segunda-feira, 26 de maio de 2014

O orgulho revolucionário

“Que é que se esconde em muitos revolucionários? Um orgulho demente que rejeita os valores humanos mais indiscutíveis pela única razão de que esses valores são transmitidos e deveriam ser recebidos com humildade; e esse orgulho acompanha a impotência de compartilhá-los; então se prefere destruí-los ou corrompê-los.
Chega-se ao cúmulo do mal quando o orgulho, impotente e destruidor, se atreve a invocar o Evangelho, e pretende justificar-se pela Revelação divina, e legitimar-se em nome da felicidade dos pobres, da misericórdia para os pecadores, da universalidade da Redenção, que, em Cristo, não conhece nem judeu nem grego.
Certamente, essa doutrina evangélica é a própria verdade, mas se é despojada de sua altura sobrenatural transforma-se em uma mentira infinitamente mortal e o Evangelho se falsifica totalmente pelo orgulho revolucionário. Sob qualquer forma que se apresente, o orgulho sempre é horrível, mas o orgulho do impotente que se adorna com o manto evangélico é particularmente espantoso.”
(Pe. Roger-Thomas Calmel, O.P, Théologie de l´Histoire)