“Quais são os graus mais elevados da Maçonaria?
Embora haja muitos graus numericamente mais elevados, o terceiro grau (de Mestre Maçom) é considerado o grau mais alto da Maçonaria, porque o grau de Mestre Maçom, em um drama alegórico extenso do qual o candidato participa, ensina a crença sublime da Maçonaria na ressurreição dos corpos. Esse drama também é chamado de lenda hirâmica ou lenda do terceiro grau.
No terceiro grau, o candidato participa de um drama onde ele faz o papel de um personagem bíblico chamado de “Hiram Abif”, um pedreiro que trabalhou no Templo do Rei Salomão. No drama da loja, Hiram é abordado no Templo por maçons renegados que tentam extorquir dele a palavra secreta Maçônica. Quando Hiram se nega a divulgá-la, os maçons o matam (o candidato é simbolicamente morto com um golpe de marreta almofadada na cabeça, arrastado pelos pés e colocado dentro de um saco pelos seus irmãos maçons), que então enterram o corpo de Hiram Abif (diz-se ao candidato que ele deve permanecer deitado enquanto materiais são espalhados em cima de seu corpo).
No decorrer do drama, o corpo de Hiram é depois descoberto por outros maçons que trabalham no Templo do Rei Salomão. O Rei Salomão e os outros maçons fazem uma procissão ao túmulo e então oram pela salvação de Hiram. Após a oração, o Rei Salomão ressuscita Hiram (o candidato) por meio do Forte Aperto de Mão do Mestre Maçom. Diz-se então ao candidato que ele foi trazido da horizontal dos mortos para a perpendicular dos vivos na fé Maçônica da ressurreição dos corpos e da imortalidade da alma.
Depois que um maçom alcança o terceiro grau, ele pode avançar em sua jornada Maçônica para o Rito Escocês ou o Rito de York. O Rito Escocês confere os graus do quarto ao trigésimo-segundo (com o honorário trigésimo-terceiro). O Rito de York também confere graus avançados e é conhecido como a Maçonaria do Ofício Original ou Antigo. Essas organizações não estão sob a autoridade das Grandes Lojas, mas têm relacionamentos amistosos com elas. O propósito desses graus mais elevados é ampliar o que o maçom aprendeu em sua loja azul. Esses graus, assim como os da loja azul, exigem um juramento de segredo. Quando um homem se torna um maçom do trigésimo-segundo grau ou do Rito de York, ele se capacita a fazer parte dos Nobres do Santuário (Shriners).
Quem são os Nobres do Santuário?
Os Nobres do Santuário são uma organização de maçons do 32º grau ou do Rito de York mais conhecidos por seus chapéus marroquinos vermelhos, carros pequenos e paradas de circo. Também são conhecidos por seus hospitais e outras atividades filantrópicas. Os maçons chamam o Santuário de “playground da Maçonaria”. A maioria das pessoas não sabe que todos os Nobres do Santuário são Mestres Maçons (mas nem todos os maçons são Nobres do Santuário).
Da mesma forma que nos graus Maçônicos anteriores, os candidatos ao Santuário são iniciados com uma solene cerimônia religiosa na mesquita local (o local de reunião do Santuário). Todos os candidatos, inclusive os cristãos, devem prestar juramento a Alá sobre o Corão, declarando que prefeririam que seus olhos fossem perfurados no centro por uma lâmina de três polegadas, seus pés esfolados, e forçados a caminhar nas areias quentes das praias estéreis do Mar Vermelho, onde o sol flamejante os atingiria com uma praga lívida, a violar seu juramento Maçônico de Nobres do Santuário.
Por que a Maçonaria é incompatível com o Cristianismo?
A Maçonaria é incompatível com o Cristianismo porque promove o indiferentismo. O indiferentismo é a crença herética de que todas as religiões são tentativas igualmente legítimas de explicar as verdades sobre Deus, as quais, à exceção da verdade de Sua existência, são inexplicáveis. Uma tal perspectiva torna todas as verdades relativas e defende que a Deus agradam da mesma forma a verdade e o erro. O indiferentismo é incompatível com a fé Cristã, porque nós cristãos acreditamos que Deus revelou-Se definitivamente na pessoa de Jesus Cristo e deseja que todos os homens tenham conhecimento dessa verdade. Jesus disse, “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vai ao Pai senão por mim” (João 14, 6).
Os ensinamentos e as práticas da Maçonaria também levam ao sincretismo que é uma mistura de diferentes crenças religiosas em um todo unificado. Isso se evidencia muito especialmente nos rituais religiosos da Maçonaria que juntam homens de todas as fés ao redor de um altar comum e colocam todos os escritos religiosos ao lado da Bíblia sobre o altar Maçônico. Isso também se demonstra pelas orações da Loja e seus nomes e símbolos únicos para Deus e o paraíso. O sincretismo é a conseqüência lógica do indiferentismo.
A prática da Loja de exigir de seus membros que prestem juramentos imorais também é incompatível com o Cristianismo. Tais juramentos exigem de um cristão que ele prometa sobre a Bíblia Sagrada seguir um código de conduta moral que dá preferência a maçons sobre não-maçons e preservar senhas e apertos de mão secretos. São juramentos gravemente imorais porque sua matéria subjetiva é trivial e não dá razão à necessidade de um juramento. Tais juramentos são também prestados sob penalidades simbólicas sangrentas de tortura física e morte chamadas de auto-amaldiçoamentos (e.g., ter minha garganta cortada e minha língua arrancada desde a raiz). Essas penalidades mostram uma falta de respeito a Deus e constituem uma blasfêmia, que é um pecado mortal.
Qual a posição católica a respeito da Maçonaria?
A Igreja, por meio de sua Congregação para a Doutrina da Fé, declarou formalmente que os católicos que se inscrevem em associações Maçônicas estão em estado de pecado mortal e não podem receber a Santa Comunhão. Essa declaração, que é o mais recente ensinamento da Igreja, reafirmou quase 300 anos de pronunciamentos papais contra a Maçonaria baseados em que os ensinamentos da Loja são contrários a fé e moral Católicas.
A declaração da Igreja sobre a Maçonaria expõe os católicos maçons a certo número de graves penalidades sob o direito canônico. Por exemplo, se um católico souber que a Igreja magisterialmente considera a participação na Maçonaria como pecado mortal, ele não deve se aproximar da Santa Comunhão (c. 916). A Igreja impõe o dever de não comungar sacrilegamente a todos em estado de pecado mortal. Esse católico maçom que sabe estar em pecado mortal deve receber a absolvição em uma confissão sacramental antes de poder receber comunhão novamente, a menos que haja um motivo sério e nenhuma oportunidade para se confessar (c. 916). Essa confissão, para ser válida, também exige que o católico maçom renuncie à sua associação com a Maçonaria.
Além disso, como a participação na Maçonaria é uma condição externa ou pública, pode-se recusar a Santa Comunhão ao católico maçom que obstinadamente continue sendo membro da Maçonaria (c. 915). A esse católico maçom também se proíbe a Unção dos Enfermos (c. 1007) assim como os ritos funerários eclesiásticos, se tais forem ocasião de escândalo público (c. 1184, §1, °3).
O Cânon 1364 também impõe uma excomunhão automática aos apóstatas, hereges ou cismáticos. Tal cânon também se aplica aos católicos maçons. Se, por exemplo, um católico maçom adota os ensinamentos teológicos da Maçonaria que a Igreja condenou (indiferentismo, sincretismo), ele está em heresia porque acredita em tais ensinamentos. Além disso, se um católico maçom sabe que a Igreja é contra a participação na Maçonaria e mesmo assim recusa-se terminante e persistentemente a se submeter à autoridade do papa de impedir sua associação com a Loja, ele pode também estar em cisma. Os católicos maçons também podem ficar sujeitos ao Cânon 1374 que impõe um interdito ou penalidade justa àqueles que se associem a organizações que tramam contra a Igreja.
Para que se apliquem as penalidades canônicas, o católico maçom deve agir de um modo gravemente imputável (ou seja, o católico teria que saber do ensinamento da Igreja sobre a Maçonaria e, após dele se informar, escolher desprezá-lo). Por experiência própria, sei que um número considerável de católicos maçons age de modo gravemente imputável em relação a sua participação na Maçonaria. Nesses casos, as penalidades canônicas, incluindo a excomunhão, se aplicam. As penalidades da Igreja não existem para afastar a pessoa da qual a pena é cobrada. Ao contrário, as penalidades servem para comunicar a gravidade de sua conduta à pessoa, encorajar seu arrependimento e reconciliação com a Igreja, e trazê-la de volta ao único aprisco de Cristo. Afinal, a missão da Igreja é a salvação das almas.
Como os maçons reagem à anti-Maçonaria?
Os maçons visivelmente evitam usar seus rituais para defender a Loja da oposição Cristã. Isso se deve a que os ensinamentos dos rituais a respeito de Deus, da salvação somente pelas obras, da ressurreição e vida eterna na loja celestial acima são indefensáveis de um ponto de vista Cristão. Essa fuga do maçom ao uso do ritual Maçônico para defender seu ofício torna-se evidente tão logo se veja os vários portais Maçônicos criados por maçons para defender a Maçonaria. Além disso, das centenas de livros escritos acerca da Maçonaria, não há um único livro que forneça uma defesa Cristã da Loja tratando dos erros do indiferentismo, do sincretismo e dos juramentos imorais.
Ao invés, o apologeta Maçônico geralmente usa um argumento ad hominem para defender a Loja. Um argumento ad hominem é um argumento que ataca o caráter do oponente ao invés de responder a suas alegações. Como a maioria das informações acerca da Maçonaria vem de homens que deixaram a Loja, os maçons evitam tratar dos rituais e focam seu ataque na credibilidade e no caráter do ex-maçom.
Enquanto cristãos, nós não julgamos os maçons individualmente nem atacamos seu caráter. Na verdade, a maioria deles é de pessoas boas e virtuosas. Ao invés, nós julgamos os ensinamentos do ritual Maçônico à luz dos ensinamentos de Jesus Cristo e Sua Igreja. Esperamos que um dia os católicos maçons venham falar abertamente conosco a respeito de seus rituais Maçônicos para explicar e defender os ensinamentos da Loja à luz da fé Cristã.”
(John Salza, FAQs on Freemasonry)
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quinta-feira, 14 de julho de 2011
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Perguntas e respostas sobre a maçonaria (I)
“Que é a Maçonaria?
Há muitos mal-entendidos entre as pessoas acerca da organização denominada Maçonaria (também conhecida como “Franco-Maçonaria” ou “a Loja”). Enquanto a maioria do público acha que a Maçonaria é apenas uma fraternidade, ela é considerada por toda igreja Cristã que já a estudou como uma religião que é incompatível com o Cristianismo.
A Maçonaria tem um sistema religioso bastante formal que inclui a crença em Deus como o Grande Arquiteto do Universo, a imortalidade da alma e a ressurreição dos corpos. A Maçonaria também acredita que o homem pode alcançar a salvação por meio de suas boas obras, independentemente do dom da graça divina. Muito embora acredite em Deus, na ressurreição dos corpos e na salvação pelas obras, a Maçonaria não exige de seus membros que creiam em Jesus Cristo ou em Sua Igreja.
A Maçonaria também é controversa porque mantém secretos seus ensinamentos religiosos e morais por trás das portas da Loja. A fim de garantir esse segredo, a Maçonaria exige de seus membros que façam a Deus um juramento de que jamais revelarão os ensinamentos da Loja, caso contrário serão dignos de uma morte horrorosa (por exemplo, merecerão ser degolados, ter o coração arrancado ou o corpo serrado ao meio). Enquanto a Maçonaria condiciona seus próprios membros a crerem que ela é somente uma fraternidade, ela vai lentamente afastando de Jesus Cristo seus membros Cristãos, oferecendo-lhes um plano de salvação diferente por meio da virtude Maçônica e das boas obras. Com a graça de Deus, cada vez mais homens estão abandonando a Loja a cada ano que passa e revelando as incompatibilidades entre a Maçonaria e a fé Cristã.
Como a Maçonaria se define a si mesma?
Muito embora os maçons afirmem que a Maçonaria é apenas uma fraternidade, a Maçonaria se define universalmente como “um sistema regular de moralidade, velado em alegoria e ilustrado por símbolos”. Assim, sua própria definição revela que ela é mais do que uma fraternidade. A Maçonaria assim se define porque ensina um sistema de moralidade através de alegorias e simbolismos que, quando fielmente praticados, levam todos os maçons à “loja celestial acima”, independentemente de suas crenças religiosas individuais. A Maçonaria é muito mais do que um clube social.
De um ponto de vista Cristão, qualquer organização que afirme ser um sistema de moralidade (especialmente um cujos ensinamentos morais são secretos e dizem levar os maçons à vida eterna) deve ser avaliado à luz da Escritura e dos ensinamentos da Igreja. Se os ensinamentos morais de uma organização não estão fundados na Revelação de Deus em Jesus Cristo, eles apresentam incompatibilidades com a fé Cristã. No que se refere à Maçonaria, tais incompatibilidades incluem uma negação do dom divino da graça no processo de justificação e salvação que nos vem unicamente através da morte e Ressurreição de Jesus Cristo.
Qual a origem da Maçonaria?
As origens da Maçonaria são objeto de discussão, mesmo entre maçons. A maioria dos maçons, no entanto, concorda que o nascimento da Maçonaria moderna ocorreu na Inglaterra em 1717, na aurora do período Iluminista. Nesse período houve um movimento intelectual que se espalhou pela Europa chamado Racionalismo, que exaltava a razão humana acima da Revelação de Deus. Isso deu origem a um subjetivismo religioso no qual o homem podia então decidir sobre o que era e o que não era verdadeiro em matéria de fé e moral. As verdades Cristãs da queda, do pecado original e da necessidade de redenção foram abandonadas. A autoridade eclesiástica também foi abandonada. Deus tornou-se um “Grande Arquiteto do Universo” deísta, buscado e adorado em todas as religiões. Tais elementos se preservaram na Maçonaria moderna.
Ironicamente, embora quase toda igreja Protestante tenha condenado a Maçonaria, o movimento Racionalista na verdade foi gerado na Revolta Protestante. Lutero e outros “reformadores” Protestantes substituíram a autoridade magisterial da Igreja Católica pelo julgamento individual, o que levou a milhares de divisões dentro do Cristianismo. Mas enquanto os protestantes removeram a autoridade magisterial da Igreja de sua religião, os maçons removeram o próprio Cristo.
Quais as práticas e os ensinamentos da Maçonaria?
A Maçonaria se governa por determinados preceitos fundamentais e inalteráveis que a organização chama de “marcos” (landmarks). Os marcos foram transmitidos de uma geração Maçônica à seguinte por meio de rituais secretos e tradição oral. Embora não haja consenso a respeito de todos os marcos, a maioria dos maçons concorda que eles incluem a crença em Deus como o Grande Arquiteto do Universo, na imortalidade da alma e na ressurreição dos corpos.
Os marcos também incluem a outorga do ritual de morte e ressurreição do terceiro grau (também chamado de lenda hirâmica), o ensinamento de verdades religiosas e morais por meio de simbolismo, a exigência de segredo, a necessidade de que os candidatos tenham completo uso de suas faculdades mentais e corporais (nenhum deficiente físico ou mental pode participar da Maçonaria) e a exigência de juramentos de aliança com amaldiçoamentos de si mesmo como condição de filiação.
A Maçonaria também reverencia todos os escritos religiosos e os coloca em pé de igualdade com a Palavra de Deus escrita na Bíblia. Assim, a Maçonaria coloca todos os livros religiosos sobre seu altar (o Livro de Mórmon, os Vedas, o Zend Avesta, o Zohar, o Bhagavad-Gita, os Upanixades e quaisquer outros). Isso se deve ao fato de que, ao contrário do Cristianismo, a Maçonaria não acredita que a Bíblia seja a Palavra de Deus revelada e escrita. Ao invés, a Maçonaria encara todas as religiões como tentativas igualmente plausíveis de explicar a verdade sobre Deus que, ao final, não pode ser conhecida.
Como se organiza a Maçonaria?
A Maçonaria se organiza em lojas (também chamadas lojas azuis) que ficam sob a autoridade de uma Grande Loja e seu Reverendíssimo Grande Mestre. Existem 51 Grandes Lojas nos Estados Unidos (uma para cada estado e para o Distrito de Columbia). Cada Grande Loja é a autoridade governante da Maçonaria em uma dada jurisdição, e todas as lojas azuis de uma jurisdição devem se reportar à respectiva Grande Loja. Não há, contudo, uma Grande Loja ou autoridade governante que sozinha impere sobre toda a Maçonaria. As lojas azuis, sob a autoridade de sua Grande Loja, tornam os homens maçons por meio da outorga de rituais cerimoniosos chamados de “graus”.
Há três graus na Maçonaria que são conferidos pela loja azul: o primeiro, de Aprendiz; o segundo, de Companheiro; e o terceiro, de Mestre Maçom. O candidato inicia-se como Aprendiz, passa pelo grau de Companheiro e sobe ao grau sublime de Mestre Maçom.
Quem fala pela Maçonaria?
O ritual Maçônico é em princípio a autoridade que fala pela Maçonaria. Embora não haja uniformidade de estado a estado, os rituais são essencialmente os mesmos. Daí os maçons se vangloriarem da universalidade da Maçonaria. Além disso, embora o ritual Maçônico não seja idêntico de estado a estado, todas as Grandes Lojas nos Estados Unidos reconhecem-se a si mesmas como praticando Maçonaria válida. Isso significa que maçons de um estado podem visitar uma loja em outro estado e se lhes permite a participação nos trabalhos rituais.
Quando um cristão critica os ensinamentos dos maçons usando os rituais, o maçom geralmente responde de uma forma evasiva, dizendo que “ninguém fala pela Maçonaria”. Essa resposta, que não é genuína, nada mais é do que uma maneira de evitar falar dos rituais. Qualquer maçom honesto vai admitir que o ritual de sua Grande Loja é a autoridade que fala pela Maçonaria em sua jurisdição, e é por meio desses rituais que aprendemos os ensinamentos da Maçonaria sobre Deus, a ressurreição e a vida eterna, sem qualquer exigência de se acreditar em Jesus Cristo.
Outra autoridade importante que explica o significado da Maçonaria é a Bíblia Maçônica. Essa Bíblia, em geral a versão do Rei James do Velho e do Novo Testamento, inclui um anexo extenso com definições e terminologias Maçônicas. Esse livro é geralmente dado aos maçons depois que recebem o terceiro grau, e pode ser adquirido na maioria das Grandes Lojas país afora. Outras autoridades secundárias incluem as obras de amigos da Maçonaria, tais como Henry Wilson Coil, Albert Mackey e Albert Pike, os quais declaram, todos, que a Maçonaria é uma religião e essa religião não é o Cristianismo.”
(John Salza, FAQs on Freemasonry)
Há muitos mal-entendidos entre as pessoas acerca da organização denominada Maçonaria (também conhecida como “Franco-Maçonaria” ou “a Loja”). Enquanto a maioria do público acha que a Maçonaria é apenas uma fraternidade, ela é considerada por toda igreja Cristã que já a estudou como uma religião que é incompatível com o Cristianismo.
A Maçonaria tem um sistema religioso bastante formal que inclui a crença em Deus como o Grande Arquiteto do Universo, a imortalidade da alma e a ressurreição dos corpos. A Maçonaria também acredita que o homem pode alcançar a salvação por meio de suas boas obras, independentemente do dom da graça divina. Muito embora acredite em Deus, na ressurreição dos corpos e na salvação pelas obras, a Maçonaria não exige de seus membros que creiam em Jesus Cristo ou em Sua Igreja.
A Maçonaria também é controversa porque mantém secretos seus ensinamentos religiosos e morais por trás das portas da Loja. A fim de garantir esse segredo, a Maçonaria exige de seus membros que façam a Deus um juramento de que jamais revelarão os ensinamentos da Loja, caso contrário serão dignos de uma morte horrorosa (por exemplo, merecerão ser degolados, ter o coração arrancado ou o corpo serrado ao meio). Enquanto a Maçonaria condiciona seus próprios membros a crerem que ela é somente uma fraternidade, ela vai lentamente afastando de Jesus Cristo seus membros Cristãos, oferecendo-lhes um plano de salvação diferente por meio da virtude Maçônica e das boas obras. Com a graça de Deus, cada vez mais homens estão abandonando a Loja a cada ano que passa e revelando as incompatibilidades entre a Maçonaria e a fé Cristã.
Como a Maçonaria se define a si mesma?
Muito embora os maçons afirmem que a Maçonaria é apenas uma fraternidade, a Maçonaria se define universalmente como “um sistema regular de moralidade, velado em alegoria e ilustrado por símbolos”. Assim, sua própria definição revela que ela é mais do que uma fraternidade. A Maçonaria assim se define porque ensina um sistema de moralidade através de alegorias e simbolismos que, quando fielmente praticados, levam todos os maçons à “loja celestial acima”, independentemente de suas crenças religiosas individuais. A Maçonaria é muito mais do que um clube social.
De um ponto de vista Cristão, qualquer organização que afirme ser um sistema de moralidade (especialmente um cujos ensinamentos morais são secretos e dizem levar os maçons à vida eterna) deve ser avaliado à luz da Escritura e dos ensinamentos da Igreja. Se os ensinamentos morais de uma organização não estão fundados na Revelação de Deus em Jesus Cristo, eles apresentam incompatibilidades com a fé Cristã. No que se refere à Maçonaria, tais incompatibilidades incluem uma negação do dom divino da graça no processo de justificação e salvação que nos vem unicamente através da morte e Ressurreição de Jesus Cristo.
Qual a origem da Maçonaria?
As origens da Maçonaria são objeto de discussão, mesmo entre maçons. A maioria dos maçons, no entanto, concorda que o nascimento da Maçonaria moderna ocorreu na Inglaterra em 1717, na aurora do período Iluminista. Nesse período houve um movimento intelectual que se espalhou pela Europa chamado Racionalismo, que exaltava a razão humana acima da Revelação de Deus. Isso deu origem a um subjetivismo religioso no qual o homem podia então decidir sobre o que era e o que não era verdadeiro em matéria de fé e moral. As verdades Cristãs da queda, do pecado original e da necessidade de redenção foram abandonadas. A autoridade eclesiástica também foi abandonada. Deus tornou-se um “Grande Arquiteto do Universo” deísta, buscado e adorado em todas as religiões. Tais elementos se preservaram na Maçonaria moderna.
Ironicamente, embora quase toda igreja Protestante tenha condenado a Maçonaria, o movimento Racionalista na verdade foi gerado na Revolta Protestante. Lutero e outros “reformadores” Protestantes substituíram a autoridade magisterial da Igreja Católica pelo julgamento individual, o que levou a milhares de divisões dentro do Cristianismo. Mas enquanto os protestantes removeram a autoridade magisterial da Igreja de sua religião, os maçons removeram o próprio Cristo.
Quais as práticas e os ensinamentos da Maçonaria?
A Maçonaria se governa por determinados preceitos fundamentais e inalteráveis que a organização chama de “marcos” (landmarks). Os marcos foram transmitidos de uma geração Maçônica à seguinte por meio de rituais secretos e tradição oral. Embora não haja consenso a respeito de todos os marcos, a maioria dos maçons concorda que eles incluem a crença em Deus como o Grande Arquiteto do Universo, na imortalidade da alma e na ressurreição dos corpos.
Os marcos também incluem a outorga do ritual de morte e ressurreição do terceiro grau (também chamado de lenda hirâmica), o ensinamento de verdades religiosas e morais por meio de simbolismo, a exigência de segredo, a necessidade de que os candidatos tenham completo uso de suas faculdades mentais e corporais (nenhum deficiente físico ou mental pode participar da Maçonaria) e a exigência de juramentos de aliança com amaldiçoamentos de si mesmo como condição de filiação.
A Maçonaria também reverencia todos os escritos religiosos e os coloca em pé de igualdade com a Palavra de Deus escrita na Bíblia. Assim, a Maçonaria coloca todos os livros religiosos sobre seu altar (o Livro de Mórmon, os Vedas, o Zend Avesta, o Zohar, o Bhagavad-Gita, os Upanixades e quaisquer outros). Isso se deve ao fato de que, ao contrário do Cristianismo, a Maçonaria não acredita que a Bíblia seja a Palavra de Deus revelada e escrita. Ao invés, a Maçonaria encara todas as religiões como tentativas igualmente plausíveis de explicar a verdade sobre Deus que, ao final, não pode ser conhecida.
Como se organiza a Maçonaria?
A Maçonaria se organiza em lojas (também chamadas lojas azuis) que ficam sob a autoridade de uma Grande Loja e seu Reverendíssimo Grande Mestre. Existem 51 Grandes Lojas nos Estados Unidos (uma para cada estado e para o Distrito de Columbia). Cada Grande Loja é a autoridade governante da Maçonaria em uma dada jurisdição, e todas as lojas azuis de uma jurisdição devem se reportar à respectiva Grande Loja. Não há, contudo, uma Grande Loja ou autoridade governante que sozinha impere sobre toda a Maçonaria. As lojas azuis, sob a autoridade de sua Grande Loja, tornam os homens maçons por meio da outorga de rituais cerimoniosos chamados de “graus”.
Há três graus na Maçonaria que são conferidos pela loja azul: o primeiro, de Aprendiz; o segundo, de Companheiro; e o terceiro, de Mestre Maçom. O candidato inicia-se como Aprendiz, passa pelo grau de Companheiro e sobe ao grau sublime de Mestre Maçom.
Quem fala pela Maçonaria?
O ritual Maçônico é em princípio a autoridade que fala pela Maçonaria. Embora não haja uniformidade de estado a estado, os rituais são essencialmente os mesmos. Daí os maçons se vangloriarem da universalidade da Maçonaria. Além disso, embora o ritual Maçônico não seja idêntico de estado a estado, todas as Grandes Lojas nos Estados Unidos reconhecem-se a si mesmas como praticando Maçonaria válida. Isso significa que maçons de um estado podem visitar uma loja em outro estado e se lhes permite a participação nos trabalhos rituais.
Quando um cristão critica os ensinamentos dos maçons usando os rituais, o maçom geralmente responde de uma forma evasiva, dizendo que “ninguém fala pela Maçonaria”. Essa resposta, que não é genuína, nada mais é do que uma maneira de evitar falar dos rituais. Qualquer maçom honesto vai admitir que o ritual de sua Grande Loja é a autoridade que fala pela Maçonaria em sua jurisdição, e é por meio desses rituais que aprendemos os ensinamentos da Maçonaria sobre Deus, a ressurreição e a vida eterna, sem qualquer exigência de se acreditar em Jesus Cristo.
Outra autoridade importante que explica o significado da Maçonaria é a Bíblia Maçônica. Essa Bíblia, em geral a versão do Rei James do Velho e do Novo Testamento, inclui um anexo extenso com definições e terminologias Maçônicas. Esse livro é geralmente dado aos maçons depois que recebem o terceiro grau, e pode ser adquirido na maioria das Grandes Lojas país afora. Outras autoridades secundárias incluem as obras de amigos da Maçonaria, tais como Henry Wilson Coil, Albert Mackey e Albert Pike, os quais declaram, todos, que a Maçonaria é uma religião e essa religião não é o Cristianismo.”
(John Salza, FAQs on Freemasonry)
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