terça-feira, 22 de outubro de 2013

Monsenhor Fellay, o homem de duas caras

O liberal é um espírito paradoxal e confuso, angustiado e contraditório... 'tem duas caras'”. Mons. Lefebvre, “Eles O Destronaram”, cap. 31

DEPOIS DE SETE MESES DE ESCÂNDALOS, MONSENHOR FELLAY POR FIM SE ANIMA A AFIRMAR QUE FRANCISCO É MODERNISTA.
Em uma conferência publicada em Catholic Family News, Monsenhor Fellay afirmou que Francisco é um “genuíno modernista”. E seu venerado Bento não é?
Ao que parece, Monsenhor Fellay percebeu que a estratégia do silêncio iria produzir maus efeitos e, dando uma cambalhota, decidiu fazer uma declaração contra Francisco. Mas não nos deixemos enganar. Desde antes do ano 2000, Monsenhor Fellay estava disposto a fazer seu acordo com Roma. A fundação do GREC em 1997 é uma prova confiável disso.
Duas caras: até há alguns meses, Monsenhor Fellay falava de uma primavera na Igreja e queria nos convencer, para aceitarmos o acordo, de que já se viam os primeiros brotos por todas as partes... mas agora diz que “a situação da Igreja é um verdadeiro desastre”. Com Bento não era?
Duas caras: sobre a espantosa Declaração liberal do 15 de abril de 2012, não se retrata, mas nessa mesma conferência continua defendendo: “o texto que apresentamos a Roma era um texto muito, por assim dizer, delicado”. Logo, todos os que formulam reparos a esse “delicado texto” são uns brutos que não entendem de nada.
Duas caras: Monsenhor Fellay quer aparecer agora como muito antiliberal, mas não toma medida alguma a respeito do Colégio da Austrália que aceita explícita e publicamente os princípios liberais e maçônicos.
Duas caras: como se explica que nos mesmos dias em que critica Francisco, decrete que se o deve honrar pendurando seu retrato em cada Priorato da FSSPX? Por que esperou o advento de um Papa “genuinamente modernista” para obrigar que os Priores obedeçam uma norma que havia dado ao Pe. Schmidberger e que era letra morta?
Duas caras: se Monsenhor Fellay realmente abriu os olhos e se deu conta de seu erro, por que não restitui a Monsenhor Williamson seu posto, assim como a todos os outros sacerdotes que foram perseguidos e expulsos por se oporem a sua política suicida? Pelo contrário, continuam as expulsões e continua seu curso o processo do Padre Pinaud.
Duas, três e quatro caras: por que esperou sete longos meses para criticar Francisco, se desde o princípio era evidente que era um “genuíno modernista”? Por que nunca deu uma explicação acerca do GREC? Por que não retira M. Krah de suas posições de influência na FSSPX? Por que não remove de seus postos os sacerdotes que se comprovou serem subversivos e revolucionários (Lorans e Célier por exemplo)? Por que não reconhece ser certa a denúncia do Pe. Girouard acerca do “branding”?
As palavras significam muito pouco. O que se espera são ações, a saber: sua imediata renúncia por sua provada incapacidade para dirigir a FSSPX; retratar-se da Declaração Doutrinal de abril de 2012; remover os sacerdotes subversivos de seus postos de grande influência; restituir a Monsenhor Williamson e a todos os sacerdotes perseguidos seus postos; pedir perdão publicamente por sua política de segredo, mentira e ambigüidade deliberada... etc etc etc.
Por todo o exposto, a única conclusão a que podemos chegar é que Monsenhor Fellay continua sendo um homem incapaz de dirigir uma congregação, um personagem vacilante e de duas caras no qual não se pode confiar, e um mentiroso e um traidor.

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