“As crianças devem ser livres para pensar em todas as direções, independentemente das idéias peculiares dos pais, que muitas vezes selam as mentes das crianças com as idéias preconcebidas e falsas das gerações passadas. Se não tivermos muito cuidado, muito cuidado mesmo, e não formos muito conscienciosos, haverá um perigo ainda maior de que nossos filhos se tornem o mesmo tipo de gente que nós somos. (...) O mundo estava doente, e as mazelas das quais estava sofrendo eram principalmente devidas à perversão do homem, sua inabilidade de viver em paz consigo mesmo. O micróbio não era mais o pior inimigo; a ciência estava suficientemente avançada para ser capaz de lidar com ele admiravelmente. Mas ainda havia as barreiras da superstição, ignorância, intolerância religiosa, miséria e pobreza. (...) Em vez de criar nossos filhos de acordo com nossas próprias regras preconceituosas de bem e mal, deveríamos ensiná-los a questionar tudo. Diga a seu filho que você acredita em Deus, mostre que algumas pessoas não acreditam. (...) A reinterpretação e eventual erradicação da idéia de certo e errado, que tem sido a base do treinamento infantil, a substituição da fé nas certezas das pessoas idosas pelo pensamento racional e inteligente, tais são os objetivos atrasados de praticamente toda psicoterapia efetiva. (...) Para se chegar ao governo mundial, faz-se necessário remover das mentes dos homens seu individualismo, a lealdade à família, o patriotismo nacional e os dogmas religiosos.”
(Dr. George Brock Chisholm, ex-Diretor-Geral da Organização Mundial de Saúde, na edição de fevereiro de 1946 da revista Psychiatry)