sexta-feira, 21 de abril de 2023

O colapso da Igreja


“O Vaticano se encontra em apuros graças a uma combinação de corrupção generalizada e doações em declínio.
Essas são as alegações em Juízo Universal, um novo livro de Gianluigi Nuzzi, o jornalista italiano famoso pela pesquisa de documentos que revelaram impropriedades financeiras no Vaticano.
Em 2006, a Igreja Católica arrecadou US$ 112,7 milhões. Hoje, as doações caíram para cerca da metade, US$ 56,9 milhões. Nesse ritmo, o Vaticano estará inadimplente até 2023, de acordo com Nuzzi.
Novos documentos também expõem uma imprudente e desastrosa gestão usando dinheiro destinado à caridade. 77% do dinheiro do fundo de caridade Óbulo de São Pedro está nas mãos do banco de investimento internacional Credit Suisse, que está usando uma parte do mesmo para apostar em empreendimentos de alto risco e esquemas de enriquecimento rápido.
O Papa Francisco é um defensor notório da União Européia, sobre a qual ele já alertou que deve ser defendida do "medo" e das "ideologias". As declarações políticas do papa foram consideradas sentimentalismo globalista ou ingenuidade, mas nelas também pode haver uma sagaz lógica econômica.
O empreendimento de luxo de US$ 200 milhões do Secretariado do Vaticano com o especulador Raffaele Mincione em um dos bairros gays históricos de Londres se tornou um grande fracasso quando o Brexit foi aprovado e os valores das propriedades despencaram. Mincione embolsou aproximadamente £128 milhões relacionados ao projeto, enquanto o Vaticano torrou outros 100 milhões de libras em dívidas herdadas da propriedade.
Embora alguns dos associados a este golpe tenham sido suspensos, os cruzados contra a corrupção na Igreja Católica ainda são chantageados ou punidos em silêncio. Em agosto passado, o tesoureiro do Vaticano George Pell, um defensor da auditoria do banco do Vaticano, foi condenado por um ataque homossexual a meninos de coro de décadas atrás, com base em grande parte no que foi criticado pela divergência jurídica como evidência inventada.
A maioria na Santa Sé acredita que Pell é inocente, mas Francisco o convenceu a retornar à Austrália para enfrentar o julgamento de qualquer maneira. O papa se recusou a apoiar seu prefeito e principal reformador após o veredito.
Enquanto a Igreja Católica continuar flutuando em águas econômicas desconhecidas, seu discurso refletirá cada vez mais os caprichos do poder do dinheiro do qual está à mercê, e não seus seguidores.
Embora exista um movimento pequeno, mas influente, tentando afirmar o ensino social católico como a base do conservadorismo contra o liberalismo e a modernidade, o alto comando do Vaticano já deixou claro que não quer ter nada a ver com isso.
Antonio Spadaro, principal conselheiro do Papa Francisco, escreveu um editorial mordaz no jornal oficial do Vaticano condenando ferozmente qualquer união entre protestantes e católicos no interesse de se opor ao casamento gay, ao aborto ou afirmar a necessidade de orientação moral na demoplutocracia liberal.
O papa recomendou o artigo de Spadaro quando este zombou dos católicos tradicionalistas como tolos nostálgicos e cheios de ódio em setembro passado.
Os hierarcas da Igreja não estão interessados em atrair os milhões que procuram refúgio de um mundo moderno grotesco e anárquico, nem estão preocupados em manter ninguém na Igreja. Em vez disso, preferem seus novos amigos de elite no Goldman Sachs e na mídia judaica.”
(Eric Striker, The Collapsing Catholic Church)

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