segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Anne-Catherine Emmerich e a visão da nova igreja

“Durante o pontificado de Pio VII, Anne-Catherine Emmerich teve uma visão da nova igreja feita pelo homem sendo construída sob inspiração satânica. Ela disse, “Eu não vi nenhum anjo ajudando na construção, mas muitos dos espíritos planetários mais revolucionários arrastando todo tipo de coisas para a nave, onde pessoas com pequenos mantos eclesiásticos as recebiam e depositavam em seus vários lugares. Nada se trazia de cima; tudo vinha da terra e das regiões escuras, tudo era construído pelos espíritos planetários”, os quais ela diz em outro lugar serem anjos caídos, mas não demônios do inferno.
“Eu vi um número enorme de instrumentos sendo trazidos para dentro da igreja, e muitas pessoas, inclusive crianças, tinham ferramentas diferentes, como se tentassem fazer alguma coisa; mas tudo era obscuro, absurdo, morto! Divisão e destruição reinavam em todo lugar... No porão algumas pessoas amassavam pão, mas não conseguiam fazê-lo; ele não crescia. Os homens que vestiam pequenos mantos traziam madeira até os degraus do púlpito para fazer fogo... mas o fogo não queimava; tudo que eles produziam era fumaça... Tudo nessa igreja pertencia à terra e retornava à terra; tudo estava morto, o trabalho do engenho humano, uma igreja da última moda, uma igreja de invenção humana, como a nova igreja heterodoxa em Roma.”
Continua Ir. Emmerich, “Eu vejo essa igreja negra e falsa ganhando terreno, vejo sua influência fatal sobre o público... Vejo muitos pastores acalentando idéias perigosas contra a Igreja.” E mais adiante: “Eles ergueram uma igreja enorme, estranha e extravagante destinada a abarcar todos os credos com direitos iguais: os evangélicos, os católicos e todas as denominações, uma verdadeira comunhão dos ímpios com um só pastor e um só rebanho. Havia também um papa, um papa assalariado e sem posses. Tudo estava pronto, muitas coisas acabadas; mas ao invés de um altar havia apenas abominação e desolação. Tal era a nova igreja que virá.”
O que Anne-Catherine Emmerich anteviu não era inédito, pois já havia sido previsto séculos atrás por São João em seu Apocalipse, onde ele descreve a igreja universal e mundana do Anticristo sob a figura da “prostituta da Babilônia”, a grande meretriz com a qual “os reis da terra pecaram e os mercadores da terra se enriqueceram com o excesso de seu luxo” (18:3). Fazendo-se passar pela verdadeira Igreja desde o início, ela obtém a totalidade de seu poder depois que soa a Sexta Trombeta, quando São João a vê “assentada à beira de muitas águas” (17:1), as quais um anjo explica que representam “povos e multidões, nações e línguas” (17:15). Descansando sobre “sete montanhas” como Roma sobre suas sete colinas, ela é descrita como “revestida de linho, púrpura e escarlate” (18:16), que são as vestes da santidade, da realeza e do sacerdócio, enquanto controla e administra todas as riquezas e bens da terra.”
(Solange Strong Hertz, The Sixth Trumpet)