quinta-feira, 27 de abril de 2017

Origens judaicas da maçonaria


“Estudando a história da maçonaria, não se pode considerar os Templários e os Rosacruzes como seus únicos fundadores. Existe um livro interessantíssimo, publicado em 1787, que se intitula “Precioso resumo da Maçonaria Adoniramita que contém os catecismos dos quatro primeiros graus”, no qual se diz que “os primeiros maçons foram os sacerdotes egípcios, sobretudo os de Mênfis e Heliópolis. Conheciam as ciências físicas, a astronomia e a verdadeira religião, que é a religião natural. Junto deles vieram instruir-se Orfeu, Tales, Sólon, Pitágoras, Licurgo e Moisés. Os ensinamentos dos Magos se conservaram no povo judeu até o templo de Salomão. Depois da destruição do templo de Jerusalém, o paganismo se apoderou dos segredos e das cerimônias maçônicas, mas alterou seu espírito. Felizmente a verdadeira maçonaria reapareceu com o cristianismo e, desprendendo-se aos poucos das formas da nova religião, tornou-se um cristianismo purificado. O objetivo que perseguem os maçons é a reconstrução do Templo de Jerusalém, reconstrução que simboliza sua obra moral.”
Por outra parte, diz o historiador maçônico H. Bazot que “tendo sido destruída Jerusalém, vítima das revoluções, e tendo-se dispersado o povo judeu, esta mesma maçonaria se estendeu com ele por toda a terra.”
Os ritos e símbolos da maçonaria e das outras sociedades secretas recordam constantemente a Cabala e o judaísmo: a reconstrução do Templo de Salomão, a estrela do rei Davi, o selo de Salomão, os nomes dos diferentes graus, como, por exemplo, cavaleiro Kadosh, príncipe de Jerusalém, príncipe do Líbano, cavaleiro da serpente de Airain, etc. E a oração dos maçons ingleses, adaptada em uma reunião celebrada em 1663, não faz lembrar de uma maneira evidente o judaísmo?
Finalmente, a maçonaria escocesa se servia da era judia; por exemplo, um livro do maçom americano Pike, escrito em 1881, está datado no “anno mundi 5641”. Atualmente não se conserva esta cronologia senão nos altos graus, ao passo que os maçons acrescentam geralmente quatro mil anos à era cristã e não 3760 como os judeus.”
(Maurice Fara, La Masoneria en Descubierto)