domingo, 7 de junho de 2020
Venezuela: a seita vermelha e o silêncio assassino da esquerda
“Os tristes acontecimentos que vêm ocorrendo na Venezuela, sob o delirante regime de Nicolás Maduro, sucessor de Hugo Chávez, que chamou seu tenebroso projeto de Socialismo do Século XXI, com uma democracia falsificada, exportando-o a outros países, confirmam que a singradura desse estado castro-chavista – se não acontecer um milagre – se encaminha com rapidez à consolidação de um comunismo totalitário.
O regime castro-chavista, enlameado em um sistema corrupto, busca manter-se no poder a qualquer custo nessa disfarçada e falsa democracia, sinecurista e embusteira que engana o povo, corrompe o melhor, e enquanto isso, os que mais pensam e os jovens fartos da corrupção vão-se sentindo cada dia mais frustrados e enganados.
De raízes ideológicas perversas, o socialismo unicamente gera opressão e miséria. Nosso Senhor Jesus Cristo disse que a árvore má não pode dar bons frutos.
Sob o princípio de que quem não está conosco é nosso inimigo, Maduro e seu regime não permitem que ninguém tenha uma visão diferente, ou a mais mínima expressão de rebeldia.
Vemos como uma Assembléia Constituinte títere foi armada pela tirania venezuelana sem a menor vergonha. Carlos Alberto Montaner assinala a respeito da escandalosa fraude de tal eleição: 'Maduro obteve 1.795.144 votos. Nenhum a mais, nenhum a menos. A fonte é Rondón (CNE). A fraude para chegar a mais de 8 milhões é a maior da história.'
Assim é que uma das primeiras medidas de tal Assembléia Constituinte foi destituir a Fiscal Geral Luisa Ortega Díaz, que após haver sido fervorosa chavista se afastou do narcogoverno.
Há muito que já se vive na Venezuela um regime esmagador e cerceador dos direitos mais elementares das pessoas, uma tirania que por isso mesmo carece de legitimidade.
Maduro controla todo o aparato estatal, salvo o Parlamento. 'Segundo o major general Clíver Alcalá, que ajudou a restituir Chávez durante um fugaz golpe de Estado em 2002, a Força Armada tem 1.000 generais, quando só precisaria de 200 e há 800 esperando.'
Eladio Aponte, ex-magistrado da Venezuela e ex-Presidente da Sala Penal do Tribunal Supremo de Justiça, que enfrenta o regime castro-chavista, denunciou os vínculos do regime com o narcotráfico, com as FARC, e com as manobras para encarcerar os opositores que se transformaram assim em presos políticos.
Erika Rivas, diretora para as Américas da Amnesty International, assinala: 'Na Venezuela se violenta toda a gama de direitos humanos. Direitos econômicos, sociais, culturais, as liberdades fundamentais, o direito à associação, a liberdade de expressão. Está-se dando um contexto repressivo e militarizado diante das mostras de descontentamento social, onde além disso se fazem detenções arbitrárias como ferramenta de controle, para calar as vozes da dissidência.'
É surpreendente constatar o silêncio 'colaboracionista' dos governos sulamericanos e dos organismos internacionais. Fingem que nada vêem e que nada escutam. E pelo contrário, quanto empenho põem em assegurar o avanço das ações psicopolíticas da esquerda, quanta impunidade diante de seus abusos, seus golpes contra a lei, o estado e as instituições.
Tal como ensinou o célebre pensador católico e homem de ação, Plínio Corrêa de Oliveira, esta neo-revolução se torna capaz de vencer mais pelo aniquilamento do adversário que pela multiplicação de seus amigos. Interessa-lhe mais adormecer, desconcertar, ou simplesmente acabar com as oposições, que estimular seus adeptos ostensivos.
No caso da grave crise venezuelana os governos sulamericanos colaboraram com este desígnio.
No final de dezembro de 2016, em uma crescente onda de protestos multitudinários, o governo de Maduro convidou o Vaticano a agir como mediador entre aquele e a oposição, processo que abortou em um fracasso total e que possibilitou contrariamente aos marxistas no poder ganhar tempo e chegar à situação atual.
É que o diálogo é uma palavra talismânica para encobrir um mecanismo desonesto utilizado pela esquerda em seu proveito.
Assim, enquanto os bispos venezuelanos foram claros em denunciar o tirano, o Vaticano, mediante o Cardeal Secretário de Estado, emitiu tímidas declarações a respeito, às quais Maduro respondeu com virulência.
O regime de Maduro sustenta suas bases nos chamados movimentos sociais, que Francisco acolhe com especial benevolência na Santa Sé.
'Os inimigos da sociedade e da religião usam frequentemente a tática do pânico. É uma tática positiva e negativa; infundem medo e o retiram. Quando estão no poder ameaçam, atropelam, encarceram, impõem multas, desterram. Tudo para infundir o medo no restante dos cidadãos. Quando não podem abusar da força, fazem correr os mais absurdos disparates, cada dia novos, cada dia mais temerosos. É uma tática sagaz, que faz vítimas inumeráveis. Antes que chegue a hecatombe é preciso reagir. Como? Tendo serenidade para não crer em perigos imaginários. Tendo ânimo para desafiar e enfrentar os perigos verdadeiros. Atuando sem cessar e organizando-se em todas as ordens da vida.'
Douglas Hyde, o célebre convertido do comunismo à Igreja Católica, afirmou que a uma exigência de heroísmo corresponde sempre uma resposta heróica, especialmente quando a liberdade e a verdade são reprimidas. E, se se apodera do povo um espírito martirial, qualquer totalitarismo pode cair.”
(Germán Mazuelo-Leytón, Venezuela: La Secta Roja y el Silencio Asesino de la Izquierda)
Original em http://www.alertadigital.com