"Dado que regime e governo significam a mesma coisa, sendo o governo o elemento supremo em toda a cidade, necessariamente será supremo um indivíduo, ou sê-lo-ão poucos, ou muitos. Quando o único, ou os poucos, ou os muitos, governam em vista do interesse comum, esses regimes serão necessariamente retos. Os regimes em que se governa em vista do único, dos poucos, ou dos muitos são transviados. Ou bem que o nome de cidadão não pode ser atribuído a quem participa no regime, ou, se o nome é atribuído, todos devem participar nas vantagens.
De entre as formas de governo por um só, chamamos realeza à que visa o interesse comum. Chamamos aristocracia à forma de governo por poucos (mas sempre mais do que um), seja porque governam os melhores ou porque se propõe o melhor para a cidade e os seus membros. Finalmente, quando os muitos governam em vista ao interesse comum, o regime recebe o nome comum a todos os regimes: “regime constitucional”. Existe uma boa razão. É possível para um, ou poucos, distinguir-se pela excelência; mas dificilmente um maior número de cidadãos poderá atingir a perfeição em todos os tipos de virtude. Esta perfeição, contudo, é atingida no valor militar que se evidencia nas massas. Esta é a razão pela qual as forças de defesa são o elemento supremo do regime, e nele participam os possuidores de armas.
Os três desvios correspondentes são: a tirania em relação à realeza; a oligarquia em relação à aristocracia; a democracia em relação ao regime constitucional.
A tirania é o governo de um só com vista ao interesse pessoal; a oligarquia é a busca do interesse dos ricos; a democracia visa o interesse dos pobres. Nenhum destes regimes visa o interesse da comunidade."
(Aristóteles, Política)
http://nacional-cristianismo.blogspot.com/2010/11/aristoteles-democracia-nao-visa-o.html
El martirio según el martirologio
Há 2 dias