“Coloque-a na categoria das notícias explosivas. Uma reportagem na revista italiana Mensageiro de Santo Antônio diz que o Padre Pio – o incrível estigmatizado italiano que foi canonizado ano passado – previu uma situação que envolvia Albino Luciani – o Papa João Paulo I – antes de Luciani, à época bispo de Vittorio Veneto, ascender ao Trono de Pedro.
Se verdadeira, será a segunda profecia envolvendo um Papa recente atribuída a Pio, que foi canonizado recentemente. Notícias anteriores incomprovadas afirmavam que Pio profetizou a eleição de Karol Wojtyla ao papado.
No caso de Luciani, que foi Papa por apenas 33 dias, a predição estava ligada à promoção de Luciani a patriarca (ou arcebispo) de Veneza. De acordo com um artigo escrito por Renzo Allegri, Francesco Cavicchi, um empresário de Conegliano Veneto [uma vila italiana], foi ver o famoso místico em 1967 para receber aconselhamento espiritual. No fim de sua conversa, o Padre Pio lhe contou: “Você deve formar um grupo de oração em sua cidade natal”.
Chegando a casa, Cavicchi tentou exatamente isso, diz a revista, apelando a Luciani, que na época era seu bispo – mas sem sucesso. “Tão logo Luciani ouviu o nome de Padre Pio mencionado, a conversa foi interrompida bruscamente,” relata a publicação. “'Basta!', disse Luciani, 'Não quero mais falar sobre isso.' Naqueles dias, Pio não era bem visto pelas autoridades eclesiásticas.”
Quando o empresário alguns meses depois contou ao frade capuchinho o que acontecera, diz-se que Pio permaneceu em silêncio por um momento, e então respondeu, “Não se preocupe. O próprio bispo vai procurar por você no tempo devido. E você receberá permissão escrita do patriarca.”
Isso parecia impossível, mas Pio repetiu sua afirmação de que tanto o bispo local como o patriarca viriam em auxílio de Cavicchi na formação do grupo de oração. “Agora vá em paz!”, teria dito Pio.
Cavicchi voltou para casa confuso mas viu a predição se materializar de um modo incrivelmente literal. Isso ocorreu um ano após a morte de São Pio quando, em 10 de dezembro de 1969, Cavicchi recebeu uma ligação do secretário do Bispo Luciani, que anunciou que o bispo queria encontrar-se com ele. Quando Cavicchi foi ver o então Bispo Luciani, o futuro papa imediatamente voltou a conversa para Pio, desta vez de um modo bastante simpático. Ele se lembrou do pedido para um grupo de oração e disse que iria tratar do assunto quando de seu retorno de uma viagem a Roma.
Alguns dias depois, surgiram notícias de que o Bispo Luciani havia sido nomeado Patriarca de Veneza e dado a Cavicchi permissão escrita para um grupo de oração – desta forma cumprindo as palavras de Pio de que o empresário iria primeiro falar com um “bispo” e então receber permissão do “patriarca”.
Talvez ainda mais interessante seja que o Mensageiro de Santo Antônio diz que antes de ser Papa, na primavera de 1977, o Bispo Luciani fez uma visita, anteriormente não revelada, à vidente de Fátima, Lúcia dos Santos, em Coimbra, Portugal – na qual a Irmã Lúcia, uma freira no Mosteiro de Monte Carmelo, supostamente profetizou sua eleição como Papa.
A publicação cita o irmão do Papa João Paulo I, Edoardo, que participou da peregrinação, recordando detalhes do dramático encontro.
“Albino disse a seu secretário que permanecesse no quarto de espera”, disse. “O encontro, que deveria durar apenas dez minutos, terminou durando duas horas. Não sei sobre que conversaram. Tudo que sei é que, após o encontro, meu irmão estava profundamente abalado. Na verdade, ele estava tão perturbado com esse encontro que permaneceu completamente em silêncio durante toda a viagem de volta para casa.”
O Mensageiro relata que, após a morte do Papa, soube-se que Lúcia saudou o então Patriarca como “Santo Padre”. “Ela previu sua eleição ao papado, mas também que seu pontificado seria muito curto e que seu sucessor seria um estrangeiro, um Cardeal de Cracóvia”, afirma Allegri. “Essa previsão também foi confirmada pelo próprio Patriarca durante um de seus passeios com um teólogo veneziano, Pe. Germano Pattaro.
Ironicamente, Luciani e seu futuro sucessor, Karol Wojtyla, ficaram amigos após o encontro relacionado a Fátima, e diz-se que o próprio Papa João Paulo I mais tarde previu quem o iria suceder, indicando a pessoa que estava no quarto em frente ao seu no Conclave realizado na Capela Sistina.
Aquela pessoa era Karol Wojtyla – o Papa João Paulo II – que se tornou pontífice depois que o Papa João Paulo I morreu misteriosamente.”
(Michael H. Brown, Report Claims Padre Pio And Fatima Seer Both Issued Prophecies About John Paul I)
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quinta-feira, 3 de abril de 2014
quinta-feira, 7 de março de 2013
Um bispo vestido de branco
“Na parte do Terceiro Segredo revelada pelo Vaticano no ano de 2000, há uma visão do Santo Padre “atravessando uma grande cidade meio em ruínas”, que é depois “morto por um grupo de soldados que nele disparavam vários tiros de armas de fogo e flechas, e do mesmo modo morriam um atrás do outro os demais Bispos, Padres, religiosos e religiosas de várias classes e posições”. Antes, nessa mesma visão, a Irmã Lúcia também afirmou ter visto alguém que ela identificou como “um Bispo vestido de branco”. Curiosamente, ela não se referiu ao Bispo de branco como sendo o Santo Padre, mas disse apenas que “tivemos a impressão de que ele era o Santo Padre”.
Ao contrário do que se noticiou no Vaticano em 2000, a visão do Papa sendo morto muito obviamente não se refere à fracassada tentativa de assassinato de João Paulo II, que não foi “morto por um grupo de soldados que nele disparavam vários tiros de armas de fogo e flechas”, mas em vez disso sobreviveu ao disparo de um único atirador. Nem a fracassada tentativa de assassinato de João Paulo II viu outros “Bispos, Padres, religiosos e religiosas de várias classes e posições” sendo mortos pelo mesmo “grupo de soldados”. É óbvio que a visão estava se referindo a outro evento.
Mas a questão que tem intrigado muitos é por que a Irmã Lúcia usou o termo “Bispo vestido de branco” na primeira parte da visão, ao invés do nome “Santo Padre”, a quem ela depois identificou como sendo assassinado. Refere-se essa visão a dois homens diferentes, um que é o Papa e outro que está apenas vestido como um papa? Profecias geralmente são obscuras até que se cumpram, mas eventos recentes podem lançar uma nova luz sobre essa estranha frase usada pela Irmã Lúcia.
Em 11 de fevereiro de 2013, o Papa Bento XVI espantou o mundo ao anunciar que abdicaria de seu cargo como Papa em 28 de fevereiro de 2013. Essa notícia chocante colocou a mídia em polvorosa, não apenas com a reação dos católicos, mas também com muitas perguntas que o inesperado anúncio fez surgir. Por exemplo, um artigo da Reuters, datado de 13 de fevereiro, reportava que “autoridades da Igreja Católica, ainda atordoadas com a decisão, precisam decidir ainda qual será seu título e se ele vai continuar a usar o branco de um papa, o vermelho de um cardeal ou o preto de um sacerdote comum.”
Em 20 de fevereiro, uma dessas perguntas foi respondida pelo Pe. Georg Ratzinger, irmão do Papa Bento XVI, dizendo que o Pontífice continuará a usar branco após a abdicação. Dois dias depois, em 22 de fevereiro, o Vaticano respondeu outra pergunta quando noticiou que Bento XVI manterá seu nome papal: após a renúncia, o ex-Papa será chamado de Sua Santidade Bento XVI, Bispo Emérito de Roma.
Em 1º de março, não só Bento XVI será um ex-Papa que manteve seu nome papal, mas será também “um Bispo vestido de branco”. Será o futuro “Sua Santidade Bento XVI, Bispo Emérito de Roma”, o bispo vestido de branco a quem a Irmã Lúcia estava se referindo? Em caso afirmativo, é ele que é morto pelo grupo de soldados, como aparece na Visão? Ou estará a Visão talvez se referindo a um futuro papa – o que a Irmã Lúcia chama de “Santo Padre” - que estará reinando enquanto Bento XVI ainda estiver vivo?
É interessante notar que o Papa São Pio X teve duas visões que foram semelhantes à Visão de Fátima da Irmã Lúcia. Em 1909, durante uma audiência com membros da Ordem Franciscana, São Pio X teve uma visão de um futuro papa fugindo de Roma. Ele disse:
“O que vi é estarrecedor! Serei eu, ou será um meu sucessor? O certo é que o Papa deixará Roma e, ao sair do Vaticano, ele terá que passar sobre os cadáveres de seus sacerdotes!”
Pouco antes de morrer, o Papa São Pio X teve uma outra visão parecida, na qual ele viu um futuro papa de mesmo nome fugindo sobre os corpos de seus irmãos, antes de ser ele mesmo assassinado.
“Vi um dos meus sucessores, de mesmo nome, que estava fugindo sobre os corpos de seus irmãos. Ele terá refúgio em um esconderijo, mas, após um breve descanso, sofrerá uma morte cruel.”
À luz dessa visão, será muito interessante se o próximo papa escolher o nome de Pio XIII - “o mesmo nome” de Pio X. Só o tempo irá dizer como os eventos vão se desenrolar, mas o que parece certo é que estamos progredindo rapidamente para os eventos previstos em Fátima. Renovemos nossa coragem e zelo pela Fé, lembrando-nos sempre das palavras de Nossa Senhora de Fátima: No final, meu Imaculado Coração triunfará.”
(Robert J. Siscoe, A Bishop Dressed in White?)
Ao contrário do que se noticiou no Vaticano em 2000, a visão do Papa sendo morto muito obviamente não se refere à fracassada tentativa de assassinato de João Paulo II, que não foi “morto por um grupo de soldados que nele disparavam vários tiros de armas de fogo e flechas”, mas em vez disso sobreviveu ao disparo de um único atirador. Nem a fracassada tentativa de assassinato de João Paulo II viu outros “Bispos, Padres, religiosos e religiosas de várias classes e posições” sendo mortos pelo mesmo “grupo de soldados”. É óbvio que a visão estava se referindo a outro evento.
Mas a questão que tem intrigado muitos é por que a Irmã Lúcia usou o termo “Bispo vestido de branco” na primeira parte da visão, ao invés do nome “Santo Padre”, a quem ela depois identificou como sendo assassinado. Refere-se essa visão a dois homens diferentes, um que é o Papa e outro que está apenas vestido como um papa? Profecias geralmente são obscuras até que se cumpram, mas eventos recentes podem lançar uma nova luz sobre essa estranha frase usada pela Irmã Lúcia.
Em 11 de fevereiro de 2013, o Papa Bento XVI espantou o mundo ao anunciar que abdicaria de seu cargo como Papa em 28 de fevereiro de 2013. Essa notícia chocante colocou a mídia em polvorosa, não apenas com a reação dos católicos, mas também com muitas perguntas que o inesperado anúncio fez surgir. Por exemplo, um artigo da Reuters, datado de 13 de fevereiro, reportava que “autoridades da Igreja Católica, ainda atordoadas com a decisão, precisam decidir ainda qual será seu título e se ele vai continuar a usar o branco de um papa, o vermelho de um cardeal ou o preto de um sacerdote comum.”
Em 20 de fevereiro, uma dessas perguntas foi respondida pelo Pe. Georg Ratzinger, irmão do Papa Bento XVI, dizendo que o Pontífice continuará a usar branco após a abdicação. Dois dias depois, em 22 de fevereiro, o Vaticano respondeu outra pergunta quando noticiou que Bento XVI manterá seu nome papal: após a renúncia, o ex-Papa será chamado de Sua Santidade Bento XVI, Bispo Emérito de Roma.
Em 1º de março, não só Bento XVI será um ex-Papa que manteve seu nome papal, mas será também “um Bispo vestido de branco”. Será o futuro “Sua Santidade Bento XVI, Bispo Emérito de Roma”, o bispo vestido de branco a quem a Irmã Lúcia estava se referindo? Em caso afirmativo, é ele que é morto pelo grupo de soldados, como aparece na Visão? Ou estará a Visão talvez se referindo a um futuro papa – o que a Irmã Lúcia chama de “Santo Padre” - que estará reinando enquanto Bento XVI ainda estiver vivo?
É interessante notar que o Papa São Pio X teve duas visões que foram semelhantes à Visão de Fátima da Irmã Lúcia. Em 1909, durante uma audiência com membros da Ordem Franciscana, São Pio X teve uma visão de um futuro papa fugindo de Roma. Ele disse:
“O que vi é estarrecedor! Serei eu, ou será um meu sucessor? O certo é que o Papa deixará Roma e, ao sair do Vaticano, ele terá que passar sobre os cadáveres de seus sacerdotes!”
Pouco antes de morrer, o Papa São Pio X teve uma outra visão parecida, na qual ele viu um futuro papa de mesmo nome fugindo sobre os corpos de seus irmãos, antes de ser ele mesmo assassinado.
“Vi um dos meus sucessores, de mesmo nome, que estava fugindo sobre os corpos de seus irmãos. Ele terá refúgio em um esconderijo, mas, após um breve descanso, sofrerá uma morte cruel.”
À luz dessa visão, será muito interessante se o próximo papa escolher o nome de Pio XIII - “o mesmo nome” de Pio X. Só o tempo irá dizer como os eventos vão se desenrolar, mas o que parece certo é que estamos progredindo rapidamente para os eventos previstos em Fátima. Renovemos nossa coragem e zelo pela Fé, lembrando-nos sempre das palavras de Nossa Senhora de Fátima: No final, meu Imaculado Coração triunfará.”
(Robert J. Siscoe, A Bishop Dressed in White?)
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terça-feira, 9 de março de 2010
O plano de paz do Céu em microcosmo

“Como para demonstrar a eficácia da Consagração que a Santíssima Virgem pedira, Deus houve por bem permitir a realização em Portugal do que se pode dizer que era um projeto esclarecedor. No aniversário da primeira aparição em Fátima, em 13 de Maio de 1931, e na presença de 300.000 fiéis que se deslocaram propositadamente a Fátima, os Bispos portugueses consagraram solenemente a sua nação ao Imaculado Coração de Maria. Estes bons Prelados colocaram Portugal sob a proteção de Nossa Senhora, para que Ela protegesse esta nação do contágio das idéias comunistas que estavam a espalhar-se por toda a Europa, e especialmente na vizinha Espanha. De fato, a profecia da Santíssima Virgem de que a Rússia espalharia os seus erros pelo Mundo já estava a cumprir-se com inexorável exatidão. E quem, em Julho de 1917, poderia ter previsto o aparecimento do comunismo mundial a partir da Rússia - meses antes da revolução bolchevista e da subida ao poder de Lênin? Só o Céu podia tê-lo previsto; só a Mãe de Deus, informada pelo Seu Divino Filho.
Em resultado desta Consagração de 1931, Portugal experimentou um tríplice milagre, de que aqui daremos apenas os pormenores essenciais.
Em primeiro lugar, houve uma magnífica Renascença Católica, uma grande renovação da vida católica, tão espantosa que todos os que a viveram atribuíram-na sem hesitar à intervenção de Deus. Durante este período, Portugal gozou de um aumento drástico de vocações sacerdotais. O número de Religiosos quase quadruplicou em 10 anos. As comunidades religiosas prosperaram também. Houve uma vasta renovação da vida cristã que se fez notar em diversas áreas, incluindo o desenvolvimento de uma imprensa católica, rádio católica, peregrinações, retiros espirituais, e um robusto movimento da Ação Católica que foi integrado nas estruturas da vida diocesana e paroquial.
Esta Renascença Católica foi de tal amplitude que, em 1942, os Bispos portugueses declararam numa Carta Pastoral Coletiva: “Se alguém tivesse fechado os olhos há vinte e cinco anos e os abrisse agora, já não reconheceria Portugal, tão vasta foi a transformação feita pelo fator modesto e invisível da aparição da Santíssima Virgem em Fátima. Nossa Senhora quer realmente salvar Portugal” [Carta Pastoral Coletiva para o Jubileu das Aparições em 1942, Merv. XX's, p. 338; cit. por Frère Michel de la Sainte Trinité, Ibid., Vol. II, p. 410].
Houve também um milagre de reforma política e social, segundo os princípios sociais católicos. A seguir à Consagração de 1931, subiu à Presidência do Conselho em Portugal um líder católico, Antônio de Oliveira Salazar, que pôs em ação um programa católico e contra-revolucionário. Esforçou-se por criar, tanto quanto possível, uma ordem social católica em que as leis da governação e as instituições sociais se harmonizassem com a lei de Cristo, do Seu Evangelho e da Sua Igreja [A influência de Salazar no Governo português tinha aumentado desde 1928. Ascendeu a Presidente do Conselho em 1933. Mais tarde, Salazar recebeu, em homenagem à sua atuação, um louvor e a bênção do Papa Pio XII, que disse: “Abençôo-o de todo o meu coração, e acalento o desejo ardentíssimo de que possa completar com sucesso o seu trabalho de restauração nacional, tanto espiritual como material” (cit. por Frère Michel de la Sainte Trinité, Ibid., Vol. II, p. 412).]. Adversário convicto do socialismo e do liberalismo, Salazar opunha-se a “tudo quanto diminui ou dissolve a família” [Ibid., p. 415 (as próprias palavras de Salazar)].
Salazar, o Presidente do Conselho, não se limitava a falar bem; legislou no sentido de proteger a família, incluindo leis que desaprovavam o divórcio. Citamos o Artigo 24 de uma delas: “De harmonia com as propriedades essenciais do matrimônio católico, subentende-se que, pelo próprio fato de se celebrar um matrimônio canônico, os cônjuges renunciam ao direito legal de requerer divórcio” [Ibid., p. 421]. O efeito desta lei foi que os casamentos católicos não diminuíram em número; antes pelo contrário. Assim, em 1960 - um ano muito crítico, como veremos - quase 91% dos casamentos realizados no país eram canônicos.
Além destas espantosas mudanças religiosas e políticas, deu-se um duplo milagre de Paz: Portugal foi poupado ao terror comunista, especialmente durante a Guerra Civil que crucificava a Espanha. Portugal foi também poupado às devastações da 2ª Guerra Mundial.
A respeito da Guerra Civil de Espanha, os Bispos portugueses fizeram voto, em 1936, de exprimirem a sua gratidão a Nossa Senhora, se esta protegesse Portugal, renovando a Consagração Nacional ao Imaculado Coração de Maria. Cumprindo o seu voto, renovaram a Consagração em 13 de Maio de 1938, em ação de graças pela proteção de Nossa Senhora. Como o Cardeal Cerejeira reconheceu publicamente: “Desde que Nossa Senhora de Fátima apareceu em 1917 (…) desceu sobre a terra de Portugal uma bênção especial de Deus. (…) Se nos recordarmos dos dois anos que passaram desde a nossa promessa, não podemos deixar de reconhecer que a mão invisível de Deus protegeu Portugal, poupando-o ao flagelo da guerra e à lepra do comunismo ateu”.
Até o Papa Pio XII exprimiu o seu espanto por Portugal ter sido poupado aos horrores da Guerra Civil Espanhola e à ameaça comunista. Numa alocução ao povo português, o Papa falou do “perigo vermelho, tão ameaçador e tão próximo de vós, e apesar disso evitado de maneira tão inesperada” [Ibid., p. 422].
Os portugueses passaram incólumes este primeiro perigo, mas logo a seguir viram-se de caras com outro: a Segunda Guerra Mundial estava a começar. Em cumprimento de mais outra profecia da Santíssima Virgem a 13 de Julho de 1917, a guerra começaria “no reinado de Pio XI”, anunciada por “uma noite alumiada por uma luz desconhecida (…)”
Em 6 de Fevereiro de 1939, sete meses antes da declaração de guerra, a Irmã Lúcia escreveu ao seu Bispo, D. José Correia da Silva, avisando-o de que a guerra estava iminente - mas acrescentando em seguida uma promessa maravilhosa. Escreveu ela que “nesta guerra horrível, Portugal seria poupado devido à consagração nacional ao Imaculado Coração de Maria feita pelos Bispos” [Ibid., p. 428] .
E Portugal foi, de fato, poupado aos horrores da guerra, cujos pormenores são demasiado numerosos para aqui serem relembrados [Cf. Frère Michel de la Sainte Trinité, Ibid., Vol. II, pp. 369-439]. E - o que ainda é mais notável - a Irmã Lúcia escreveu ao Papa Pio XII em 2 de Dezembro de 1940, para lhe dizer que Portugal estava a receber uma proteção especial durante a guerra - e que outros países a teriam igualmente recebido, se os seus Bispos os tivessem consagrado ao Imaculado Coração de Maria. Escreveu ela: “Santíssimo Padre, (...) Nosso Senhor promete, em atenção à consagração que os Exmos. Prelados portugueses fizeram da nação ao Imaculado Coração de Maria, uma proteção especial à nossa Pátria, durante esta guerra; e que esta proteção será a prova das graças que concederia às outras nações, se como ela Lhe tivessem sido consagradas” [Ibid., p. 428. Cf. Novos Documentos de Fátima (editado pelo Padre Antônio Maria Martins, S.J., Livraria A.I., Porto 1984), p. 248].
Do mesmo modo, o Cardeal D. Manuel Gonçalves Cerejeira não teve a menor dúvida em atribuir a Nossa Senhora de Fátima as grandes graças que Ela obtivera para Portugal durante esses tempos. E declarou, em 13 de Maio de 1942: “Para exprimir o que se tem passado aqui nos últimos vinte e cinco anos, o vocabulário português só tem uma palavra: milagre. Sim, estamos convencidos de que devemos a maravilhosa transformação de Portugal à proteção da Santíssima Virgem” [Ibid., p. 405. O Cardeal Cerejeira disse estas palavras durante a celebração do jubileu das aparições de Fátima, ocorrida em 1942].
O Cardeal Cerejeira afirmava aquilo que nós afirmamos nesta obra: que as bênçãos miraculosas que Nossa Senhora obteve para Portugal como recompensa do Céu pela Consagração do País, em 1931, eram apenas uma amostra do que Ela fará por todo o Mundo, logo que a Rússia seja também devidamente Consagrada ao Seu Imaculado Coração [Acreditamos na palavra de um crente em Fátima, como o Cardeal Cerejeira, de preferência a um cético como o Cardeal Ratzinger (cf. mais adiante)]. Nas palavras do Cardeal Cerejeira:
“O que se tem passado em Portugal proclama o milagre. E prefigura o que o Imaculado Coração de Maria preparou para o Mundo” [Cardeal Cerejeira, prefácio a Jacinta (1942), Obras pastorais, Vol. II, p. 333. Cf. também a sua homilia de 13 de Maio de 1942, Merv. XX's, p. 339. Citado a partir de Frère Michel de la Sainte Trinité, Ibid., Vol. II, p. 437].
Não é difícil compreender a razão para Portugal ser chamado nesta altura a “Demonstração de Nossa Senhora”. E o triplo milagre de Portugal é só uma amostra de como ficarão a Rússia e o Mundo depois da Consagração Colegial daquele país. O exemplo miraculoso de Portugal também nos ajuda a compreender o presente. Se contrastarmos o tríplice milagre de Portugal com a situação atual da Rússia e do Mundo, torna-se evidente que a Consagração da Rússia ainda está por fazer.”
(Pe. Paul Kramer, The Devil’s Final Battle)
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