quarta-feira, 25 de março de 2015

Breve Resposta de Dom Tomás de Aquino ao Comunicado de Menzingen

“Menzingen acusa a ordenação de Dom Jean-Michel Faure de ter não nada em comum com as sagrações de 1988. Para tanto, a casa geral da Fraternidade Sacerdotal São Pio X faz certo número de considerações. Examinemos quatro delas:
1) Dom Williamson e Dom Jean-Michel Faure foram expulsos da Fraternidade porque estavam se opondo a qualquer relação com Roma.
Isto é falso. Eles estão contra a maneira pela qual o fazem Dom Fellay e seus assistentes – incluso aqui o capítulo geral de 2012 –, que buscam um acordo prático sem a conversão de Roma.
2) Dom Williamson e Dom Jean-Michel Faure não reconhecem as autoridades de Roma.
Isto é igualmente falso. Nem um nem outro são sedevacantistas.
3) Menzingen insinua que a publicidade do evento foi insuficiente, e a compara com a grande publicidade de 1988.
Comparada com a de 1988, a de 2015 foi realmente pequena, mas considerada em si mesma, não é uma questão menor. Se contarmos todos os que participaram na cerimônia, vemos representantes dos seguintes países: Inglaterra, França, Estados Unidos, México, Chile, Argentina, Uruguai, Paraguai, Colômbia e Brasil. Uma centena de fieis assistiram à cerimônia. Os meios de comunicação tanto telefonaram, como vieram ao local.
4) A quarta questão se refere ao estado de necessidade.
Dizemos que nos parece estarmos a ver ali a ponta de um iceberg bastante conhecido: o estado de necessidade de 1988 já não seria o de 2015. Roma já não é tão agressiva contra a Tradição como o era em 1988. Eis uma velha canção: Roma muda! Sim! Roma muda... para pior! E isto também na época de Bento XVI.
Conclusão: Menzingen desaprova a sagração de Dom Jean-Michel Faure; mais que isso, a ataca. É normal. Enquanto Menzingen não compreender que está no mau caminho, atacará sempre a resistência para defender sua política de aproximação com Roma.
No fundo, o que está em jogo é aquilo que disse Dom Lefebvre durante seu sermão histórico de Lille em agosto de 1976: Quero que, na hora de minha morte, quando Nosso Senhor me perguntar: “Que fizeste com tua graça episcopal e sacerdotal?”, eu não tenha de escutar de Sua boca: “Tu contribuíste para destruir a Igreja, tal como os outros”.
Nós tampouco. Eis porque continuamos o combate, e para isto precisamos de bispos. Essa é a explicação para a sagração de 19 de março. Não se deve buscá-la em nenhum outro lugar.”

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