terça-feira, 14 de julho de 2015

O "crucifixo" marxista com que Evo Morales presenteou o papa

“Evo Morales, depois de condecorá-lo com o Condor dos Andes e a distinção Luis Espinal, presenteou o papa Francisco com uma réplica do “crucifixo” elaborado pelo padre Luis Espinal – jesuíta espanhol simpatizante da teologia da libertação, crivado de balas pelos paramilitares em 22 de março de 1980 – no qual este mostrou e esculpiu em madeira sua ideologia ao representar um Cristo crucificado sobre o símbolo marxista da foice e do martelo. O papa chegou a dizer “não sabia disso”, referindo-se a que desconhecia a história desse crucifixo, depois que escutou a explicação do presidente da Bolívia. Alguns meios de informação católicos tergiversaram a frase de Francisco e disseram erroneamente que o papa condenou – de imediato – a desrespeitosa imagem e disse a Evo: “não está bem isso”.
No trajeto de El Alto a La Paz, Francisco já havia se detido no caminho para homenagear o jesuíta, no lugar onde foi executado. Destacou: “Detive-me aqui para saudá-los e sobretudo para recordar. Recordar um irmão, um irmão nosso, vítima de interesses que não queriam que se lutasse pela liberdade da Bolívia”.
Muita tinta correu em todo o mundo pelo presente de Evo Morales ao Papa. Criticou-se o “presente” (o obséquio) com diferentes qualificativos, desde inapropriado até blasfemo, pois no “crucifixo” se substitui a Cruz redentora pela foice e o martelo marxistas. Inclusive, muitos estranharam que o papa Francisco, passada a surpresa, o tenha aceitado sem dizer algo contra essa deformação da Cruz. Daí terem até inventado que disse “não está bem isso” em lugar do que realmente afirmou: “não sabia disso”.
Morales quer agora matizar sua postura por conveniência circunstancial e capitalizar algumas declarações do Papa sobre a Bolívia. Na realidade o presidente Evo é um marxista radical que em 24 de junho de 2009 declarou: “A Igreja Católica é um símbolo do colonialismo europeu e portanto deve desaparecer da Bolívia”. De onde lhe vem, agora, a “cordialidade” para com a Igreja?
A carga ideológica do “presente” entregado por Morales é evidente, por mais explicações – de um ou de outro lado – com que queiram diplomaticamente suavizá-la. O paradoxal é que o simbolismo de cravar Cristo na foice e no martelo pode-se voltar para Evo, pois realmente a intenção marxista é acabar com a religião de paz e amor que Jesus veio pregar e crucificá-lo de novo no símbolo do ódio e da luta de classes, pois consideram – com Marx – que a religião é “o ópio do povo” e deve desaparecer. No desenho acima encontramos o número de vítimas que o marxismo cobrou e que bem poderíamos considerar como o verdadeiro significado do falso e irreverente “crucifixo”.”

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