domingo, 22 de março de 2015

Informativo da Iniciativa São Marcel referente à consagração episcopal do Pe. Jean-Michel Faure

“Os que apóiam Sua Excelência o Bispo Williamson, seja como leitores dos Comentários Eleison, seja como contribuintes da Iniciativa São Marcel, ou de alguma outra forma, certamente já sabem da notícia sobre a ordenação, por Sua Excelência, do Bispo Jean-Michel Faure, que se deu no Mosteiro da Santa Cruz em Nova Friburgo – Brasil, na última quinta-feira, dia 19 de março, Festa de São José. A divulgação do acontecimento foi compreensivelmente retida até os últimos momentos que o antecederam, a fim de se evitar, na medida do humanamente possível, quaisquer interrupções na cerimônia, assim como quaisquer outros problemas que poderiam ter surgido conjuntamente.
No entanto, agora que a consagração aconteceu, somos capazes de fornecer aos fiéis e ao mundo em geral explicações sobre o assim chamado “Mandato de Emergência”, que foi lido durante a liturgia.
Como muitos já sabem, entre as primeiras palavras ditas no rito da Ordenação Episcopal está a declaração feita ao bispo ordenante por seu assistente sênior:
“Reverendíssimo Padre, nossa santa Madre, a Igreja Católica, pede que o senhor promova este sacerdote aqui presente aos deveres do episcopado”.
Em resposta, o bispo ordenante pergunta se o assistente tem o “Mandato Apostólico”.
A resposta é: “Nós temos”, à qual o bispo ordenante responde: “Leia-se”.
(Aqueles mais interessados podem consultar depois um útil Ordo online em latim e inglês, extraído do Pontificale Romanum, publicado em 1910.)
Aquilo, porém, que foi lido na cerimônia de quinta-feira em resposta ao convite de Dom Williamson – e que tanto tem a função litúrgica, como serve para uma explanação pública sobre a lógica da cerimônia tal como foi visto pelos participantes – é o que se segue. Os leitores talvez se interessem em saber que os seus primeiros parágrafos seguem de perto a linguagem usada por Dom Lefebvre em 30 de junho de 1988.
MANDATUM APOSTOLICUM
Nós temos o Mandato para consagrar a partir da Igreja Romana, que, em sua fidelidade à Sagrada Tradição recebida desde os Apóstolos, nos ordena a transmitir fielmente essa mesma Sagrada Tradição – a saber, o Depósito da Fé – para todos os homens em razão de seu dever de salvar suas almas.
Pois, de fato, por um lado as autoridades da Igreja de Roma desde o Concílio Vaticano II até os dias de hoje são guiadas por um espírito de modernismo que mina profundamente a Sagrada Tradição, a ponto de distorcer seus próprios conceitos:
Haverá um tempo em que eles não suportarão a Sã Doutrina... afastarão os ouvidos da verdade e os aplicarão às fábulas, como disse São Paulo a Timóteo em sua segunda Epístola (4, 3-4). Que utilidade teria um pedido a tais autoridades por um Mandato para consagrar um bispo que se oporá profundamente ao seu erro mais grave?
E por outro lado, quanto à obtenção de tal bispo, os poucos católicos que entendem sua importância poderiam esperar, mesmo depois do Vaticano II, que ele pudesse vir da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, fundada por Dom Marcel Lefebvre, tal como os quatro outros ordenados por ele em 1988 com um Mandato de emergência anterior. Infelizmente, quando as autoridades dessa Fraternidade mostraram, por sua contínua mudança de direção, às autoridades romanas que eles estavam tomando a mesmo rumo modernista, essa esperança se mostrou ser em vão.
De onde então poderiam esses fiéis católicos obter os bispos essenciais para a sobrevivência de sua verdadeira fé? Em um mundo que faz guerra política dia após dia, sobretudo contra Deus e Sua Igreja, o perigo para a Fé parece tal que a sobrevivência desta não pode mais ser deixada na dependência de um único bispo totalmente antimodernista. A própria Igreja pede a ele que nomeie um associado, que será o Padre Jean-Michel Faure.
Por esta transmissão de poder da Ordem episcopal, nenhum poder episcopal de jurisdição é assumido ou concedido, e tão logo Deus intervenha para salvar Sua Igreja, que não tem mais nenhuma esperança de resgate humano, os efeitos dessa ordenação e desse Mandato de emergência serão imediatamente colocados de volta nas mãos de um Papa que venha a ser completamente católico.


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