quinta-feira, 30 de agosto de 2018

De volta ao básico


“Leio sobre pessoas que se opõem à mais recente heresia de Francisco relativa à Pena de Morte enquanto ainda são factualmente contra ela de uma certa e menor maneira.
Vamos deixar algo claro: o problema com a palavra ‘inadmissível’ não tem nada a ver com a questão de se esta falta de legitimidade é proclamada para todas as situações ou não. Tem, isto sim, a ver com a rejeição de sua legitimidade fundamental.
O Papa Francisco nega que a Pena de Morte seja legítima em princípio; no que, penso eu, resta uma heresia tão grande quanto a Muralha Leonina, e que seria reconhecida imediatamente e sem hesitação por qualquer um em tempos cristãos pretéritos. Mas realmente não ajuda em nada se alguém diz que se opõe a Francisco por declarar que a Pena de Morte é um mal, enquanto ainda pensa que ela não deveria ter lugar em sociedades modernas. Simplesmente não há maneira de reconciliar isto com a doutrina católica.
Afirmar que a psicologia moderna ou métodos de reeducação tornam a Pena de Morte supérflua é o mesmo que dizer que remédios modernos e mundanos atingem partes da natureza humana que o Cristianismo jamais pôde atingir e que ensinou não existirem. Também envia uma clara mensagem de que não apenas a Pena de Morte, mas qualquer outro ensinamento da Igreja pode ser sabotado porque a moderna psicologia nos permitiu um entendimento mais profundo da natureza humana, que pode ser facilmente aplicado, digamos, ao suicídio, à gula, ou ao adultério.
Honestamente, não dou a mínima para supostas defesas da ortodoxia que estão profundamente incorporadas no pensamento do Vaticano II, o qual, para começo de conversa, solapa esta ortodoxia. O desgraçado pontificado de Francisco deve servir como encorajamento para recuperar as verdadeiras raízes do pensamento católico, e não simplesmente dar alguns passos para trás no que é e continua sendo a direção errada.
A solução para flagrante heresia é a verdade de sempre, não a velada heresia de décadas passadas. Já chega do veneno do Vaticano II. Precisamos voltar ao básico e aceitá-lo sem meios-termos.”

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