terça-feira, 24 de junho de 2014

As baixas paixões que o futebol alimenta

“Ao espectador não lhe importa nada o futebol, embora sustente freneticamente o contrário. Nem lhe interessa que exista uma humanidade vigorosa, nem que tal ou qual indivíduo tenha desenvolvidos ao máximo seus bíceps ou seus músculos gêmeos. Tampouco lhe importa que a equipe mais ligeira, mais enérgica ou mais preparada triunfe. O que lhe interessa, o que persegue com intransigência permanente, com avidez doentia, é o êxito de um certo grupo, ao qual atribui suas simpatias por razões de vizinhança, de amizade ou de uma difusa preferência enraizada às vezes nas causas mais incongruentes. O homem enamorado quer porque quer. O fanático de uma equipe procede pela mesma razão.”
(Wenceslao Fernández Flórez, El Sistema Pelegrín)