domingo, 29 de agosto de 2010

Partícipes da natureza divina


“Mas se verdadeiramente nos tornamos partícipes da natureza divina e intimamente semelhantes a ela pelo fato de nossa sobrenatureza até ela se elevar, então fomos também levados ao âmbito de sua vida; então Deus imediatamente e em Sua própria natureza, como Ele é em Si mesmo, torna-se o objeto de nossa atividade. Então, iluminados por Sua luz, nós O conheceremos ao chegarmos à Sua presença; não mais estaremos limitados a vê-Lo no espelho da criação. Permeados pelo fogo de Deus e elevados a Seu parentesco, nós O abraçaremos diretamente com nosso amor; pois O amaremos como Deus que comunica Sua natureza a nós, não meramente como o Criador de nossa natureza. Nossa confiança será dirigida exclusivamente a Deus como Ele é em Seu próprio poder divino e transcendente a toda criação, pelo qual Ele nos leva em direção a um fim que nenhum poder criado pode atingir ou impedir, pelo qual Ele quer nos trazer à posse de Si em Sua divina glória; e assim repousaremos no coração de nosso Pai. Em suma, se nos tornamos partícipes da natureza divina, nossas vidas e nossa atividade devem ser especificamente semelhantes às de Deus. Nossa atividade deve, portanto, ter o mesmo objeto formal e específico que caracteriza a atividade divina. A essência divina deve ser o objeto e o motivo imediato e determinante da atividade sobrenatural em nossas vidas.”
(Matthias Scheeben, Natur und Gnade)

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