“O espírito clássico é a busca desinteressada pela perfeição; é o amor pela clareza, razoabilidade e autocontrole; é, acima de tudo, o amor à permanência e à continuidade. Exige de uma obra de arte não que seja nova ou eficaz, mas que seja bela e nobre. Procura não apenas expressar individualidade ou emoção, mas emoção disciplinada e individualidade restringida por lei. Esforça-se mais pelo essencial que pelo momentâneo - ama a impessoalidade mais que a personalidade e sente mais poder na sucessão ordenada das horas e das estações que na violência de um terremoto ou tempestade. E adora mergulhar na tradição. Desejaria que cada nova obra se conectasse à mente daquele que a vê com todas as obras nobres e belas do passado, trazendo-as à sua memória e fazendo de sua beleza e charme uma parte da beleza e encanto da obra que tem diante de si. Não nega a originalidade e a individualidade - elas são tão bem-vindas quanto inevitáveis. Não considera a tradição como imutável ou como um limite rígido à invenção. Mas deseja que cada nova apresentação da verdade e da beleza nos mostre a antiga verdade e a antiga beleza, vistas apenas sob um ângulo diferente e coloridas por meios diferentes. Quer adicionar elo por elo à cadeia da tradição, mas não deseja quebrar a cadeia”.
(Kenyon Cox, The Classic Point of View)
Padre ¿por qué me has abandonado? (II)
Há um dia