segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

A salvação da sociedade não virá do protestantismo, mas do catolicismo

“O fato que o protestantismo não responde nem às necessidades sociais nem às necessidades individuais deve excluir esta forma de cristianismo de qualquer função no futuro desenvolvimento da sociedade ocidental. A eliminação do protestantismo que em toda a sua existência só tem sido um agente de desintegração social não poderá de modo algum modificar a situação até hoje dominante a não ser para torná-la mais clara. (…) Não pode haver dúvida que o catolicismo é de muito, é imensamente superior ao protestantismo quando consideramos essas religiões no ponto de vista social. O enfraquecimento da influência do catolicismo nos países longamente submetidos à sua salutar disciplina é invariavelmente acompanhado de um enfraquecimento da autoridade e da coesão social. (…) Como chave deste estudo chegamos à conclusão de que o cristianismo constitui uma necessidade vital para a civilização européia e que a forma de cristianismo adaptada às exigências da sociedade ocidental não é o protestantismo senão o catolicismo. Porque só o catolicismo possui uma organização social, só o catolicismo é capaz de impor uma disciplina e assegurar a integração completa do indivíduo na sociedade, só o catolicismo constitui uma religião no verdadeiro sentido da palavra, visto como só ele faz apelo a princípios supra-racionais. E se dum lado só o catolicismo é capaz de subordinar o indivíduo à sociedade e de garantir o sacrifício dos interesses individuais aos coletivos, - de outro só ele se acha em condições de satisfazer às necessidades emotivas e místicas da alma individual”.
(Georges Chatterton-Hill, The Sociological Value of Christianity)