“Enquanto o frade apóstata [Lutero] lançava diatribes contra as indulgências, chamando-as instituições e imposturas fúteis e insignificantes da Igreja de Roma, o ilustre fundador da Sociedade de Jesus dava às hostes de filhos que havia gerado à Igreja no decurso do tempo um esplêndido exemplo do valor que deveriam dar a elas, partindo de Manresa como um pobre e desconhecido peregrino, a fim de visitar Roma e os lugares santos, onde ganharia para si os tesouros sagrados das indulgências.
E não satisfeito de pregar pelo exemplo, escreveu a seus compatriotas, os habitantes de Aspezia, poucos anos mais tarde (1540): “As indulgências são bens tão excelentes, que encontro-me incapaz de louvá-las e enaltecê-las como merecem: a única coisa que me resta fazer é rezar e rogar a vocês todos, pelo amor e respeito que devem a Deus, que as estimem bastante, e que se esforcem para aproveitá-las com todo o empenho de que forem capazes.”
(Pe. John Francis Sullivan, The Externals of the Catholic Church)