domingo, 10 de março de 2019

A criação vertical do homem é um sinal do que tem que ser o homem em sua alma


“Quando Deus cria ao homem o cria vertical (…). Essa criação do corpo do homem vertical é um signo do que tem que ser o homem por dentro, em sua alma (…). Deus o criou com a cabeça acima do coração, com o coração acima do estômago, do sexo e dos pés. E essa hierarquia do homem vertical nos está indicando também o que o homem tem que ser por dentro:
Acima de tudo está a cabeça; quer dizer, a inteligência que me faz conhecer a realidade e conhecer a verdade. E essa verdade que a inteligência conhece se mostra ao coração, isto é, à vontade; para que a vontade ame o que é verdadeiro e o que é bom. E depois vêm também as paixões, os sentimentos e os instintos que, iluminados pela inteligência e governados pela vontade, servem para que o homem seja capaz de entusiasmar-se por tudo o que é verdadeiro e por tudo o que é bom.
Essa é a imagem do homem como Deus o criou: inteligência que conhece a verdade, se a mostra à vontade como algo bom sendo as paixões e os sentimentos governados pela vontade e dominados pela inteligência. Agora bem, o homem moderno é um homem posto “de pernas para o ar”. Ao homem vertical que Deus criou se lhe opõe um homem invertido. O que está acima? Acima de tudo estão as paixões, estão os instintos, estão os sentimentos. Pelo que se guia o homem? “Eu gosto”, “eu não gosto”; “tenho desejos”, “não tenho desejos”; “que lindo!”, “que feio!”. Nos guiamos pelos instintos. E depois vem a vontade. A vontade para satisfazer todos os caprichos dos instintos; e ao final, bem abaixo de tudo, vem a pobre inteligência. Para quê? Para justificar-me e dizer que tudo o que eu gosto está bem.”
(Alberto Ezcurra, Los Jóvenes y la Sociedad de Consumo)

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