“Esta foi uma importante vitória porque salvou o catolicismo em toda a Ásia.
Enquanto em qualquer outro lugar do continente asiático as falsas religiões se opunham, em geral, à implantação do catolicismo e faziam verter em abundância o sangue dos mártires, a conversão das Filipinas foi um evento sem paralelo na história: em 40 anos (de 1555 a 1605), sem que se derramasse uma só gota de sangue, o país se tornou um modelo de cristandade graças aos espanhóis. Para a Igreja, as Filipinas se tornaram uma base providencial da qual partiam legiões de missionários para outras terras da Ásia.
Em 15 de março de 1646, uma flotilha de navios protestantes holandeses, uma força naval formidável, chegou ao grande porto de Manila. Os espanhóis e os filipinos estavam desanimados, tendo à sua disposição nada mais do que dois navios mercantes – o
Encarnação e o
Rosário – que eles rapidamente armaram o melhor que puderam. Foi então que o venerável Pe. Jean de Conca, O. P, começou a pregar o rosário aos marinheiros e fez com que eles o recitassem em coros alternados nas pontes dos dois navios. Os marinheiros prometeram que se vencessem iriam em peregrinação a pé descalço até a estátua da Virgem do Rosário no convento dominicano de Manila. De março a outubro, cinco encontros violentos resultaram em cinco vitórias humanamente impossíveis. Os navios dos protestantes foram destruídos, enquanto nos céus uma voz se ouvia dizer, “Vivam a Fé em Cristo e a Santa Virgem do Rosário”. De 200 homens, os católicos perderam apenas 15. As Filipinas permaneceram no seio da Igreja.
Uma propagação extraordinária do rosário ocorreu por todo o país, que se tornou “o Reino do Santo Rosário”, segundo expressão do Papa Pio XII. Todos os anos, e ainda hoje em dia, uma imensa procissão passa por Manila, em ação de graças, seguindo a milagrosa estátua da Virgem do Rosário precedida por 21 carros alegóricos decorados levando santos dominicanos. Duzentas mil pessoas seguem a Madona levando velas e as Filipinas são consagradas a Nossa Senhora no final da cerimônia.”
(Pe. Marie-Dominique, O. P,
Great Historical Victories of the Rosary)
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