quarta-feira, 27 de março de 2013

A falsa humildade do Papa Francisco

“A primeira coisa que uma pessoa genuinamente humilde faz é não chamar a atenção para sua humildade. Mas o “Papa” Francisco está determinado a nos dar uma lição sobre humildade, indo de um lado a outro de Roma pagando suas próprias contas de hotel – “com seu próprio dinheiro”. Parece que ele não entende que não existe isso de um membro do clero da Igreja ter “seu próprio dinheiro”. Esse é o dinheiro que foi dado à Igreja por mais de 2.000 anos pelos fiéis católicos – dos mais pobres aos mais ricos.
Mas o mais importante - desde quando pagar sua própria conta de hotel constitui um ato de humildade?
Não foi o ex-Cardeal Bergoglio elevado ao papado, para que tentasse salvar uma Igreja cuja hierarquia está em queda livre – e limpar a corrupção que se infiltrou na Cúria? Isso, sim, seria um ato de humildade pela Santa Mãe Igreja.
A humildade é uma virtude? Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino têm algo a dizer...
A humildade “acontece, às vezes, só por sinais externos, por fingimento, constituindo a “falsa humildade”, cognominada por Santo Agostinho de “grande soberba” (...). Outras vezes, contudo, esse rebaixamento se funda no íntimo do coração e, desse modo, temos a verdadeira virtude da humildade, pois a virtude não está em coisas exteriores (...)” – Da Summa Theologica de Santo Tomás de Aquino.
Em outras palavras, a humildade só é genuína quando é interior – e não um espetáculo público.
Humildade e o Trono de Pedro
Humildade, para alguém que foi escolhido como sucessor de São Pedro, significa que ele deve humildemente aceitar e respeitar as tradições do papado. Isso não é algo que Bergoglio esteja querendo fazer. Em sua tentativa de provar ao mundo que é “humilde”, ele está na verdade se mostrando obstinado em seu orgulho.
A ostentação de “humildade” de Bergoglio tem mais a ver com as multidões de crentes e não-crentes e ser “ecumenicamente correto”, enquanto recusa ajoelhar-se na presença de Cristo no altar, como testemunhamos na semana passada. Isso não é o reflexo de um homem cheio de orgulho diante de Deus?
Os papas ao longo dos séculos expressaram sua humildade sem pularem do Trono de São Pedro, como se este fosse um carrossel, tal como Bergoglio fez na semana passada.
Os papas ao longo dos séculos cuidaram e tiveram amor por milhões de católicos pobres ao redor do mundo, enquanto vestiam os tradicionais sapatos papais vermelhos – que representam o sangue nos pés de Cristo quando ele foi espancado e açoitado e em cada passo que ele deu na Via Dolorosa para enfrentar sua morte por crucificação. Esses sapatos papais vermelhos representam a verdadeira submissão humilde do Papa à divina autoridade de Jesus Cristo – algo que Bergoglio está se recusando a fazer.
Desinformação deplorável: o elefante dentro do quarto
Há centenas de comentários sendo feitos pelos católicos e pela mídia secular sobre a humildade de Francisco, sua preocupação pelos pobres e sua oposição ao aborto - e o fato de que ele reza à Virgem Maria. Mas sua falta de humildade genuína diante do Trono de São Pedro é tratada como material radioativo.
Imagine só – um Cardeal que é pró-vida, preocupado com os pobres e que reza para a Mãe de Cristo! Como isso é impressionante!
O fato de que isso está sendo divulgado como ‘grande notícia’ pelos católicos é mais uma prova das baixas expectativas e da falta de uma correta formação no mundo modernista do Vaticano II.
Depois, existe o relato de desinformação, completamente deplorável, sobre o ex-Cardeal Bergoglio e sua chamada oposição ao casamento gay – quando na verdade ele apoiou as uniões civis homossexuais – até que o episcopado argentino lhe deu um ultimato e mandou-o sair e começar a enfrentar o problema.
Tenho acompanhado a imprensa em muitas línguas, inclusive o que escrevem os mais famosos vaticanisti – e tenho percebido o cuidado que tomam em evitar esse elefante dentro do quarto.
A serviço dos pobres
A Igreja Católica Romana tem cuidado dos pobres por mais de 2.000 anos – até que o Vaticano II apareceu e começou a furtar dos cofres destinados às obras de caridade e à propagação da mensagem do amor e divindade de Cristo até os confins da terra.
O Vaticano II e seus administradores, em grande parte, gastaram uma quantidade tremenda do dinheiro da Igreja em doutrinação socialista e causas imorais, inclusive no escandaloso acobertamento da pederastia cometida por membros homossexuais do clero. No mínimo, Francisco tem sido um advogado da agenda socialista moderna na Igreja, sob o disfarce de “justiça social”.
Naturalmente que tem havido obras de caridade realizadas sob o Vaticano II – mas elas foram grandemente diminuídas pela perda de doações e pelo êxodo de católicos que estão se sentindo desorientados e abandonados, depois de 50 anos da experimentação socialista e progressista vinda de Roma.
Em nome da “justiça social” e do “diálogo inter-religioso” – os arquitetos da agenda do Vaticano II e seus companheiros de viagem simplesmente abriram o pacote, roubaram o dinheiro e fecharam de novo, deixando um conteúdo falsificado.
Na verdade, essa será “uma Igreja pobre para os pobres” como Francisco afirmou recentemente – e não nos esqueçamos que esse é o homem que garante falar a linguagem dos pobres, portanto não é honesto mudar, subitamente, suas palavras em mensagens místicas além de nosso entendimento.
Bergoglio está falando sério - e se ele conseguir o que quer, haverá uma Igreja com seu rebanho vagueando sem rumo entre as ruínas.”
(Marielena Montesino de Stuart, Is “Pope” Francis Really Humble?)