terça-feira, 16 de abril de 2019

Naturalismo e revolução


“O Naturalismo consiste na negação da possibilidade da elevação de nossa natureza à Vida Sobrenatural e ordem ou, ainda mais radicalmente, na negação da própria existência daquela Vida e ordem. Se o Naturalismo nega a existência da Vida Sobrenatural, tem seu fundamento no Panteísmo. A razão da última afirmação é clara. Se não há verdade e vida além do âmbito de nossa natureza, então nossa natureza é idêntica à Natureza Divina. O Racionalismo é a aplicação do Naturalismo à razão humana. Envolve a negação ou da existência da Vida Sobrenatural que vem de Nosso Senhor Jesus Cristo ou pelo menos da possibilidade de se poder conhecer essa Vida, mesmo por revelação. Destarte a mente humana é a única fonte de verdade e ordem, com exclusão de Deus e Nosso Senhor Jesus Cristo.
A palavra Revolução pode ser considerada em dois sentidos. A significação primária é a de uma radical transformação da sociedade empreendida com o propósito de destruir a ordem antiga que se baseava no reconhecimento dos Direitos de Deus através do Corpo Místico de Cristo e da realidade da Vida Sobrenatural da Graça como nossa vida mais nobre e elevada. O segundo significado deriva do anterior. Diz que a palavra é aplicada às doutrinas ou princípios em nome dos quais a transformação social é realizada e às novas instituições estabelecidas em lugar das derrubadas. O objetivo da revolução, portanto, baseia-se na negação dos Direitos de Deus e de nossa Vida Sobrenatural e é a entronização da razão humana como soberana. Em outras palavras, é a inauguração do reino do Naturalismo ou Racionalismo.”
(Rev. Denis Fahey, The Mystical Body of Christ and The Reorganization of Society)