sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Anti-semitismo

“Devido à confusão de pensamentos prevalente entre os católicos sobre a questão do anti-semitismo, algumas palavras devem ser ditas sobre o assunto.
Na excelente resenha a meu livro A Realeza de Cristo ou Naturalismo Organizado, que apareceu na revista jesuíta La Civiltà Cattolica (Roma, março de 1947), o crítico deu um destaque especial à distinção que tenho feito em todos meus livros. Ele escreveu o seguinte:
“O autor quer estabelecer uma clara distinção entre ódio à nação judaica, que é anti-semitismo, e oposição ao naturalismo judeu e maçônico. Essa oposição por parte dos católicos deve realmente ser total, por meio de um reconhecimento não só individual, mas social, dos direitos da Realeza sobrenatural de Cristo e Sua Igreja, e na luta política para conseguir que esses direitos sejam reconhecidos pelos Estados e na vida pública. Para esse empreendimento indispensável ... a união ativa e efetiva dos católicos ... é absolutamente necessária.”
O espaço não permite longas citações de documentos papais para mostrar que, por um lado, os soberanos pontífices insistem em suas encíclicas que os católicos devem defender com determinação os direitos integrais de Cristo Rei, enquanto, por outro lado, devem manter suas mentes e seus corações livres do ódio à própria nação de Nosso Senhor segundo a carne. Por um lado, eles devem lutar pelos direitos de Cristo Rei e pela organização sobrenatural da sociedade nos termos da encíclica Quas Primas, inequivocamente proclamando que a rejeição de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Messias verdadeiro, por Sua própria nação, e a oposição inflexível que esta Lhe devota, são uma fonte fundamental de desordem e conflito no mundo. Por outro lado, como membros de Nosso Senhor Jesus Cristo, os católicos não devem odiar os membros dessa nação na qual, através de nossa Mãe Santíssima, o Lírio de Israel, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade assumiu a natureza humana, nem negar-lhes os legítimos direitos como pessoas.
A elevação sobrenatural de mente e coração e a coragem inflexível que são exigidas dos membros de Cristo em nossos dias só podem ser mantidas com a ajuda dAquele que chorou porque Jerusalém rejeitou a ordem. Isso implicará, inevitavelmente, em sofrimento para os membros fiéis de Cristo, à medida que aumenta o poder das forças anti-sobrenaturalistas no mundo. Mesmo em meio a seus sofrimentos, no entanto, os membros de Cristo devem ter em mente que haverá um triunfo glorioso para Cristo Rei.
Duas razões podem ser atribuídas para o fato de que os membros fiéis de Nosso Senhor serão muitas vezes traídos por aqueles que deveriam estar do lado de Cristo Rei. Em primeiro lugar, muitos escritores católicos falam de condenações papais ao anti-semitismo sem explicar o significado do termo e sequer aludem aos documentos que insistem nos direitos de Nosso Divino Senhor, Cabeça do Corpo Místico, Sacerdote e Rei. Assim, muitos são completamente ignorantes do dever que têm todos os católicos de defender com determinação o reinado de Nosso Senhor na sociedade em oposição ao naturalismo judaico.
O resultado é que inúmeros católicos são tão ignorantes da doutrina católica, que lançam a acusação de anti-semitismo contra aqueles que estão lutando pelos direitos de Cristo Rei, e assim efetivamente ajudam os inimigos de Nosso Divino Senhor. Em segundo lugar, muitos escritores católicos copiam sem questionar o que lêem na imprensa naturalista ou anti-sobrenaturalista e não fazem distinção entre anti-semitismo no correto sentido católico, como explicado acima, e “anti-semitismo” como os judeus entendem. Para os judeus, “anti-semitismo” é qualquer coisa que está em oposição à dominação naturalista messiânica de sua nação sobre todas as outras. Logicamente, os líderes da nação judaica afirmam que defender os direitos de Cristo Rei é ser “anti-semita.”
O termo “anti-semitismo”, com toda sua conotação de guerra nas mentes dos que não pensam, está sendo ampliado para incluir qualquer forma de oposição aos objetivos naturalistas da nação judaica e qualquer revelação dos métodos que adotam para atingir esses objetivos.
Na beatificação de Joana d'Arc (13 de dezembro de 1908), o santo Papa Pio X afirmou:
“Em nosso tempo, mais do que nunca, o maior trunfo dos dispostos ao mal é a covardia e a fraqueza dos homens de bem, e todo o vigor do reino de Satanás é devido à despreocupada fraqueza dos católicos. Oh! Se eu pudesse perguntar ao Divino Redentor, como o profeta Zacarias fez em espírito (Zc. 13:06a): “Que ferimentos são esses em Tuas mãos?” A resposta não poderia ser outra: “... São ferimentos que recebi na casa dos que me amavam” (Zc. 13:06b). Fui ferido por meus amigos, que não fizeram nada para me defender e que, em cada ocasião, fizeram-se cúmplices dos meus adversários. E essa censura pode ser direcionada aos católicos fracos e tímidos de todos os países.””
(Rev. Denis Fahey, C.S.Sp, Grand Orient Freemasonry Unmasked)