Mostrando postagens com marcador Psicanálise. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Psicanálise. Mostrar todas as postagens

sábado, 3 de agosto de 2019

Dificuldades gerais da psicologia contemporânea para compreender a natureza do amor


“A psicologia atual, tanto em sua vertente experimental, como em sua vertente clinica e outras, surge no fim do século XIX de uma matriz materialista, pelo qual se designou, com razão, como uma psicologia sem alma. Sem alma foi a psicologia experimental de Wundt, foram as psicologias funcionalistas americanas, a reflexologia e o conducionismo, e também a psicanálise. Desde uma perspectiva influenciada pelo positivismo, e antes pela crítica kantiana da psicologia racional, estas formas de psicologia consideram a alma em geral como um principio de explicação da mente e da conduta humana arcaica e mítica. O homem não seria outra coisa que matéria organizada que não se distinguiria qualitativamente de outras formas de organização da matéria. A matéria é princípio potencial, não real e determinante, receptora de perfeição, mas imperfeita por natureza. Todas as variedades de materialismo são filosofias da potência e não do ato, e, nessa medida, são incapazes de compreender a perfeição e o bem. Por isso, para a psicologia materialista a perfeição é uma espécie de utopia, quase que diríamos de anomalia. O normal seria a inércia e a imperfeição.
Este materialismo, em que se fundava a psicologia clássica do fim do século XIX e principio do XX, era em geral mecanicista, mas sobretudo era um biologismo evolucionista. O ser humano, mera organização da matéria sem dimensão transcendente, teria surgido da mutação casual da matéria. Ao ser esta mutação casual, e não dirigida inteligentemente, seu resultado não seria um bem, porque o bem é algo apetecido, querido. O homem não seria alguém querido, nem muito menos querido por si mesmo. Para ser querido por si mesmo deveria ser algo dotado de intimidade, ou seja, alguém dotado da capacidade de voltar sobre si mesmo por reflexão, e por tanto, alguém que pode possuir o bem de modo estável. Se o homem não é um bem, nem capaz de possuir o bem, se não foi querido inteligente e pessoalmente, tampouco é alguém que pode ser querido por si mesmo, ou seja, não é suscetível de amor de amizade.
O ponto de vista biológico, aliás, sustentado por todas estas correntes, concebe o ser humano como um mero ser da natureza, imerso em seu meio ambiente, em intercâmbio com este com a finalidade de adaptar-se. Os organismos biológicos implicam uma pluralidade de componentes em equilíbrio. Quando esse equilíbrio se rompe, surgem as necessidades que se traduzem na consciência como impulso para a superação do desprazer e para a realização do prazer. Isto leva a relação com o meio a fim de obter o necessário para restaurar o equilíbrio interno e o equilíbrio com o meio. Nesta perspectiva, todo ato mental e toda conduta exterior se explicariam em ultima instância como movimento para a compensação de uma privação, de uma carência ou debilidade. Ou seja, todo amor é amor de concupiscência. Não há lugar para a ação que brota da perfeição, do bem difusível de si (porque tal bem não existiria), da doação desinteressada. Todo amor seria egoísta, possessivo, voraz, mesquinho. Não pode haver amizade. Este materialismo biologista e evolucionista elimina ou reduz as faculdades superiores do homem a meros instrumentos ordenados a adaptação. A inteligência não seria uma faculdade pela qual o ser humano se ordena a verdade como seu bem, senão o homem de todas as ações adaptativas que supõem a resolução de problemas não previstos por instinto. Deste modo, o verdadeiro dá lugar ao útil. O pragmatismo é um pressuposto consciente ou inconsciente em quase todas estas correntes. Também o construtivismo se apoia sobre estes pressupostos, como se vê tão claramente em seu precursor, Jean Piaget. O conhecimento seria a construção de ações que são esquema de transformação da realidade. Para esta concepção, conhecer é transformar a realidade, manipulá-la. No fundo, não há verdadeira cognição. Se não há cognição, não há contemplação do bem. Sem contemplação do bem, não há amizade em seu sentido pleno, senão concupiscência, amizade deleitável e amizade útil. Mas não amizade bela, não esse amor pelo qual se ama a pessoa como tal, como outro eu, como uma alma em dois corpos.
Ainda mais deteriorada que a inteligência são as concepções de vontade, o apetite racional despertado pela cognição da verdade. Sem vontade, não há amor de amizade, só pode haver amor de concupiscência, não só no sentido do amor que é para alguém, mas amor como ato do apetite concupiscível, amor do bem deleitável, e derivadamente do que é meio para a obtenção do bem deleitável. Não é, portanto, estranha a atitude geral de desconfiança da psicologia contemporânea para a amizade. É que, neste contexto teórico, as relações humanas não podem ser outra coisa que mútua instrumentalização: Os pais usariam seus filhos para prolongar seu narcisismo; namorados se usariam mutuamente para obterem satisfação física ou controle moral sobre os outros; o psicoterapeuta não poderia considerar-se amigo de seu paciente, porque poderia ficar entrelaçado nos conflitos do paciente. Isto é assim porque em todo amor nos estaríamos buscando a nós mesmos, e não iria dirigido ao outro conservando sua própria personalidade e bem. Não é estranho, por tudo isto, que, falando muito sobre o amor, o desejo, as relações objetais ou interpessoais, as influências familiares e sociais sobre a personalidade, etc., a psicologia contemporânea em geral tem negligenciado quase completamente o tema da amizade, ou a relegou ao plano da quimera. Evidentemente, nenhum espaço se dá aqui para a ordem sobrenatural e o amor de caridade.”
(Martín Federico Echavarría, El Amor y la Amistad en la Psicologia Aristotélico-Tomista y en el Psicoanálisis)

Tradução de Rafael de Abreu Ferreira

quarta-feira, 11 de março de 2015

Sigmund Freud e o Talmude

“O Talmud Babilônico (TB) no tratado Kiddushin 40a começa com um ensinamento do Rabino Chanina que: "É preferível que uma pessoa cometa um pecado em privado e não profane o nome de Deus em público".
O Talmud, em seguida, afirma o ensinamento: "Se uma pessoa vê que a sua inclinação para o mal está vencendo ela deve ir para um lugar onde não é conhecida e cobrir-se com roupas pretas e fazer o mal lá".
Muitas autoridades rabínicas clássicas (Tosafot Toch e Tosafot Harosh) reconhecem que esta passagem tolera o pecado.
“Pecado por causa do Céu”
O significado desta terminologia rabínica é fazer algo que é claramente errado (pecado), mas com uma boa intenção (por causa do Céu) (Veja Steinsaltz Iyunim em Kiddushin 40a ad.loc).
Este ensinamento rabínico de um pecado por causa do Céu reconhece que o pecado pode ser necessário, por vezes, e se for feito com sinceridade, tem legitimidade.
Este dogma miserável permeia a cultura judaica e foi herdado até mesmo por aqueles judeus que não eram religiosos. Observamos essa mentalidade talmúdica refletida na atividade judaica em muitos campos tais como política (os "ateus" judeus bolcheviques) e em psiquiatria, como iniciado por Sigmund Freud, que é conhecido por ter representado um afastamento de forma liberal e esclarecida das tradições sóbrias do passado.
Freud, no entanto, de fato, absorve as tradições talmúdicas de sua cultura nativa, incluindo a imoralidade sem escrúpulos que lhe deu um mandato "celestial" para mentir e enganar por causa de um bem mais elevado (pecado por causa do Céu).
O falecido Dr. Frank Cioffi, professor de filosofia na Universidade de Essex, na Inglaterra, afirmou que Freud impôs suas ideias sobre sexualidade e neuroses aos seus pacientes, ao dar voz a elas através das histórias de seus pacientes, independentemente de seus pacientes terem contado realmente essas histórias.
Cioffi: "Quando ele decidiu que a neurose estava enraizada nas fantasias sexuais com nossos pais, por exemplo, Freud determinou que seus pacientes "lembrassem" tais fantasias, quer eles realmente lembrassem delas ou não."
Cioffi fornece evidência da desonestidade de Freud ao citar a própria descrição de Freud de sua justificação para "construir" as declarações de seus pacientes. A descrição pode ser encontrada na biografia em três volumes autorizada pelo famoso psiquiatra, que contém a seguinte declaração dele:
"Muitas vezes nós não conseguimos levar o paciente a recordar o que foi reprimido. Em vez disso produzimos nele uma convicção segura da verdade da construção, que alcança o mesmo resultado terapêutico que uma lembrança recapturada" (Ernest Jones, The Life and Work of Sigmund Freud, Basic Books: 1981).
Em outras palavras, Freud se justificava por enganar seu paciente a acreditar que a fabricação de Freud era a própria realidade do paciente, porque conseguia um "resultado terapêutico". Embora Freud não empregasse termos teológicos, o espírito de sua desonestidade intelectual emanava de uma cultura mergulhada em dissimulação rabínica, no "pecar por causa do céu". Por este meio Deus é feito de cúmplice na impostura.
Para saber mais sobre Freud e Judaísmo leia Judaism's Strange Gods (2011), p. 295-296.”
(Michael Hoffman, Freud and the Talmud: Sinning for the Sake of Heaven)

http://borboletasaoluar.blogspot.com.br