sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Cardeais bandidos


"O Cardeal Ouellet respondeu ao Arcebispo Viganò e sua resposta é, embora destituída de fatos contra o bom Arcebispo, ainda mais maliciosa do que se poderia esperar.
O principal ponto é que Ouellet não nega a veracidade da principal acusação de Viganò: McCarrick recebeu de Bento a ordem para se aposentar, e isso foi relaxado por Francisco. Contudo, ele diz não ter encontrado nenhum documento oficial prescrevendo tal comportamento (algo, por sinal, que Viganò jamais afirmou), o que então tornaria OK a permissão de Francisco para que McCarrick viajasse ao redor do mundo.
O cardeal também dispara uma série de insultos contra Viganò, culpável somente de ter ouvido o que o Papa disse e de tê-lo fielmente relatado, tirando as consequências dos eventos e pedindo a um tal patife sem-vergonha que fizesse a única coisa decente e abdicasse.
O Cardeal e o Papa, assim, estão nus diante do homem justo que acusam e insultam.
Note-se que Viganò relatou claramente que o próprio Papa deu início ao assunto, perguntando-lhe o que pensava de McCarrick, ao que Viganò respondeu com uma clareza e energia que jamais poderiam justificar a inação. Portanto, o argumento de Ouellet de que não havia nenhum documento oficial ordenando restrições na vida e na movimentação de McCarrick é nada menos que uma admissão desta inação voluntária após o claro alerta do Arcebispo.
O Cardeal Ouellet é um homem apodrecido; um homem que, como tantos outros, fingiu ser de certo modo conservador quando lhe foi conveniente, para depois se vender e tornar-se parte da máquina herética de Francisco quando os hereges chegaram ao poder. O próprio fato de que Ouellet abertamente insulta Viganò sem ser capaz de refutar qualquer de seus argumentos bastante razoáveis, e na verdade apresentando prova da inação escandalosa de Francisco, é uma indicação clara da medida em que esse homem vendeu sua alma à Francigreja; mas considerando que também defendeu Amoris Laetitia e outras acrobacias heréticas, isso já era previsível.
O único argumento que o Cardeal Ouellet pode tentar fazer é este: Viganò é um total mentiroso; alguém que inventaria toda uma mentira do nada pelo prazer de derrubar um Papa. Alguém que relataria informações que jamais aconteceram por razões que ninguém realmente entenderia. Alguém, basicamente, não melhor do que qualquer feminista de chapéu-vagina inventando acusações falsas contra Brett Kavanaugh.
No entanto, este não é um feminista de chapéu-vagina, mas um homem de Deus extremamente respeitado. Ele não alega que fatos aconteceram sabe-se lá quando e onde, mas certamente décadas atrás. Ele diz a data, o lugar e o exato conteúdo de sua conversa com Francisco. Seus relatos da severa confrontação com McCarrick pelo Núncio anterior são substanciados pelo Monsenhor que estava nela presente. Seu relato é recente, detalhado, corroborado e bastante verossímil.
Que tem o Cardeal Ouellet a opor a isto? Algo parecido com "você é um mentiroso e um inimigo do Papa." Na verdade, esta é a única maneira que alguém poderia acreditar em Ouellet: persuadindo-se a si mesmo de que Viganò é uma clerical harpia feminista de chapéu-vagina, que subitamente começou a guinchar contra Francisco com acusações falsas.
Um homem bom de um lado, um bandido sem-vergonha do outro.
Rezem pelo fim deste pontificado, e de pessoas como Ouellet que infestam o Vaticano."

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