quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Um templo desnecessário

“De que adianta construir um Templo para um Deus que não o quer mais.
De que adianta trazer pedras de israel, quando a pedra angular é, mais uma vez, rejeitada pelos construtores.
De que adiantam estas mesmas pedras se outra pedra de Israel, Pedro, é recusada como fundamento da Igreja.
De que adianta importar oliveiras, se ali o sofrimento do Horto é temido e exorcizado mais que os demônios.
De que adianta um Templo cujo nome não é do rei sábio, Salomão, mas do rei tirano, Herodes.
De que adiantam tantas menorás, tantas luzes, se falta a única necessária, a do Sacrário, que indica, sozinha, a presença do Deus vivo.
De que adianta um Templo sem a verdadeira Arca da Aliança, Maria.
De que adianta um Templo com Sala do Tesouro, mas sem o verdadeiro Santo dos Santos, a Capela do Santíssimo.
De que adianta tudo isso, se se esquece da cruz e do véu que ela rasgou de cima a baixo.
Assim, resta-nos mais uma vez cantar as nossas lamentações, pela infidelidade do povo. Desta vez, não mais junto aos rios da Babilônia ou diante das ruínas do Templo há pouco destruído. Mas diante de um templo que jamais deveria ter sido erguido.”
(Rudy Albino de Assunção, Sobre Um Templo Desnecessário...)

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