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quinta-feira, 24 de agosto de 2017

A Fraternidade Sacerdotal São Pedro agoniza


“Quando em 2006 eu me converti ao catolicismo (ou seja, abandonei definitivamente a Igreja Conciliar do Vaticano II), um amigo “diácono permanente” do Novus Ordo quis tentar-me com a Fraternidade Sacerdotal São Pedro. Segundo ele, a “Igreja” tinha um lugar para os que “sentiam o catolicismo tradicionalista” e, se eu permanecesse nesse lugar, continuaria unido à Igreja, caso contrário, me tornaria um cismático e iria ao inferno. Naqueles dias de março do ano de 2006, pouco me importou contestar-lhe que “se o Padre Eduardo reza com os hereges protestantes, se João Paulo II beija o Corão e disse que todos podem-se salvar em qualquer falsa religião, então sou eu que irei ao inferno? E o ecumenismo?” Em vez de contestar qualquer coisa, dei-lhe um abraço e me despedi.
Em 2006 a Fraternidade São Pedro era algo que ainda parecia ter um futuro. Era outra época: Fazia pouco que Ratzinger havia sido eleito Papa na Igreja Conciliar e suas primeiras ações eram ambíguas. Chamavam-no “tradicionalista” e “conservador”, sua autobiografia (que eu havia lido ainda muito jovem) deixava perplexos muitos católicos que haviam decidido esquecer que ele era o autor da confusa “Dominus Iesus” onde ao mesmo tempo que dizia que fora da Igreja não havia salvação, indicava que aquelas “igrejas particulares” que conservaram o episcopado histórico e a eucaristia eram meios de salvação. A isso se somava todo o ímpeto da “reforma da reforma”, da “hermenêutica da continuidade”. Por toda parte apareciam pequenas congregações que aderiam ao Motu Proprio Ecclesia Dei e rezavam a Missa em Latim, aceitando o Concílio Vaticano II.
Eu, que por quase um ano havia lido tudo (quase tudo) que podia do “tradicionalismo” não vi como uma opção a Ecclesia Dei, ou os grupos tipo Fraternidade São Pedro. O problema, cheguei à conclusão, não era a Missa em si mesma, mas a fé, que a missa transmite e expressa. Por isso recordo que me surpreendeu tanto o livro de Paul Aulagnier “A causa de nosso combate: a Missa Católica”.
Recordo que com minha conversão as menções à Ecclesia Dei aumentaram. Agora o vejo em perspectiva: eram os anos que a Fraternidade Sacerdotal Pio X poderia ter consumado o acordo com Roma. Ratzinger, de novo, um tradicionalista, parecia haver sido a “mente” por trás da Ecclesia Dei.
No 18 de julho se completaram 25 anos da promulgação daquele fatídico documento. Quais foram os frutos? Se pensamos que foram frutos espirituais, deveríamos encontrar uma “Fraternidade Sacerdotal São Pedro” forte e pujante, com seus seminários transbordantes, com centenas de sacerdotes atendendo capelas e satisfazendo os fiéis que reclamam a Missa Latina. Não obstante, as coisas são diferentes: a bancarrota.
- A Fraternidade Sacerdotal São Pedro não pôde se manter, suas vocações próprias são escassas, a maioria dos jovens ordenados provêm de outras congregações aos quais se envia a estudar ali.
- A Fraternidade Sacerdotal São Pedro diminuiu seus centros de Missa, pressionados e perseguidos pelos bispos modernistas da Igreja Conciliar do Vaticano II que odeiam e desprezam a Missa Latina Indultada.
- A Fraternidade Sacerdotal São Pedro terminou reconhecendo que eles constituem unicamente um movimento ritualista e que não têm nada a ver com a preservação da Tradição Católica.
- A Fraternidade Sacerdotal São Pedro é uma “Igreja Alta”, similar à que existe no anglicanismo porque:
1. Seus sacerdotes recebem uma educação modernista, não católica.
2. Têm um conceito kantiano, subjetivo e agnóstico da fé.
3. O único objetivo de sua formação é ter um par de “sacerdotes” que saibam rezar a missa latina, que são enviados ali onde operam capelas da FSSPX, com o fim de dividir os “católicos perplexos”.
4. Celebram a missa indultada de Roncalli/João XXIII, a qual por sua vez alteraram seguindo as normas sucessivas da Igreja Conciliar, introduzindo variações como leitores laicos, comunhão na mão etc.
5.Seus “sacerdotes” não são verdadeiros sacerdotes, já que são ordenados por “bispos” inválidos da Igreja Conciliar. Por nunca terem sido estes ordenados (pela invalidez do ritual), não podem ordenar sacerdotes.
6. Os sacerdotes da FSSP ensinam e pregam o ecumenismo, a colegialidade e todos os erros da Igreja Conciliar.
Na Igreja Conciliar existem muitos grupos fariseus. Temos a Opus Dei (o principal), os Legionários de Cristo fundados pelo famoso pederasta Marcial Maciel, e também os apóstatas do Instituto Bom Pastor, o Instituto São Felipe Neri, os padres de Campos etc. Mas de todos eles a Fraternidade São Pedro é a evidência maior do intento da Igreja Conciliar do Vaticano II de ter uma pequena capela tradicionalista em sua Catedral Modernista. Com sacerdotes inválidos, que pregam uma doutrina herética, conseguiram confundir por algum tempo a muitos, mas essa confusão dificilmente pode ser mantida.
Os resultados saltam aos olhos: deserções massivas, ordenações mínimas, bispos que os expulsam e fecham suas casas, ou que simplesmente se negam a recebê-los. Faz alguns anos me inteirei que quatro seminaristas da São Pedro terminaram unindo-se ao sedevacantismo. Todos os anos, alguém migra para a Fraternidade São Pio X, escandalizado, ferido, doído.
Foi dito a esses hipócritas que eles, sendo fiéis ao “Papa” serviriam a Igreja, seriam uma elite, defenderiam a fé e ajudariam “o povo de Deus” a encontrar o verdadeiro sentido do Concílio Vaticano II. E que resultou? Um bando de confusos e reprimidos, hereges como poucos, que propagam com fúria o ódio visceral por tudo que é católico e que a cada domingo simulam celebrar uma Missa que não tem nenhum valor.”

http://sursumcordablog.blogspot.com.ar

terça-feira, 23 de junho de 2015

O que devemos pensar sobre a Fraternidade São Pedro?

“Desde a introdução dos novos ritos sacramentais, Roma não havia permitido a nenhuma fraternidade ou congregação religiosa o uso exclusivo dos ritos antigos. Então, em 30 de junho de 1988, o arcebispo Dom Lefebvre consagrou quatro bispos para garantir a sobrevivência do sacerdócio e dos sacramentos tradicionais e especialmente da missa tradicional em latim.
De repente, no prazo de dois dias, o Papa João Paulo II reconheceu (Ecclesia Dei Afflicta, 02 de julho de 1988), a “legítima aspiração” (ao tradicionalismo) daqueles que não apoiassem a posição de Dom Lefebvre e ofereceu dar a eles o que sempre houvera recusado ao arcebispo. Cerca de dez padres da FSSPX aceitaram esta “boa vontade” e se separaram para fundar a Fraternidade São Pedro (FSSP).
A Fraternidade São Pedro está fundamentada sobre princípios mais do que questionáveis, pelas seguintes razões:
1. Ela admite que a Igreja Conciliar tem o poder para:
• desaparecer com a missa de todos os tempos (já que o Novus Ordo Missae não é outra forma dela),
• concedê-la somente àqueles que aceitem as novas orientações da mesma Igreja Conciliar (na vida, crença, estruturas),
• declarar não-católicos aqueles que negam tal poder por palavra ou ação (Uma interpretação de “Todos devem estar cientes de que a adesão formal ao cisma [de Dom Lefebvre] é uma ofensa grave contra Deus e inflige pena de excomunhão.Ecclesia Dei Afflicta), e,
• professar-se de certa maneira em comunhão com quem quer que se chame “cristão”, e ainda assim declarar-se fora da comunhão com os católicos cujo único crime é o de quererem permanecer católicos (Vaticano II, e.g., Lumen Gentium, § 15; Unitatis Redintegratio § 3º).
2. Na prática, os padres da Fraternidade, tendo recorrido a um bispo do Novus Ordo disposto a permitir os ritos tradicionais e disposto a ordenar seus candidatos, são forçados a abandonar a luta contra a nova religião que está sendo instalada:
• eles rejeitam o Novus Ordo Missae somente pelo fato de não ser sua “espiritualidade” e reivindicam a missa tradicional em latim somente em virtude de seu “carisma”, reconhecido pelo papa,
• eles procuram estar em boa relação com os bispos locais, elogiando-os ao menor sinal de espírito católico e silenciando sobre seus desvios modernistas (a menos talvez no caso de uma diocese onde eles não tenham esperanças de conseguirem algo), ainda que, por fazê-lo, acabem incentivando esses bispos em seu caminho errado, e
• observe, por exemplo, a aceitação de todo o coração pela Fraternidade do (Novo) Catecismo da Igreja Católica, a aceitação de professores do Novus Ordo em seus seminários, e aceitação dissimulada da ortodoxia do Vaticano II.
Eles são, portanto, católicos conciliares e não, católicos tradicionais.
Sendo assim, assistir às suas missas significa:
• aceitar o compromisso sobre o qual eles se baseiam,
• aceitar a direção tomada pela Igreja conciliar e a conseqüente destruição da Fé e das práticas católicas, e
• aceitar, em particular, a solidez legal e doutrinária do Novus Ordo Missae e do Vaticano II.
É por isso que um católico não deve assistir às suas missas.”
(F.S.S.P.X, What Are We to Think of the Fraternity of St. Peter?)