“Penso que quanto mais se avança, é mais abominável. Sempre rezei muito para que Nosso Senhor nos mostrasse o retorno de Roma à Tradição ou, pelo contrário, que se agravasse o distanciamento de Roma da Tradição a fim de que isso se tornasse claro.
Assim, atualmente é cada vez mais evidente – e isso há muito mais que um ano ou dois – que a Hierarquia se afasta de maneira ostensiva da Igreja.
Penso que podemos falar de descristianização e que estas pessoas que ocupam Roma hoje são anticristos. Disse anticristos, como descreve São João em sua primeira Carta: “O Anticristo já faz estragos em nosso tempo”. O Anticristo, os anticristos, eles o são, é absolutamente certo.
Eu disse ao Cardeal Ratzinger: “Nós estamos em tudo por Cristo e eles estão contra Cristo. Como querem que possamos nos entender?”
Quando recordava este tema com um Cardeal de Roma – buscando um pouco qual seria o leitmotiv que tem toda essa gente – ele me disse: “Monsenhor, é isto...”, fazendo o gesto tão conhecido para designar o dinheiro. Podemos então imaginar tudo que pode acontecer. Tive a ocasião de dizê-lo a alguns que ainda têm dúvidas sobre Roma. Estou intimamente persuadido de que nós não sabemos a metade do que acontece em Roma: e se já estamos escandalizados pela metade que conhecemos, é necessário pensar na outra metade. Se conhecêssemos tudo, ficaríamos espantados. Verdadeiramente tratamos com uma incrível máfia, ligada certamente à maçonaria.
Neste momento eles estão em ruptura com seus predecessores. Não aceitam mais as Encíclicas desde Mirari Vos até Humani Generis do Papa Pio XII. Não querem levar em consideração estas Encíclicas. Não as querem ter em conta. Eles já não estão dentro da Igreja.”
(Trechos da conferência no retiro sacerdotal em Êcone, em 14 de setembro de 1987)
El martirio según el martirologio
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