sábado, 18 de fevereiro de 2017

Um dos maiores protagonistas do Vaticano II confessa ter escondido sua vida homossexual


17 de Fevereiro, 2017 (LifeSiteNews) – Gregory Baum, 93, famoso ex-padre católico, revelou em seu último livro que secretamente viveu uma vida homossexual ativa por décadas.
Baum, que foi um peritus ou especialista no Concílio Vaticano Segundo, supostamente redigiu o primeiro esboço do documento conciliar Nostra aetate, a Declaração sobre a Relação da Igreja com Religiões Não-Cristãs. Baum defendeu a eliminação dos esforços da Igreja para encorajar os judeus a reconhecerem Cristo como o Messias e desde então tem-se envolvido com justiça social e a teologia da libertação.
O influente clérigo revela francamente em The Oil Has Not Run Dry: The Story of My Theological Pathway, “Não professei minha própria homossexualidade em público porque tal ato de honestidade teria reduzido minha influência enquanto teólogo crítico.” “Estava ansioso por ser ouvido como um teólogo confiante em Deus como salvator mundi e comprometido com justiça social, teologia da libertação e solidariedade global.”
Baum também foi influente na Igreja Católica no Canadá apesar de suas posições abertamente heréticas sobre a sexualidade, as quais ele publicou em diversos jornais. Sua dissidência pública da declaração da Igreja de 1968 mantendo a proibição da contracepção – Humanae Vitae – foi decisiva na própria dissidência dos bispos canadenses em relação à encíclica do Papa Paulo VI. Como escreveu o principal especialista sobre a dissidência dos bispos canadenses, Monsenhor Vicente Fox, “Se não fosse pela sombra negra de Baum sobre Winnipeg, sua influência sobre alguns bispos, teólogos canadenses e grupos de pressão, a Declaração de Winnipeg dos Bispos Canadenses sobre Humanae Vitae não teria se recusado a endossar o ensinamento da encíclica tal como aconteceu.”
Em seu novo livro, Baum escreve, “Eu tinha 40 anos de idade quando tive meu primeiro encontro sexual com um homem. Encontrei-me com ele em um restaurante em Londres. Aquilo foi excitante e ao mesmo tempo decepcionante, pois eu sabia o que era o amor e o que eu realmente queria era dividir minha vida com um parceiro.”
Ele diz que considerou renunciar ao sacerdócio mas não foi até o fim com a formalidade, preferindo anunciá-la em um jornal de tiragem nacional. Posteriormente casou-se com uma ex-freira divorciada de quem diz que “não se importou, quando nos mudamos para Montreal em 1986, que me encontrasse com Normand, um ex-padre, por quem me apaixonei.” Normand, ele explica, “é gay e acolheu minha afeição sexual.”
Dr. Michael Higgins, vice-presidente da Missão e Identidade Católica na Universidade do Sagrado Coração em Fairfield, Connecticut, em homenagem a Baum publicada na Commonweal em 2011, ressaltou seu papel pivotal durante o Concílio Vaticano II. “O concílio foi feito por Gregory Baum”, escreveu. “Ele trabalhou em várias funções nas comissões encarregadas de preparar documentos... Começando seu trabalho em novembro de 1960, concluiu-o com o final do concílio em dezembro de 1965, um aprendizado que culminou na redação do primeiro esboço de Nostra aetate.”
Pe. Thomas Rosica, um famoso padre canadense e hoje consultor para o Vaticano, recebeu Baum em uma controvertida participação no Centro Católico Newman da Universidade de Toronto em 1996 e em 2012 trouxe-o como convidado especial em seu programa na estação de TV católica canadense Salt and Light Television.
Pe. Rosica, durante a entrevista aduladora com Baum, professou ter conhecido Baum há bastante tempo. “Tenho certamente admirado bastante sua teologia, suas obras, mas também seu amor pela Igreja, seu amor por Cristo, e você ajudou a manter vivo não apenas o espírito do Vaticano II, mas também o autêntico ensinamento do Concílio”, disse o Pe. Rosica sobre Baum.
“Você continua sendo um católico profundamente devoto e fiel, amando Jesus, a Igreja, a Eucaristia”, acrescentou.
Monsenhor Foy, por outro lado, considera que Baum “fez mais do que qualquer pessoa para prejudicar a Igreja no Canadá.”

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