quinta-feira, 22 de abril de 2021
A desfiguração da França
“A França pode morrer progressivamente no início do século XXI, e o pode fazer muito mais rápido do que demorou a nascer. Deve-se restabelecer uma verdade incessantemente escarnecida: o território francês das Gálias não conheceu até a metade do século XX nenhuma imigração de importância e as únicas imigrações provinham de populações européias aparentadas. Sempre se havia preservado uma homogeneidade étnica. Agora a ruptura se produziu, como em outras partes da Europa ocidental durante as décadas catastróficas dos 60 e dos 70, quando começou um fluxo migratório ininterrupto e massivo (algo nunca visto na história desde milênios) junto com um decréscimo dramático da natalidade dos franceses e europeus de pura cepa. Essa imigração trouxe consigo o milenário islã, totalmente incompatível com a civilização européia e em conflito com ela desde o século VII. Frente a esse fenômeno invasor, as elites francesas e européias não só se têm mostrado passivas, mas o têm favorecido. As elites européias colaboram com a invasão. Isto é absolutamente incompreensível para um chinês, um japonês, até um africano.
Vejam os filmes e as fotos da França dos anos 60. A paisagem humana mudou. E o processo está em seus inícios. Um fotógrafo amigo meu fez uma brincadeira: montou uma exposição sobre a vida diária na África equatorial e no Magreb. Na verdade, as fotos foram tiradas na região parisina.
Em numerosas zonas já não se trata de “minorias” mas de uma maioria. Se nada muda, demograficamente, serão os franceses autóctones (ou seja, de origem européia) os que podem tornar-se minoritários. Já o estamos vendo: com o fracasso da integração, são os autóctones os que devem adaptar-se. Isso vai-se agravar. Os sintomas clínicos do desaparecimento da identidade francesa européia, ou seja da mesma França, já estão presentes.
Assistimos ao apequenamento do substrato humano dos franceses de pura cepa, daqueles que se sentem étnica, histórica e afetivamente franceses e europeus. O sistema educativo já não ensina a história do país como fazia antes a “educação republicana”. Está em ação um movimento geral de “desfrancesação”, tanto étnico como cultural. Os que protestam contra a americanização se equivocam totalmente. O problema real é a submissão às culturas dos novos imigrantes, muçulmanos, africanos...
Salvo exceções e minorias, não se vê nenhum sinal de integração à nação francesa entre as massas de jovens das novas populações imigradas. Pelo contrário, nota-se uma rejeição massiva, associada a uma secessão, a um princípio de reações insurrecionais, sob todos os pretextos. O islã é o principal combustível desse fenômeno. Trata-se de um processo de destruição viral do organismo, a partir do interior mais que do exterior. Não há integração nem assimilação, logo não há aculturação das minorias à maioria, já que essas minorias estão se tornando maiorias, e são mais jovens que os autóctones. São estes últimos os que se aculturam. É o movimento inverso o que tem lugar. Os que se querem integrar e se sentem franceses não representam mais que uma minoria, apenas os 5%. Os demais: os indiferentes (asiáticos e outros, imigração econômica) e os hostis, que são uma grande maioria, para os quais o islã é o motor central da revanche e da conquista.
A nova França, Françarábia, será uma simples prolongação do mundo árabe-muçulmano ao final de um processo invasivo por baixo? A mudança de idioma, de religião, de cultura está em marcha e as elites cobrem os olhos. A verdade é demasiado simples para ser entendida pelo espírito intelectual que prefere a complicação da escolástica e sua sábia organização de mentiras e erros. O intelectual é incapaz de adivinhar o futuro. Ademais, uma ideologia presentista, que nega o enraizamento, é incapaz de prever o futuro.”
(Guillaume Faye, ¿Puede Francia morir en el siglo XXI?)