaram com esta nova orientação da Igreja já formaram quase duas gerações de leigos e Clérigos católicos. Os trabalhos de Rahner, Küng, Schillebeeckx, Congar, De Lubac, von Balthasar, e seus discípulos dominam atualmente os textos didáticos dos Seminários e Universidades Católicos. Nos últimos 35 anos, as doutrinas progressistas destes homens serviram de principal formação a Padres, Religiosos, teólogos e a estudantes católicos do Ensino Superior. Assim, atingimos uma fase em que os prelados preferem a teologia de Rahner à de São Roberto Belarmino, por exemplo, que é um santo canonizado e Doutor da Igreja, ou de São Tomás de Aquino, o grande Doutor e um dos maiores santos na História da Igreja. O ensino de S. Roberto Belarmino e de S. Tomás - que foi, na realidade, o ensino de todos os Papas antes do Vaticano II - tende a ser aceito somente de acordo com a interpretação que lhe é dada por Rahner e outros “novos teólogos”. O mesmo acontece com a maioria dos professores em Faculdades e Seminários Católicos.
Este processo de tentar mudar a própria alma e teologia da Igreja, tal como o Papa Pio XII receava, não só envolveu a “iniciativa ecumênica” e o “diálogo inter-religioso”, mas também uma série infinita de desculpas de Clérigos católicos, do alto e baixo Clero, pelo “triunfalismo” passado da Igreja, ao declarar ser Ela o repositório exclusivo da revelação divina, e ainda pelos supostos pecados dos Seus falecidos membros contra outros “cristãos” e outras culturas. Ora, foi precisamente isto o que o Papa Pio XII predisse, quando falou de inovadores que viriam “fazê-lA [a Igreja] ter remorsos do Seu passado histórico.””
(Pe. Paul Kramer, The Devil’s Final Battle)