"Moeller van den Bruck foi um historiador cultural que se tornou politicamente ativo no final da Primeira Guerra Mundial. Foi um dos membros fundadores do conservador "Clube de Junho", do qual se tornou o líder ideológico. Em Der preussische Stil ("O Estilo Prussiano") descreveu o que acreditava ser o caráter prussiano, cuja principal característica era a "vontade de estado" e em Das Recht der jungen Volker ("O Direito dos Povos Jovens") apresentou a idéia de "povos jovens" (incluindo a Alemanha, a Rússia e a América) e de "povos velhos" (incluindo a Inglaterra e a França), defendendo uma aliança entre as nações "mais jovens" com maior vitalidade para derrotar a hegemonia da Inglaterra e da França.
Em 1922, ele contribuiu, junto com Heinrich von Gleichen e Max Hildebert Boehm, para o livro Die neue Front ("A Nova Frente"), um manifesto dos Jungkonservativen ("Jovens Conservadores"). Um ano depois, Moeller van den Bruck produziu seu trabalho mais famoso que continha uma completa exposição de sua visão de mundo, Das Dritte Reich, traduzido para o inglês como Germany's Third Empire (O Terceiro Império da Alemanha).
No Terceiro Império da Alemanha, Moeller fez uma divisão entre quatro posições políticas: Revolucionária, Liberal, Reacionária, e Conservadora. Os revolucionários, que incluíam especialmente os comunistas, eram irrealistas no sentido em que acreditavam poder rejeitar totalmente os valores e tradições do passado. O liberalismo foi criticado por seu radical individualismo, que essencialmente equivale a egoísmo e desintegra nações e tradições. Os reacionários, por outro lado, foram criticados por terem uma posição irrealista de desejarem um completo reavivamento das formas passadas, acreditando que tudo na sociedade passada era positivo. O conservador, Moeller afirmava, era superior aos outros três porque "o conservadorismo busca preservar os valores de uma nação, tanto ao conservar valores tradicionais, desde que estes ainda possuam o poder de crescimento, quanto ao assimilar todos os novos valores que aumentem a vitalidade de uma nação." O "conservador" de Moeller era essencialmente um conservador revolucionário.
Moeller rejeitou o Marxismo por causa de seu racionalismo e materialismo, que ele afirmava eram ideologias imperfeitas que fracassaram em entender o lado melhor das sociedades humanas e da vida. "O socialismo começa onde o Marxismo termina", declarou. Moeller defendia um socialismo corporativista alemão que reconhecia a importância da nacionalidade e rejeitava a luta de classes.
Em termos de política, Moeller rejeitou o republicanismo e afirmou que a verdadeira democracia tinha a ver com o povo tendo parte em determinar seu destino. Ele rejeitou a monarquia como ultrapassada e antecipou uma nova forma de governo na qual um líder forte e em conexão com o povo emergiria. "Precisamos de líderes que sintam-se em unidade com a nação, que identifiquem o destino da nação como seu próprio." Esse líder estabeleceria um "Terceiro Império, um novo e final império", que resolveria os problemas políticos da Alemanha (especialmente seu problema populacional)."
(Lucian Tudor, The German Conservative Revolution & Its Legacy)
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