sábado, 2 de abril de 2016

Bruxelas, terror e mídia: a narrativa sobre "temor islâmico de represálias"


"Após cada ataque terrorista muçulmano, a mídia articula rapidamente alegações de que os muçulmanos são as vítimas reais, publicando matérias como "Muçulmanos temem represálias". Acima de tudo, deveríamos sempre lembrar que as verdadeiras vítimas são os assassinos.
Um terrorista muçulmano apenas mata uma dúzia de pessoas, decapita um soldado ou dispara sobre uma sinagoga? A mídia, após sua cobertura sensacionalista inicial do ataque, cobre a situação trágica de algum ativista islâmico que afirma ter percebido olhares de reprovação no ônibus. Pois os sentimentos feridos de um colono muçulmano contam mais do que a população nativa que foi apenas assassinada.
Após cada ataque terrorista muçulmano, a mudança para a narrativa da "represália" vem cada vez mais rápido. Mas após o ataque de Bruxelas, parecem que temos um novo recorde de velocidade da “represália”...
O International Business Times publicou uma matéria por Michael Kaplan, não muito tempo depois do ataque, com a manchete: "Muçulmanos temem represálias após ataque em Bruxelas: ao sentimento anti-imigrante da extrema-direita muitas vezes segue-se violência".
Ela não chegou a acontecer ainda. Mas vamos denunciá-la de qualquer maneira. É muito mais importante especular sobre outra represália imaginária do que mostrar solidariedade para com as vítimas politicamente inconvenientes do terror muçulmano.
Kaplan baseou sua matéria no Vocativ, que publicou sua estória de represália às 7h45. Isso é realmente impressionante. Nós podemos ter um novo recorde de velocidade de “represália”.
Para o futuro, os repórteres deverão simplesmente dar uma passo adiante e relatar os medos muçulmanos de represálias e evitar discutir o ataque propriamente dito... pois isso só poderia gerar mais represália. Após cada ataque terrorista, os repórteres devem imediatamente correr para um bairro muçulmano para entrevistar preventivamente potenciais vítimas da possível represália sobre seus temores de uma represália.
Porque o jornalismo real não está relatando o que realmente aconteceu. Está nos empurrando agressivamente sua narrativa goela abaixo, até que todos nós aprendamos a aceitá-la. E o que tal narrativa assegura? Que os medos muçulmanos são mais importantes do que mortes de europeus."
(David Greenfield, Media Already Running "Muslims Fear Blowback" Stories After Brussels)

http://www.midiasemmascara.org