quarta-feira, 29 de setembro de 2010
A alma contemplativa é como um pássaro solitário
“As condições do pássaro solitário são cinco: a primeira, voar em direção ao mais alto; a segunda, não tolerar companhia alguma, nem mesmo a da sua natureza; a terceira, voltar o bico para o ar; a quarta, não ter cor determinada; a quinta, cantar suavemente. Estas mesmas qualidades há de ter a alma contemplativa, elevando-se além das coisas transitórias, fazendo delas tanto caso como se não existissem; e sendo tão amiga da solidão e do silêncio que não tolere a companhia de outra criatura; e há de pôr o bico no ar do Espírito Santo, correspondendo às suas inspirações para que, agindo assim, se torne digna de sua companhia. Não há de ter cor determinada, pois não terá determinação em coisa alguma, senão no que for da vontade de Deus; e há de cantar suavemente na contemplação e no amor do seu Esposo.”
(São João da Cruz, Dichos de Luz y Amor)
Tradução do Carmelo de Piracicaba
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