quinta-feira, 15 de outubro de 2015

O homem modelado pelo socialismo

“O socialismo distributivista dissemina por toda nação o sentimento de que sempre se tem o direito de tudo pedir ao Estado, sem nada lhe oferecer em troca, e dissolve o sentido do civismo e da responsabilidade (...). A economia socialista não pode funcionar senão através de uma série de relações de dependência hierárquica, entre as quais o indivíduo não conta, uma vez que a única fonte de poder é a do Estado-Partido. O homem de 1970, escreveu Jacques Ellul, foi preparado pelas escolas para cumprir uma função, não para ser um homem... Não tem tempo para conhecer a si mesmo nem para criar uma relação complexa, difícil e desgastante com os demais. Este homem é muito bem equilibrado, mas perfeitamente expansivo... tudo esperando, definitivamente, das intervenções e decisões do Estado, que se converte em agente de toda impulsão coletiva ou reivindicação social; o Estado é uma espécie de mediador entre o homem e todos os problemas gerais. O Estado pode solucionar tudo; a cada acontecimento o homem espera a resposta do Estado, inclusive no âmbito privado: os programas sociais estão aí para resolver as questões individuais. Gado doce, educado e tranqüilo, extraordinariamente bem castrado, dizia Saint-Exupéry. Eis aí o homem modelado pelo socialismo que, sem embargo, não cessa de prometer-lhe mais responsabilidade, mais participação em seu destino...”
(Jean de Saint-Chamas, El Socialismo contra el Progreso)

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