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terça-feira, 19 de setembro de 2017

Entrevista de Dom Faure no primeiro aniversário da SAJM (22 de agosto de 2017)


“Sua Excelência, o que é a SAJM e qual é seu espírito?
A SAJM que ser a continuação da obra e o combate de Dom Lefebvre em sua fidelidade à fé de sempre. Nesta profunda crise da Igreja, a SAJM está particularmente destinada a proteger a vida sacerdotal e manter o fervor dos futuros sacerdotes.
Por que escolheu este nome?
Em 17 de junho de 1970, Dom Lefebvre firmou o projeto dos estatutos da “Fraternidade dos Apóstolos de Jesus e Maria”. Daí vem o nome. Essa é a denominação interna da congregação fundada por ele. Conservando esse nome, quisemos honrar a memória de Dom Lefebvre.
Dom Faure, quando e em que circunstâncias se fundou a nova congregação?
Faz um ano exatamente, na festa do Coração Imaculado de Maria, depois de vários sacerdotes e seminaristas terem manifestado a necessidade de ter um superior, uma regra etc.; que é o que tivemos sempre na fraternidade fundada por Dom Lefebvre.
Que semelhanças e diferenças há entre a SAJM e a FSSPX?
O espírito dos estatutos são praticamente iguais, mas no que diz respeito às diferenças, devemos ter em consideração a evolução catastrófica da FSSPX e esta observação de Dom Lefebvre, depois de ter lido a obra de Emmanuel Barbier Histoire du catholicisme liberál et du catholicisme social na França: “Se eu tivesse lido esta obra antes, teria dado a meus seminários outra orientação”. Com isto se referia à necessidade de uma orientação mais antiliberal.
Os estatutos da SAJM são os mesmos que Dom Lefebvre redigiu para a FSSPX?
Os estatutos da SAJM são essencialmente iguais aos que Dom Lefebvre redigiu para a Fraternidade, com algumas adequações que consideramos necessárias, observando o desvio da FSSPX. Um exemplo está no seguinte ponto que acrescentamos: “Desde o Concílio Vaticano II, o santo Sacrifício da Missa, a doutrina católica e toda a vida da Igreja são atacados pela hierarquia liberal e modernista. Porque o sacerdócio católico tem o dever essencial de combater o liberalismo e o modernismo em defesa dos direitos divinos violados, a Sociedade descarta toda possibilidade de regularização canônica por via de acordo bilateral, de reconhecimento unilateral, ou do modo que seja, enquanto a hierarquia católica não volte à Tradição da Igreja” (Cap. II,nº 5).
Excelência, como foi o desenvolvimento do seminário da SAJM?
Decidi a criação do Seminário São Luís Maria Grignion de Montfort tão logo fui consagrado, recordando aquelas palavras de Dom Lefebvre em seu “Itinerário espiritual”: “Uma coisa somente é necessária para a continuação da Igreja católica: bispos plenamente católicos, sem nenhum compromisso com o erro, que estabeleçam seminários católicos, onde os jovens aspirantes se alimentem do leite da verdadeira doutrina, de seus corações; uma fé viva, uma caridade profunda, uma devoção sem limites os unirão a Nosso Senhor”.
Todas as obras de Deus conhecem algumas dificuldades nos princípios, contudo, contamos com uns seis novos seminaristas a cada não, o que, nas circunstâncias atuais, parece ser uma benção de Deus.
Constituem o corpo professoral os padres dominicanos de Avrillé (França), e isto é garantia de uma perfeita ortodoxia e de uma formação claramente antiliberal.
Os seminaristas, ao passar a maior parte do dia no convento dos dominicanos, são formados no clima de santa austeridade que é própria dos religiosos. Lá assistem aos distintos cursos e pela tarde retornam ao seminário, que é muito próximo ao convento.
A partir deste ano, contaremos, ademais, com dois sacerdotes da congregação que nos ajudarão no seminário.
Quem integra atualmente a congregação?
Por ora, contamos com dois bispos, três sacerdotes e cinco seminaristas.
A cada ano, no segundo ano de seminário, quando recebem a tonsura, os seminaristas se incardinam na congregação.
Dom Faure, como um sacerdote pode se tornar membro da SAJM?
Basta que manifeste seu desejo, entrando em contato comigo e elevando a correspondente solicitude.
Como um jovem pode ingressar no seminário da SAJM?
Do mesmo modo. Normalmente os candidatos devem entrar em contato prévio com os sacerdotes da Resistência que desenvolvem seu apostolado nos países onde os postulantes vivem.
Haverá uma Ordem Terceira na SAJM?
Haverá, tal como foi criada para a Fraternidade por Dom Lefebvre.
O que espera Sua Excelência da SAJM no futuro?
Que assegure a continuação da obra de Dom Lefebvre com a maior fidelidade aos lineamentos que nos legou o Arcebispo, sem desviar-se à direita ou à esquerda (Pr. 4,27).
Há algo mais que Sua Excelência queira nos dizer sobre a SAJM?
Gostaria de destacar que nossa congregação não por acaso foi fundada no dia da festa do Coração Imaculado de Maria, e que foi consagrada também ao Sagrado Coração de Jesus. Levamos em nosso nome os Nomes de Jesus e Maria, e isto funda e marca nossa espiritualidade.
A FSSPX teve a mesma vocação, representada, em seu logotipo, pelos corações entrelaçados da Vendeia, mas a Fraternidade está traindo essa vocação ao buscar uma reconciliação com os inimigos de Jesus e Maria.
Nossa esperança está somente n’Eles. Deus queira que nossa pequena congregação se mantenha sempre fiel e sempre humilde, sem presunções de grandeza, a fim de que todo o que ela faça seja para a glória de Jesus e Maria.”

http://beneditinos.org.br

domingo, 22 de março de 2015

Informativo da Iniciativa São Marcel referente à consagração episcopal do Pe. Jean-Michel Faure

“Os que apóiam Sua Excelência o Bispo Williamson, seja como leitores dos Comentários Eleison, seja como contribuintes da Iniciativa São Marcel, ou de alguma outra forma, certamente já sabem da notícia sobre a ordenação, por Sua Excelência, do Bispo Jean-Michel Faure, que se deu no Mosteiro da Santa Cruz em Nova Friburgo – Brasil, na última quinta-feira, dia 19 de março, Festa de São José. A divulgação do acontecimento foi compreensivelmente retida até os últimos momentos que o antecederam, a fim de se evitar, na medida do humanamente possível, quaisquer interrupções na cerimônia, assim como quaisquer outros problemas que poderiam ter surgido conjuntamente.
No entanto, agora que a consagração aconteceu, somos capazes de fornecer aos fiéis e ao mundo em geral explicações sobre o assim chamado “Mandato de Emergência”, que foi lido durante a liturgia.
Como muitos já sabem, entre as primeiras palavras ditas no rito da Ordenação Episcopal está a declaração feita ao bispo ordenante por seu assistente sênior:
“Reverendíssimo Padre, nossa santa Madre, a Igreja Católica, pede que o senhor promova este sacerdote aqui presente aos deveres do episcopado”.
Em resposta, o bispo ordenante pergunta se o assistente tem o “Mandato Apostólico”.
A resposta é: “Nós temos”, à qual o bispo ordenante responde: “Leia-se”.
(Aqueles mais interessados podem consultar depois um útil Ordo online em latim e inglês, extraído do Pontificale Romanum, publicado em 1910.)
Aquilo, porém, que foi lido na cerimônia de quinta-feira em resposta ao convite de Dom Williamson – e que tanto tem a função litúrgica, como serve para uma explanação pública sobre a lógica da cerimônia tal como foi visto pelos participantes – é o que se segue. Os leitores talvez se interessem em saber que os seus primeiros parágrafos seguem de perto a linguagem usada por Dom Lefebvre em 30 de junho de 1988.
MANDATUM APOSTOLICUM
Nós temos o Mandato para consagrar a partir da Igreja Romana, que, em sua fidelidade à Sagrada Tradição recebida desde os Apóstolos, nos ordena a transmitir fielmente essa mesma Sagrada Tradição – a saber, o Depósito da Fé – para todos os homens em razão de seu dever de salvar suas almas.
Pois, de fato, por um lado as autoridades da Igreja de Roma desde o Concílio Vaticano II até os dias de hoje são guiadas por um espírito de modernismo que mina profundamente a Sagrada Tradição, a ponto de distorcer seus próprios conceitos:
Haverá um tempo em que eles não suportarão a Sã Doutrina... afastarão os ouvidos da verdade e os aplicarão às fábulas, como disse São Paulo a Timóteo em sua segunda Epístola (4, 3-4). Que utilidade teria um pedido a tais autoridades por um Mandato para consagrar um bispo que se oporá profundamente ao seu erro mais grave?
E por outro lado, quanto à obtenção de tal bispo, os poucos católicos que entendem sua importância poderiam esperar, mesmo depois do Vaticano II, que ele pudesse vir da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, fundada por Dom Marcel Lefebvre, tal como os quatro outros ordenados por ele em 1988 com um Mandato de emergência anterior. Infelizmente, quando as autoridades dessa Fraternidade mostraram, por sua contínua mudança de direção, às autoridades romanas que eles estavam tomando a mesmo rumo modernista, essa esperança se mostrou ser em vão.
De onde então poderiam esses fiéis católicos obter os bispos essenciais para a sobrevivência de sua verdadeira fé? Em um mundo que faz guerra política dia após dia, sobretudo contra Deus e Sua Igreja, o perigo para a Fé parece tal que a sobrevivência desta não pode mais ser deixada na dependência de um único bispo totalmente antimodernista. A própria Igreja pede a ele que nomeie um associado, que será o Padre Jean-Michel Faure.
Por esta transmissão de poder da Ordem episcopal, nenhum poder episcopal de jurisdição é assumido ou concedido, e tão logo Deus intervenha para salvar Sua Igreja, que não tem mais nenhuma esperança de resgate humano, os efeitos dessa ordenação e desse Mandato de emergência serão imediatamente colocados de volta nas mãos de um Papa que venha a ser completamente católico.


http://borboletasaoluar.blogspot.com.br

quinta-feira, 19 de março de 2015

Entrevista com o Rev. Pe. Faure, consagrado bispo por S.E.R Mons. Richard Williamson em 19/03/2015 no Mosteiro da Santa Cruz em Nova Friburgo

Um pouco de história para começar, Padre: como conheceu a Tradição e Monsenhor Lefebvre?
Em 1968, estando na Argentina, visitei ao Arcebispo de Paraná, que me disse: “quer defender a Tradição? No Concílio, a defendi junto com um Bispo corajoso, meu amigo, Mons. Marcel Lefebvre”. Foi a primeira vez que ouvi falar de Mons. Lefebvre. Fui procurar Mons. Lefebvre na Suíça em 1972, por ocasião da Semana Santa, e então o conheci.
Onde o senhor nasceu? Por que estava vivendo na América do Sul?
Eu nasci na Argélia [1943], e minha família, depois da Independência, adquiriu uma terra na Argentina, perto de Paraná. Minha família foi expulsa da Argélia porque o governo francês entregou o poder aos combatentes muçulmanos, que realizaram massacres espantosos durante o processo de Independência. Meus avós, pais e tios eram agricultores lá, desde 1830.
Continuando com a história, como desenvolveu seu apostolado na FSSPX?
Fui ordenado por Mons. Lefebvre em 1977, em Ecône, e quinze dias depois o acompanhei em uma viagem pelo Sul dos Estados Unidos, México (onde o Governo nos impediu de entrar), Colômbia, Chile e Argentina. Monsenhor me encarregou de começar o apostolado nessa região. No primeiro ano, me ajudaram dois sacerdotes argentinos e, no ano seguinte, outro espanhol (da FSSPX). Criou-se, em seguida, o Distrito da América do Sul, sob minha responsabilidade, e comecei a pregar retiros até o México. Houve, no primeiro ano, por volta de 12 vocações, que se instalaram no Priorado de Buenos Aires, que estava alojado em uma casa muito grande. Em seguida, por volta de 1980, foi construído o Seminário de La Reja (Buenos Aires), do qual Mons. Lefebvre nomeou-me diretor. Lá fiquei até 1985, quando fui nomeado Superior do Distrito do México. Então, foram construídas as igrejas da Capital e de Guadalajara. Atendia, com os Padres Calderón, Anglés e Tam, diferentes localidades desse País. Depois, estive alguns anos na França. Posteriormente, fui nomeado no Seminário da Argentina como professor de História, e lá permaneci até a expulsão de Mons. Williamson da Argentina (2009).
Mons. Lefebvre confiava no senhor?
Monsenhor me deu livre acesso à sua correspondência e me encarregou de certos expedientes. Tinha certa confiança em mim: em 1977, ele me perguntou, em Albano, o que pensava sobre as sagrações. Em outra oportunidade, também em 1977, me confidenciou: “eles estão esperando por mim” (o diretor de Ecône e os professores). Eles sugeriam aceitar a Missa Nova e o Concílio para conservar a Missa Tridentina. Diziam-lhe: “Agora, estamos em confronto com Roma. Se quisermos conservar a Missa (Tridentina), devemos aceitar o Concílio”. Pretendiam que Monsenhor se aposentasse em uma bela casa na Alemanha, mas ele lhes respondeu que eles eram livres para sair se assim o desejassem. E os expulsou.
É verdade que Mons. Lefebvre pediu ao senhor que aceitasse ser sagrado [Bispo]?
Em 1986, estando de visita em Ecône, me chamou de lado, depois de uma refeição, e me perguntou se eu aceitaria ser sagrado Bispo. Conhecendo o que se seguiu, talvez eu devesse ter aceitado.
Então, o senhor não aceitou?
Eu lhe disse que me parecia que Mons. de Galarreta seria mais indicado.
Pode resumir o que aconteceu em 2012?
Naquele ano, estivemos a muito poucos passos do acordo, e fracassou no último momento, provavelmente, pelo caso Williamson. O acordo fracassou por esse assunto e pela carta dos três Bispos. Ambas as coisas fizeram fracassar o acordo.
Diz-se que a chave da estratégia ad intra de Monsenhor Fellay está em ter o apoio do Capítulo Geral. O senhor pode nos dizer algo sobre isso?
O Capítulo Geral foi muito bem preparado por Mons. Fellay, e eles (os acordistas) alcançaram os seus objetivos. Ali entendi o que aconteceu com Monsenhor Lefebvre e seus amigos no Concílio Vaticano II. Ele (Mons. Fellay) havia tomado a decisão de uma política de aproximação a Roma e ajeitou as coisas para obter o apoio geral do capítulo, expulsando Mons. Williamson, que era o único capaz de impedir essa política.
Quais, em sua opinião, devem ser as condições necessárias para fazer um acordo com a Roma?
Mons. Lefebvre nos disse que, enquanto não houver nenhuma mudança radical em Roma, um acordo é impossível, porque essas pessoas não são leais, e não se pode pretender transformar os superiores. É o gato que come o rato, e não o rato que come o gato. Um acordo equivaleria a entregar-se nas mãos dos modernistas; por conseguinte, deve ser rejeitado absolutamente. É impossível. Temos que esperar que Deus intervenha.
O senhor pode nos dizer o que pensa das visitas de avaliação de diversos prelados modernistas aos seminários da Fraternidade? É verdade que algumas vezes Mons. Lefebvre recebeu alguns prelados. Qual é a diferença agora?
Tratava-se de visitas excepcionais [11/11/1987], durante as quais o Card. Gagnon nunca teve a oportunidade de defender o Concílio, enquanto que, agora, trata-se dos primeiros passos para a reintegração (da FSSPX) à igreja conciliar.
O que acha de um eventual reconhecimento unilateral da FSSPX por parte de Roma?
É uma armadilha.
Entre o Capítulo de 2006 e a crise iniciada em 2012, observa-se uma mudança de atitude por parte das autoridades da FSSPX em relação a Roma. A que se deve essa mudança?
Deve-se à decisão dos superiores de reintegrar-se à igreja conciliar. Desde 1994 ou 1995, foram realizados os contatos do GREC, que foram passos significativos no sentido da reconciliação, como o havia previsto o embaixador Pérol (representante da França na Itália), que é o inventor do levantamento das excomunhões (2009) e do Motu Proprio (2007). Isso devia ter como contrapartida o reconhecimento do Concílio.
O que faria Mons. Lefebvre na situação atual?
Seguiria na linha que nos indicou depois das Sagrações [de 1988], descartando absolutamente a possibilidade de um acordo.
Se, no futuro, o senhor fosse convidado para ir a Roma para falar com o Papa, iria? O que diria?
Em primeiro lugar, consultaria a todos os nossos amigos na Resistência. Eu iria com Mons. Williamson e outros excelentes sacerdotes que levam adiante o combate da Resistência com muito valor. E manteria informados todos os nossos amigos, com toda transparência.
Mons. Fellay disse que a FSSPX está de acordo com 95% do Concílio Vaticano II. O que o senhor acha disso?
Mons. Lefebvre respondeu que todo o Concílio está invadido de um espírito subjetivista que não é católico.
Francisco, sendo eficaz demolidor da Igreja e destruidor da Fé, é verdadeiro Papa?
Em minha opinião, não se pode dizer que Francisco seja pior do que Paulo VI, que foi quem pôs a Igreja em outro caminho; e, então, devemos conservar a atitude que foi a de Mons. Lefebvre, atitude prudencial que exclui o sedevacantismo. Mons. Lefebvre sempre se recusou a ordenar um seminarista que fosse sedevacantista. E essa foi a política da FSSPX até sua morte. Portanto, não nos venham com essa que Monsenhor disse isso ou aquilo.
Qual é o estado de seu processo de expulsão da FSSPX?
As últimas notícias foram que encontrei, no e-mail, por acaso, uma segunda admoestação. A partir de amanhã, então, a FSSPX terá novamente quatro Bispos. Deverão me expulsar rapidamente! Deo Gratias!
Esta decisão de sagrá-lo Bispo deve ter sido muito sopesada e meditada durante muito tempo. Como Mons. Lefebvre, também o senhor, Mons. Williamson e os Sacerdotes da Resistência não quiseram ser colaboradores da destruição da Igreja. É para conservar a Fé intacta que foram perseguidos, condenados e caluniados muitas vezes. Sua sagração episcopal poderá lhe acarretar uma pretensa excomunhão. Quais foram as razões principais para levar a cabo esta sagração?
A razão principal é que não podemos deixar a Resistência sem Bispos. Como o disse Mons. Lefebvre, são indispensáveis Bispos católicos para a conservação da verdadeira doutrina da Fé e dos Sacramentos.
Mons. Lefebvre pensou no senhor para ser sagrado Bispo, e agora Mons. Williamson pôde cumprir esse desejo. Qual será a sua principal preocupação?
Esforçar-me para manter a Obra de Mons. Lefebvre no caminho que ele havia traçado, não desviando nem para a direita nem para a esquerda.
Onde será seu lugar de residência?
Na França, onde pretendemos abrir um seminário perto dos Dominicanos de Avrillé.
O senhor gostaria de dizer algumas palavras aos Sacerdotes e fiéis que ainda estão sob a estrutura da Fraternidade, mas que estão inquietos por causa de seu desvio liberal nos últimos anos?
Que voltem a ler e meditar os textos de seu Fundador.
O senhor pode nos explicar a essência de seu brasão?
No centro, está o Cordeiro do Apocalipse, o Alfa e Ômega, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, anunciado por Isaías. Os corações recordam a Vendéia mártir da Revolução (Francesa); e a Flor-de-Lis é emblema da França católica. O lema, ipsa cónteret (Ela te esmagará) é tomado da Vulgata, Gênesis 3,15, onde Deus promete a vitória da Virgem Maria sobre o dragão.
Há algo que gostaria de acrescentar?
Conservemos a Fé, a Esperança e a Caridade. Não há que duvidar, e é preciso pedir isso a Deus e a Nossa Senhora, que nos mantenham nessas virtudes.
Padre, agradecemos profundamente a Deus, a Sua Santíssima Mãe e a São José, Protetor da Igreja, por esta graça tão grande. Pedimos pelo senhor, para que Deus o conserve e o guarde. Agradecemos-lhe por ter aceito tão tremendo encargo, e a Monsenhor Williamson por tê-lo sagrado como sucessor dos Apóstolos. Deo Gratias!”

Traduzido por Carla d’Amore

http://farfalline.blogspot.com