“Será que Washington tornou possível e facilitou mesmo o ataque a Pearl Harbor, com o propósito de impulsionar os Estados Unidos a entrarem na Segunda Guerra Mundial? Alguns historiadores estão convencidos de que o Presidente Franklin Roosevelt desejava, precisamente, que acontecesse um evento assim, que derrotasse a resolução popular de a América se manter à margem das guerras da Europa e da Ásia.
Nem todos os historiadores aceitam a explicação de ter havido uma conspiração a alto nível, incitando a um ataque dos Japoneses, para levar a América a entrar em guerra na Europa; mas o certo é que muito se demonstrara forçadamente a favor da existência de tal conspiração, a começar pelo livro de George Morgenstern editado em 1947, Pearl Harbor: The Story of the Secret War (Pearl Harbor: A História de uma Guerra Secreta).
O caso é que, embora tenha prometido ao Povo Americano, solene e repetidamente, que não enviaria os seus filhos para uma guerra no exterior, a não ser que os E.U.A. fossem atacados primeiro, o Presidente Roosevelt tratou logo de orquestrar aquele ataque, que lhe era necessário para entrar na Guerra. É frequentemente citada a este respeito a afirmação de Roosevelt ao seu Secretário de Guerra, Henry L. Stimson, de que a grande dificuldade estava em saber “que manobras deveremos fazer para obrigarmos os Japoneses a disparar primeiro, sem nos expormos, ao mesmo tempo, a um perigo grande demais.”
Como estes historiadores observam, as “manobras” que o Presidente parece ter escolhido para provocar o Japão (e para facilitar um ataque a Pearl Harbor suficientemente bem-sucedido para indignar o público americano) começaram em 1940, com sanções econômicas paralisantes promulgadas contra o Japão (ações verdadeiramente mortíferas, autênticos atos de guerra). É bem conhecido também que Washington não transmitiu ao Comando da Marinha no Hawaii excertos expressivos de informações secretas, recolhidas a partir da decifração de escutas de rádio dos Japoneses que indicavam que estaria iminente um ataque a Pearl Harbor.
John Weir, do Instituto para a Investigação Histórica, descreve a crescente pressão econômica aplicada por Roosevelt ao Japão, que incluía o congelamento dos bens dos Japoneses nos E.U.A. e o embargo do petróleo, de que eles precisavam desesperadamente:
“Em Setembro de 1940, Roosevelt impôs-lhe um embargo de toda a exportação de sucata de ferro e aço. A 26 de Julho de 1941, ordenou ainda a congelação de todos os bens dos Japoneses nos Estados Unidos, o que acabou com o comércio entre os dois países. Esta medida foi um duro golpe contra o Japão, que dependia muito dos E.U.A. quanto à sucata de ferro e aço, e quanto ao petróleo e seus derivados. A ordem de Roosevelt, correspondente a uma declaração de guerra econômica, ameaçou a sobrevivência do Japão como uma nação desenvolvida e industrializada.”
Dizer que semelhante guerra econômica “ameaçou a sobrevivência do Japão como uma nação industrializada” é um modo eufemístico de descrever as dificuldades que passou o Japão sob estas sanções. Para sermos mais precisos, devemos dar-nos conta de que as sanções econômicas podem matar pessoas, em especial os pobres e os fisicamente mais debilitados. (As crianças são as mais vulneráveis à escassez, e estão geralmente entre os primeiros a perecer. Invariavelmente, os ricos sobrevivem melhor do que os pobres, por poderem pagar mais pela comida e por medicamentos que ainda haja no “mercado negro”.)
Seria útil imaginarmos só por um momento aquela situação, e tentarmos compreender exatamente como seria a transição de um país industrializado do “primeiro mundo” que se visse obrigado a regressar a uma economia “terceiro-mundista”. Haveria, quase de certeza, uma morte amplamente generalizada, por causa da fome e da falta de cuidados médicos, e talvez também pela violência das multidões, desesperadas à procura de comida e de outros bens indispensáveis. Na verdade, as sanções podem ser tão mortíferas como as balas, e muitos as consideram atos de guerra.
O historiador Robert Thompson acrescenta:
“Aqui houve mais do que mera dissuasão; houve uma dissuasão que foi igual a uma provocação. Terá essa provocação sido deliberada? Por três vezes – duas delas ao Lord Halifax e uma vez ao Primeiro-Ministro Winston Churchill – Franklin Roosevelt dera a entender que estava a tentar forçar um casus belli – ‘um incidente’ que colocasse a América mais profundamente dentro do combate.”
A exigência, por parte do público americano, de uma explicação sobre como poderia ter ocorrido o humilhante desastre de Pearl Harbor, levou a uma condenação imediata do Almirante Husband E. Kimmel, Comandante-em-Chefe da Frota Pacífica Americana. Uma comissão de investigação nomeada pelo Presidente Roosevelt determinou que Kimmel era culpado de negligência no cumprimento do dever (e todas as importantes personalidades políticas e militares de Washington, por sua vez, foram exoneradas por esta mesma “Comissão Roberts” – presidida por Owen Roberts, Juiz do Supremo Tribunal.)
Kimmel foi destituído do cargo (e mesmo degradado) dez dias depois do ataque. Após os procedimentos iniciais, todas as solicitações de Kimmel para estar presente a um Tribunal Militar (perante o qual ele teria tido oportunidade de limpar seu nome) lhe foram sistematicamente recusadas.
Contudo, investigações subsequentes estabeleceram de modo conclusivo que a negligência no cumprimento do dever revelada por Washington naquela altura excedera de longe a culpa de Kimmel com respeito ao despreparo da Frota Pacífica perante o ataque Japonês.
Foi convocado a 24 de Julho de 1944 um Tribunal Naval de Inquérito que (em resposta a um ato do Congresso de 13 de Julho) retirou totalmente ao Almirante Kimmel o ônus da culpa, culpando em seu lugar o Almirante Harold Stark (à altura chefe das operações marítimas de Pearl Harbor), por não ter avisado Kimmel da informação secreta já conhecida antes do ataque.
Mais tarde, exigiu-se a um Comitê Conjunto do Congresso, convocado a 15 de Novembro de 1945, uma investigação exaustiva sobre o desastre de Pearl Harbor, para a qual a Administração Truman facultou todos os documentos secretos relevantes, inclusive todas as mensagens de rádio japonesas interceptadas. O Comitê interrogou todos os participantes no incidente que ainda estavam vivos, à exceção do Secretário de Guerra Stimson por estar gravemente doente. As conclusões desta investigação atribuíram ao Almirante Kimmel apenas a culpa por erros de discernimento, mas incluíram também uma censura ao Presidente Roosevelt e uma acusação contra a liderança de Washington (nomeadamente contra os Secretários Stimson e Knox, os Generais Marshall e Gerow, e o Almirante Stark) por não terem fornecido a informação secreta em questão aos oficiais em Pearl Harbor.
Elemento poderoso para a alteração da opinião pública sobre este triste episódio da História, mais ainda do que estas exonerações oficiais, foi o testemunho do General Albert Coady Wedemeyer, Comandante veterano do teatro de guerra asiático, durante a Segunda Guerra Mundial, altamente condecorado e universalmente respeitado. O General Wedemeyer começa e termina o extenso volume das suas memórias, editadas em 1958, com uma declaração enfática afirmando que tanto o ataque a Pearl Harbor como a participação dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial poderiam e deveriam ter sido evitados.
“Essas mensagens [interceptadas e decifradas] indicavam, enfim, a hora, o lugar, e o caráter do ataque a Pearl Harbor com vários dias de antecedência em relação ao dia 7 de Dezembro (...) A 4 de Dezembro de 1941, recebemos informações definitivas de duas fontes independentes, em como o Japão atacaria os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, embora mantendo a paz com a Rússia. E revelam as mensagens interceptadas a 6 de Dezembro que os Japoneses atacariam algum local no dia seguinte. O Presidente Roosevelt teve, portanto, bastante tempo para emitir uma advertência que talvez tivesse feito com que os Japoneses suspendessem o ataque... Quer suspendessem quer não, de qualquer maneira não teríamos permitido que 3.500 Americanos morressem no Hawaii sem uma oportunidade de se defenderem...
“O colosso soviético não dominaria agora metade do mundo, se os Estados Unidos se tivessem mantido à margem da guerra – pelo menos até que a Rússia Soviética e a Alemanha Nazi se tivessem esgotado uma à outra. Mas Franklin D. Roosevelt, o proclamado campeão da democracia daquela altura, era tão bem-sucedido como qualquer ditador o poderia ter sido, ao manter tanto o Congresso como o público na ignorância dos seus compromissos secretos com a Grã-Bretanha. Eram compromissos que desprezavam a vontade dos eleitores – aqueles que o tinham reeleito mal ele lhes prometera que nos manteria fora da Guerra. O fato de o ataque do Japão ter sido deliberadamente provocado foi completamente obscurecido pelo desastre em Pearl Harbor, em si mesmo. O Presidente Roosevelt manobrou-nos habilmente para nos obrigar a entrar na Guerra, pelas suas ações contra a Alemanha que, de um modo evidente, não eram imparciais, e pelo ultimato final feito ao Japão.”
Outros militares também testemunharam publicamente para esclarecer o registro histórico em prol de Kimmel. Entre eles, um dos mais notáveis é o Contra-Almirante Edwin T. Layton (que servia como oficial dos Serviços Secretos de Kimmel no momento do ataque), e ainda o Capitão Edward L. Beach (que ganhou fama internacional em 1960, como Comandante do primeiro submarino a fazer a circunavegação do mundo sem emergir, voltando a traçar o percurso seguido por Fernão de Magalhães em 1519).
Cada um destes autores mantém que Kimmel foi o bode expiatório de um desastre causado por um grupinho dos seus superiores em Washington que impediram Kimmel e o seu pessoal de receberem relatórios importantíssimos dos Serviços Secretos (tais como as mensagens decifradas que tinham sido enviadas de Honolulu para Tóquio por um espião Japonês, Takeo Yoshikawa, que observava e relatava diariamente a posição exata dos navios de guerra em Pearl Harbor, usando um sistema de rede claramente desenhado para possibilitar a fixação de alvos para os torpedos e bombas.)
Numa entrevista em 1958, Kimmel aludiu ao Presidente Roosevelt como sendo a pessoa responsável pela maior catástrofe militar da nação:
“Acredito piamente que não nos deram – nem ao General Short nem a mim – as informações que Washington possuía, e que nós não fomos informados do ataque iminente, porque se temia que quaisquer ações no Hawaii pudessem dissuadir os Japoneses de atacar. Ora, o nosso Presidente tinha prometido repetidamente ao povo Americano que os Estados Unidos não entrariam na Guerra, a não ser que fôssemos atacados. O ataque Japonês contra a frota situaria os Estados Unidos no teatro da Guerra, com o total apoio do público Americano.”
É um panorama tenebroso que emerge. Tal como escreve Dean Manion, do Instituto para a Investigação Histórica:
“O Povo Americano não sabia que o Presidente e os seus principais assessores militares em Washington foram interceptando, durante muitos meses, mensagens secretas Japonesas, e que... essa informação pavorosa e significativa tinha sido deliberadamente negada aos homens que mais merecedores eram de a conhecer: os altos comandos das Forças Armadas Americanas do Exército e da Marinha no Hawaii...
“Alguns dias depois de terem lançado as bombas [sobre Pearl Harbor], o Presidente Roosevelt fez uma alocução radiofônica ao Povo Americano, na qual condenou a perfídia que nos impulsionara para a Guerra, denominando aquele Domingo, 7 de Dezembro de 1941, ‘um dia que viverá na infâmia’. O Sr. Roosevelt nunca foi mais verdadeiramente profético do que quando disse aquelas palavras. A infâmia do Domingo, 7 de Dezembro de 1941, faz-se cada vez mais notória a cada ano que passa. Esse dia calamitoso estabelece-se firmemente na História cada vez com mais certeza, por ser o momento infame em que mais de 3.000 soldados e marinheiros Americanos receberam uma sentença de morte violenta e repentina, por causa do abandono calculado e deliberado do seu próprio Comandante-em-Chefe.”
Como mencionamos supra, alguns historiadores têm receio de ratificar esta explicação, sumamente evidente, de o Presidente FDR ter manobrado a América, levando-a a entrar na Guerra. Não podemos deixar de nos interrogar a nós próprios se tal relutância não nasceria, em muitos casos, do receio de pôr em perigo os postos profissionais que eles ocupavam, assentes em subsídios governamentais, e que serviam, afinal, para eles difundirem o “pensamento controlado”. Qualquer que fosse o caso, parece-nos manifesto que as fontes de informação oficiais, no que diz respeito à controvérsia de Pearl Harbor, permanecem ainda hoje vedadas ao público, quase 75 anos depois dos eventos em questão, enquanto documentos e gravações relacionados com assuntos como o Incidente do Golfo de Tonkin e a Operação Northwoods (que aconteceram décadas depois do ataque a Pearl Harbor) foram já retirados completamente aos Serviços Secretos e dados a público.
Quem sabe se algum dia, provavelmente, aqueles historiadores que insistem em menosprezar a asseveração de que o ataque Japonês a Pearl Harbor foi provocado e utilizado com fins propagandísticos pelo Presidente Roosevelt (e os seus cúmplices e apoiantes dentro do Governo) chegarão a admitir estes fatos, e se os arquivos ainda encerrados do Governo Americano chegarão a ser, por fim, revelados? A ocultação que continua, até à data, dos documentos oficiais no que diz respeito a Pearl Harbor, é um testemunho claro das provas, já muito evidentes, de que o ataque Japonês foi provocado intencionalmente por FDR para levar os E.U.A. a entrarem na Segunda Guerra Mundial.
A este respeito, pergunta o Padre Gruner:
“- Quanto tempo passará até que a Humanidade se dê conta desta tática de sermos arrastados para guerras que não queremos? A resposta é que só Nossa Senhora de Fátima pode acabar com esta loucura. Chegou a hora em que devemos pelo menos tentar pôr em prática a Sua solução, em vez de seguirmos líderes cegos que nos levam a cair com eles no abismo.””
(James Hanisch, Evil Forces Are Driving The World Toward War)
El martirio según el martirologio
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