segunda-feira, 23 de abril de 2012

Uma mensagem anticatólica oculta no casco do Titanic

“Há muito que a intervenção divina tem sido por alguns responsabilizada pelo afundamento do Titanic em sua viagem inaugural em 1912.
Hartland and Wolff, o estaleiro de Belfast Leste onde o navio foi construído, era famoso por não empregar católicos. No início do século passado, sua força de trabalho era inteiramente protestante e virulentamente anticatólica.
“Em Harland and Wolff, não era incomum que os trabalhadores pintassem em ambos os lados dos navios em construção as palavras “NO POPE” (SEM PAPA) em letras de dez pés de altura ou mais”, relata o historiador naval David Allen Butler.
Havia histórias bastante difundidas de que cada rebite martelado no Titanic era acompanhado da espressão “f...-se o papa”.
Qualquer católico que fosse contratado ficava sujeito a discriminação aberta. Alguns eram acertados com martelos jogados de cima e a atmosfera contra os católicos era tida como “venenosa”.
O escritor e historiador David Allen Butler escreve como um sentimento anticatólico na Irlanda do Norte à época da construção do navio foi responsável, segundo alguns, pela tragédia.
“Era bastante ativo na política do Ulster à época um certo William James Pirrie, que se tornou o presidente do Harland and Wolff em 1895. Ele instituiu uma política informal, mas rigorosamente imposta, de que a empresa jamais empregaria deliberadamente um católico romano”, escreve Butler sobre a época na qual o Titanic estava sendo construído em Belfast.
Butler prossegue escrevendo como havia boatos de que “uma mensagem secreta foi escondida no número de casco do Titanic, dado ao navio por seu construtor, Harland and Wolff. O número misterioso era 3909-04: quando escrito e visto ao espelho, o número mostra as palavras NO POPE – contanto que se conceda uma certa margem de manobra com o 4.”
“Há culpa mais do que suficiente para todo mundo nesta história”, diz Butler, “e ninguém sai com as mãos limpas”.
Embora haja relatos divergentes sobre a existência ou não no casco do número que podia ser lido como uma oculta mensagem anticatólica, os que acreditavam no Titanic à época que o navio partiu sinceramente proclamavam que “nem mesmo o próprio Deus poderia afundar este navio”.
Contudo, um iceberg ao largo da costa canadense certamente o fez.”
(Kerry O’Shea, Did anti-Catholic sentiment of Titanic workforce help doom the unsinkable ship? IrishCentral, 13.4.2012)

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