sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Missa verdadeira somente com doutrina verdadeira

“Querem os católicos verdadeiros a Missa verdadeira. Não lhes basta o sacramento essencialmente válido. É-lhes imprescindível que, qual alimento bem preparado, não apenas se misturem os ingredientes, mas que se perceba o agradável aroma de catolicidade pelo rito católico e nunca pela protestantização modernista que, se bem analisada, não é rito, mas desritualização.
Neste tempo de prolongada e grave crise o fiel corre, porém, o risco de matar sua própria alma ao buscar a Missa verdadeira. É preciso cuidado extremo, o mesmo cuidado que teríamos para rejeitar o alimento envenenado ou estragado. No caso da Santa Missa Tridentina, ela é, via de regra, ontologicamente boa, sacramentalmente válida e ritualmente católica. Mas o Diabo quis atrair às suas mentiras os católicos por meio da própria Missa Tridentina. Ele, o inimigo de Deus, tem conseguido para si sacerdotes até bem intencionados que se dispõem a celebrar ora no verdadeiro, ora no falso rito romano; outros mantêm-se no rito verdadeiro, mas legitimando o direito modernista; finalmente, vêm os piores, que silenciam em si e noutros a condenação ao modernismo e anseiam por colocar-se a serviço de autoridades modernistas, hipocritamente dizendo que não pensam nem fazem nada nessa direção. Esses últimos são os que proíbem os que resistem à Santa Missa verdadeira sem doutrina verdadeira de oferecer o Santo Sacrifício, mesmo privadamente, em suas casas, igrejas, oratórios. Então, se os sacerdotes da Resistência são tratados por uns tais como suspensos de ordens ou mesmo excomungados, como se pretende que um sacerdote da Resistência aceite sem grave preocupação de pastor que os fiéis leigos que o procuram assiduamente assistam e comunguem, ainda que em circunstâncias extraordinárias, mas fora de perigo de morte, nas Santas Missas desses modernistas disfarçados? Afinal, não se dá ou permite a um filho o alimento envenenado, por maior que seja a fome. Pois, se o Santíssimo Corpo do Senhor é bom alimento, não deixará o fiel de receber por isso o eventual mau alimento da ausência de plena comunhão com a verdade expresso nas palavras ou no silêncio omisso do celebrante.
Que os fiéis leigos pensem no alimento que levam para suas capelas particulares e se, depois de nelas acolherem para o oferecimento do Santo Sacrifício algum sacerdote que não acolhe nem visita o sacerdote resistente, podem ainda dizer que estão na mesma comunhão com a verdade em que está este último. As contas, como sabemos, serão prestadas a Deus, no momento que Ele sabe e que pode ser agora.”

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